65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
segunda-feira, dezembro 05, 2011
Uma conta de espantar!
A substituição da frota de carros atual por veículos elétricos exigiria 190 mil GW-hora adicionais, o que seria equivalente a 5 usinas de energia do porte de Belo Monte. O estudo é da consultoria Andrade & Canellas e leva em conta 39 milhões de veículos leves emplacados segundo o Denatran, excluindo ônibus e caminhões. Se a opção fosse para atender a apenas 20% da frota, assim, seria necessário mais uma Belo Monte. A conta aponta para um cobertor curto.
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4 comentários:
Realmente a expressão é esta: "o cobertor é curto".
Bom dia nobre professor.
Existem vantagens e desvantagens. Porém penso que há vantagens em certos casos para quem irá utilizar o automóvel, para distâncias curtas.
Cheguei a ler alguma coisa sobre o tema abordado e entendi que a autonomia desses automóveis seriam em torno de 60 Km. Não acha que a economia para o usuário de automóveis e para o meio ambiente seriam interesantes?
de que adianta gerar economia para o bolso de uns hoje se vai gerar caos para todos amanha ?
Estamos vivendo justamente um periodo em que se busca o consumo consciente: divulga-se qual aparelho eletronico consome mais ou menos energia, busca-se ate alternativas para que haja consumo de eletricidade com cobrança de valores variados de acorod com horario (como acontece com o telefone), afim de que se necessite gerar menos energia para atender a demanda.
Se, ao inves disso, de economizar, formos potencializar nosso consumo todo na rede eletrica, o que sera de nós?
Novas barragens, represas e usinas hidroeletricas que consomem tudo que veem pela frente a fim de gerar mais força, serão feitas? Pagaremos o preço de mexer (de novo) com a natureza para nao mexermos em nosso bolso?
Acho que isso precisa ser revisto - e com calma. Sou amplamente favorável aos meios economicos, mas nao podemos usar "cobertores pequenos".
De que adiantará chegar cedo em casa se ira viver no apagao?
Só um parentese: em Cingapura, utiliza-se o seguinte lema: "O país rico nao é aquele que o pobre usa carro, mas o que o rico tbm usa transporte coletivo".
A taxa de veiculos/pessoa lá é de 0,3/habitante. E tem seus motivos para isso.
Caro Roberto,
sinceramente, não vejo muito espanto.
O problema não é o GW-hora adicionais e sim a falta de investimento na área de energia.
Quanto o governo investe em desenvolvimento e implantação de projetos utilizando energia eólica e em energia solar?
Ambos os recursos são riquissimos no Brasil e não apenas o hidrico e o Petroleo, que tem um grande risco na exploração, sem contar com grande custo de investimento.
1 dia de sonda de exploração sai em torno US$ 200.000,00.
1 Plataforma de Produção sai em torno de US$ 1.000.000.000,00.
1 Poço sai em torno de US$ 40.000.000,00.
O problema são as prioridades e interesses de nossos governantes.
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