segunda-feira, março 26, 2012

Negócio das Arábias

O negócio da EBX, a holding do empresário Eike Batista com a Mubadala, uma estatal do governo de Abu Dhabi vendendo pouco mais que 5% do total de todas as suas empresas, confirma, que havia falta de dinheiro para tocar os negócios do Açu. O BNDES colocou R$ 518 milhões e agora chegam com estre negócio das Arábias, mais R$ 4 bilhões. Negócio das Arábias até então uma expressão muito repetida para o mundo do futebol onde nossos craques e técnicos iam ensinar o esporte. Agora pelo visto, o interesse dos árabes se transformou, mas não tanto, porque todos nós sabemos que em matéria de negócios ele gostam e conhecem muito o ramo de petróleo & gás, a área que é o xodó e a verdadeira mina do Eike. Depois dos chineses agora vamos ter $heik$ na área.

5 comentários:

Anônimo disse...

E assim o Brasil vende barato seus recursos naturais do presente sem pensar no futuro, sem agregar valor... Passou da hora de revermos isso!

Roberto Moraes disse...

É verdade isto, mas em parte, na medida que o Complexo prevê atividaes industriais que agregam valor, tanto ao minério quanto ao petróleo e o gás.

O risco maior é a dependência que a economia nacional vai ficando do petróleo.

A maldição mineral com o aumento do custo de vida, a dependência deste recurso minieral (mesmo com a instalação de 3 refinarias no país (agregando valor) e de certa forma, a inibição de algumas outras atividades que vão oficando caras demais de serem produzidas no país é que me parece o rsico maior.

De outro lado, reforça a tese de que ao grupo EBX interessa mais o óleo e o gás do que os outros empreendimentos, já que como porto privado ele não poderá transportar cargas de terceiros.

Aí uma outra ponta do negócio que pode dar ao grupo árabe na condição (não mais de terceiro) a possibilidade de negociar a logística.

Sds.

Anônimo disse...

Roberto eu acho que estamos na contra mao do futuro
que exige energia limpa e renovavel
quero ver onde essa ganancia vai parar

denis disse...

Professor, concordo com o Sr. e com o comentário anterior, e gostaria de acrescentar que mesmo agregando um pouco de valor ainda sim ficamos atrás, quanto é uma tonelada de minério? Qual é o valor de um carro chinês ou japonês, mesmo que uma fábrica venha se instalar, boa parte do lucro é mandada para fora do país, assim como o lucro das siderúrgicas. O petróleo pesado e o gás também tem baixo valor. No caso do petróleo o Brasil ainda anda muito devagar em agregar um valor significativo (compramos gasolina no exterior ainda, apesar da “auto suficiência”) e a Petrobrás só agora começa a investir de maneira mais consistente.

Essa questão de maior dependência e decisões tomadas no exterior pode ser um problema grande, principalmente em momento de crise, nossas indústrias pedem socorro e desenvolvemos pouco, quase nada no quesito tecnologia.

Outra coisa, precisamos investir em outras fontes de energia, Campos e SJB em um passado presente em nossas mentes eram grandes produtores de cana de açúcar, o modelo poderia ser reformulado e investir para exportação, assim como em SP, precisamos de mais alimentação, e a região tem vocação pra isso, desde que façam a coisa certa, mas me parece que vão errar novamente como fazem hoje por conta dos royalties.

Enfim, é um debate longo e interessante, mas os grandes empresários e o povo brasileiro tem que defender seus interesses antes de deixarmos várias culturas “invadirem” nosso país, a defesa da cultura que será perdida... Temos que pensar muito ainda principalmente por conta dos problemas sociais que estão sendo gerados e que vão aumentar.

Abraço.

Anônimo disse...

Interessante o raciocinio do Denis, porém gostaria de lembra-lo que com o advento Lula passamos a ser potencia e não mais ficarmos "debaixo do pé do boi". A situação dos derivados de petróleo atualmente é nesso, tem até Arabe participando, e aí, os EEUU trcaram seu combustivel, e olha que ele são os maiores poluidores. Vamos ser realistas: O crescimento tem seu preço, pagamos ou ficamos sempre andando de carroça de burro.