O blog Reflexões divulgou na íntegra (este blog republica abaixo, entendendo que o teor do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) feito ontem entre os rodoviários, os donos das empresas de ônibus, concessionárias do transporte coletivo em Campos precisa ter a maior divulgação possível para a população.
O documento traz pontos que precisam ser do conhecimento da população. Creio que a maior parte, mesmo acompanhando questionamentos feitos de forma seguidas aqui pela Rede Blog, não poderia imaginar que o quadro estivesse de tal forma.
Alguns deste pontos foram grifados ou pelo próprio MPT (vide documento original abaixo) ou por este blog. Abaixo a posição das partes. Os termos do acordo você poderá ler no próprio texto do TAC. Veja que a EMUT diz claramente que houve fraudes no programa:
Posição dos donos das empresas de ônibus:
- declaram que a “principal fonte de renda” é o repasse da PMCG;
- que, em caso de suspeita de fraude não pode haver o bloqueio do valor devido a todos os empresários;
- que deveria ser apurada a fraude para depois haver punição dos verdadeiros responsáveis pela fraude;
- que, em agosto de 2009 começou a haver a suspensão do dinheiro repassado pela Prefeitura e que a partir daí começou uma bola de neve.
- que os valores pagos são simbólicos;
- que os empresários e os trabalhadores estão sendo vítimas da falta de repasse;
- que o programa social está sendo financiado pelas empresas e, não pelo Município;
- que a população está sofrendo com a falta de serviço público, que o interesse é comum.
- que o Município faz uma série de exigências e não libera o repasse que possibilitaria o cumprimento das exigências.
Posição dos trabalhadores (rodoviários) e Central Sindical do RJ:
- que não é possível o trabalhador ser prejudicado em nome da segurança ao erário;
- que o Secretário de Governo, Geraldo Pudim, se comprometeu a regularizar a situação dos salários ATÉ O DIA 15 DE FEVEIRO e não cumpriu e, assim sendo a categoria resolveu pela greve;
- que as empresas TAMANDARÉ E ROGIL estão com salários atrasados.
- afirma estar estarrecido em relação à organização municipal e das empresas (falta de organização);
- irresponsabilidade da Prefeitura em pagar por estimativa;
- que entende que os trabalhadores no setor de transporte público são servidores públicos terceirizados, em razão da concessão do governo para exploração da atividade;
- que a autoridade pública que não cuida deste serviço é desorganizada;
- que os trabalhadores estão sendo corrente de transmissão para resolver problemas dos outros;
- que o município sabe o custo dos profissionais na planilha;
- que a PMCG deveria assegura esses repasses dos trabalhadores;
- que a situação é gravíssima, que os trabalhadores de Campos estão dispostos a ir para o enfrentamento, e, querem a equiparação com os trabalhadores do Rio;
- que não há interesse comum entre os empresários e trabalhadores;
-
que a regularização de todo o contrato de trabalho deve ser feita e que por ser feito o repasse para as empresas, outros débitos serão pagos ao invés da dívida com os trabalhadores, como FGTS e outros.
Posição da PMCG:
Posição do secretário de Controle Interno:
- há empenho de 30 milhões do programa Cartão Cidadão;- há interesse em repassar o valor integral;
- além do repasse dos valores da passagem Cidadão... mais de 1 milhão de Reais tem sido repassado às empresas por meio do vale-transporte dos servidores públicos do município;
- que o programa da passagem cidadão tem recuperado o setor, apesar dos problemas, que novos empregos estão surgindo, que o bem de todos está sendo perseguido.
Posição Procuradoria do Município:
- que a suspensão do repasse do valor integral foi feita para preservar o erário;
- que há parecer da Procuradoria respaldando este ato.
Posição da EMUT
- que está sempre junto à Federação do Rio de Janeiro;- em Julho de 2011 percebeu que os valores do cartão cidadão estavam desproporcionais;
- que foi constatada fraude em dois momentos: quer seja no uso do cartão de forma indiscriminada, com validadores dentro das empresas;
- que não houve falta de pagamento, e sim pagamento a menor durante 4meses;
- que as linhas distritais recebem por média harmônica e havia um número excessivo na média harmônica;
- que está havendo uma auditoria no sistema, que houve uma licitação para contratar a auditora durante o ano de 2011;
- que a licitação foi feita quando percebida desproporção no repasse dos valores do cartão cidadão e o número de usuários, que havia cartão em mãos de funcionário das empresas;
- que existe reserva orçamentária da passagem a 1 real;
- que os valores são repassados do fundo municipal de transporte para a federação de transporte e esta reparte entre as empresas;
- que a primeira quinzena de março vai ser depositada hoje (09/03/2012).
- que são 14 empresas no município e é interesse do município continuar o repasse integral;
- que só no dia 16 de fevereiro de 2012 foram encaminhados os dados necessários para análise pela empresa de auditoria contratada e, que até o dia 17 de abril a auditoria estará concluída, quando então haverá condições de identificar onde houve a fraude;
- que, em 30 dias a partir de 17 de abril do corrente ano a parte incontroversa do débito será liberada;
- que o restante via ser submetido ao devido processo legal para apurar se houve fraude ou não no uso do cartão cidadão;
- que os valores serão repassados para quem não fraudou;
- que a suspensão foi feita a partir de setembro de 2011.
SÍNTESE DA ATA DA AUDIÊNCIA DE MED nº 000013.2012.01.003/3-303, ENTRE MPT E PMCG E TRANSPORTES
5 comentários:
Roberto, isso aí não é nenhuma TAC, apenas resumo de ata.
Sim. Um resumo da Ata do TAC. As falas das partes e o acordo falam por si só.
Caro Roberto,
Este seu leitor é um idiota mesmo, então me ajude a entender o que dizem os empresários:
" (...) a 'principal fonte de renda' é o repasse da PMCG."
Como assim?
Se a cada R$ 0,60 subsidiado os passageiros pagam R$ 1,00, não há sentido na afirmação!
A não ser que sejam réus confessos.
Só em Campos que isso acontece...um jogando a culpa para o outro e no final, os mais prejudicados da história são os trabalhadores.
Falta de visão, gestão, planejamento e muito mais.
não, é má fé mesmo por parte dos empresarios transportes pois estão acostuumados a fazer o que querem e nunca perdem concessão. os coletivos continuam esculhambados, não há fiscalização horários mem amplia linhas. somos povo desgraçado
Postar um comentário