Cederj planeja cursos de engenharia a distância no estado a partir de 2013

Os cursos seriam de engenharia civil e produção. O Cederj, um consórcio formado por sete universidades públicas de nosso estado sabe que os cursos de engenharia exigirão vários laboratórios para as aulas práticas. Hoje, a maioria dos cursos de graduação a distância do Cederj é de licenciaturas (Formação de Professores). No Brasil há cerca de 930 mil matrículas nas graduações a distância contra 5,3 milhões sobre a forma tradicional, a presencial. O governo trabalha com a previsão de que em 2020 a Educação a Distância (EaD) atinja 3,1 milhões de matrículas na graduação. Hoje, a idade média dos alunos na modalidade a distância é de 34 anos contra 26 no presencial, 70% mulheres x 30% homens (na presencial 55% x 45%); Renda familiar de até 3 SM: 43% distância x 26% na presencial; Pai com Ensino Médio ou Superior (18% distância x 51% na presencial). Indiscutivelmente, a EaD atinge um público na escala mais baixa da nossa pirâmide social. A EaD é uma excelente alternativa, mas, deve ser tratada com muito cuidado para que não se transforme em algo de menor valor para as classes mais baixas. Mais do que acesso a quem está distante da base do ensino, a EaD, traz flexibilidade de horários para quem trabalha e quer continuar estudando e tem conflitos de horários e dificuldade no transporte nos horários de rush. Lembro-me de uma pesquisa há mais de uma década no Canadá, que indicava que a maioria dos alunos de EaD estavam a até 2 quilômetros da universidade, e o que queriam mesmo era, flexibilidade de horários, para estudarem. Sendo o Brasil com um dos maiores índices do mundo de estudo noturno e de trabalhadores, a alternativa, especialmente, para alguns cursos podem ser, ou melhor, já estão sendo muito interessantes. PS.: Fonte matéria do Valor "Os desafios de ter aluno longe da escola".