65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
segunda-feira, fevereiro 13, 2012
Omissão imperdoável na apresentação de Lerner em SJB
Um atento arquiteto e urbanista que assistiu a apresentação, na última quarta-feira, do renomado escritório do arquiteto Jaime Lerner, sobre propostas para reforma do Plano Diretor do município de São joão da Barra, considera imperdoável o esquecimento de um conterrâneo, ao vê-lo citar Veneza e Amsterdã, como exemplos de cidades oriundas de projetos de importantes de macrodrenagem, o craque no assunto, o campista Saturnino de Brito, que há mais de um século, foi responsável, por projetos em Santos, Pelotas e Vitória, entre outras cidades. Segundo o urbanista, talvez tenha sido a visão europocêntrica, de colonizada, do tal complexo de vira-latas.
Fato é que se pode considerar inaceitável a omissão daquele que é reconhecido como uma referência em projetos de viabilização de cidades em regiões de baixada. Fica o registro do blog.
PS.: Veja abaixo o que diz a Wikipedia do nosso Saturnino de Brito:
“Francisco Rodrigues Saturnino de Brito (Campos, 1864 — Pelotas, 1929) foi o engenheiro sanitarista brasileiro, que realizou alguns dos mais importantes estudos de saneamento básico e urbanismo em várias cidades do país, sendo considerado o "pioneiro da Engenharia Sanitária e Ambiental no Brasil".
Seu invento mais conhecido foi o tanque fluxível, utilizado no Brasil e em toda a Europa no século XX, que foi batizado, após a sua morte, de tanque fluxível tipo Saturnino de Brito só abandonado depois da década de 1970 após a adoção da tensão trativa para o cálculo das redes de esgotos sanitários.
Foi eleito pelo congresso da "Associação Brasileira de Engenharia Sanitária" e Ambiental, por unanimidade, como Patrono da Engenharia Sanitária Brasileira.
Escreveu diversas obras técnicas de saneamento que foram adotadas na França, Inglaterra e Estados Unidos. Suas obras completas foram editadas, após o seu falecimento, pelo Instituto Nacional do Livro na Imprensa Nacional, e incluem, entre outros volumes, o "Saneamento de Santos", o "Saneamento de Campos", o "Saneamento de Pelotas e Rio Grande", o "Saneamento de Recife", "o Saneamento de Natal", "Controle de Enchentes" e o famoso livro "Le Tracé Sanitaire des Villes", editado na França.”
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3 comentários:
Isso é apenas uma prova, que apesar de ser respeitado e de renome só deve conhecer o centro de SJB ou apenas por mapas. Pra conhecer um lugar e pretender mudar, tem que saber a história, o povo, a cultura, comparar sistemas europeus de macrodrenagem é como achar que a cidade poderá ser comparada com New York como aparece em alguns comerciais referente ao tamanho da área do empreendimento. Com todo respeito também mas acho que isso não vai da em nada...
O Sr.Jaime Lerner, foi Governador de que Estado?? Ou é esse mesmo que foi Prefeito de Queimados/RJ ??
É tanta gente dando palestras, que até confunde.
Obs.:Não é retaliação pelo fato de o mesmo "não conhecer" Saturnino de Brito. Cultura, é assim mesmo!!!
Uma coisa que é imperdoável, no meu modo de vista, é quando se defende algo com tanta veemência que será muito bom, que é um modelo único no mundo e na hora de colocar em prática não vemos isso tudo. A sensação que dá é que daqui a alguns anos a cidade se tornará uma Veneza com seus canais, um pedaço das melhores cidades do mundo e teremos o homem mais rico do mundo com um castelo no centro dessa cidade. Um dia, quem sabe, esse “sonho” vire realidade, pena que SJB se tornará tão cara que os nós, pobres mortais, talvez não vamos poder morar nela. Li que um ex-secretário deu uma declaração em uma rádio local dizendo que o desenvolvimento será para a maioria e uma minoria irá sofrer para que a maioria saia “vitoriosa”, ai me pergunto: o modelo de desenvolvimento plantado não é o sustentável? Nesse modelo há de se unir todas as classes, cada uma no seu “quadrado”, mas que juntas devem viver em harmonia.
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