O blog em nota aqui no dia 18 de maio comentou sobre
o assunto que foi abordado ontem pelo Eike Batista durante o Rio Investors Day,
evento voltado para executivos de empresas de capital aberto
no Rio de Janeiro.
A decisão, a ser confirmada, pode alterar em muito o
desenvolvimento do Complexo do Açu, onde uma grande área foi destinada no DISJB
(Distrito Industrial de São João da Barra) à construção de duas siderúrgicas.
Leia abaixo a declaração do empresário publicada no Valor. Outro dado
interessante é o interesse maior da EBX no setor de óleo e gás:
“Eike descarta investimento
em siderurgia”
O
empresário Eike Batista descartou investir no setor siderúrgico. “Não é ativo
que interessa”. E acrescentou: “Não vou investir em siderúrgica, mas em campo
de petróleo”, afirmou Batista referindo-se à empresa petroleira do Grupo EBX, a
OGX.
Perguntado
se o Grupo EBX teria interesse em fazer uma investida pela compra da Vale,
Batista negou. “Vou me embolar em burocracia que não estou habituado”, afirmou.
Ele disse que teria de trabalhar com uma estrutura de gestão mais complexa
daquela com a qual está habituado.
“Teria
que sentar com fundos de pensão, outra estrutura”. Segundo ele, a velocidade na
EBX é um vetor de riqueza, de decisões rápidas.
Ele
afirmou que o ex-presidente da vale, Roger Agnelli, o via como inimigo, assim
como o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. “Passei sete anos
brigando”.
No
governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Batista chegou a fazer um
movimento para assumir o controle da Vale, mas não foi bem-sucedido na
tentativa.
5 comentários:
Caro professor, é o capital especulativo investindo no setor produtivo."lobo em pele de cordeiro". Muitos espertos vão entrar pelo cano. O pior que na parte estatal quem paga a conta somos nós!!!
LMota
Roberto, eu entendi essa notícia de uma outra forma..
Entendi que ele não vai botar dinheiro DO GRUPO em uma siderúrgica, mas isso não quer dizer que outros grupos do setor não invistam.
Apenas minha interpretação, apesar do seu questionamento na post anterior fazer sentido.
Tem razão Lucas, porém, a não participação do grupo EBX será semrpe relativa, porque a área para a Wisco é em terras deles e para a Ternium no DISJB, que é uma PPP, onde a Condin entrou com a desapropriação das terras e a LLX com as benfeitorias que serão construídas naqueles espaço, como arruamento, água, luz, esgoto, etc.
É fato que a Ternium continua executando ações para montar a sua base operacional no Açu. Estão contratando obras entre outras atividades, mesmo com o problema do fornecimento de gás que ainda não foi garantido pela Petrobras.
Há ainda o problema do fim do prazo do memorando de Entendimento entre a EBX e a Techint que vai até agosto próximo.
Acompanhemos os fatos, mas, é perceptível nas entrelinhas da fala do empresário que o desgaste da implantação de uma ou duas siderúrgicas podem não valer o que poderá ser ganho com os investimentos em óleo e gás.
Sds.
Roberto: Existe informação de que a Techint enfrenta problemas de abastecimento de energia e principalmente minério em sua planta Argentina. Ele terá que solucionar o minério porque sem milho não tem pipoca. Se não for contruir sua pipoqueira no Açu a empresa ítalo-argentina terá que providenciar pelo menos o embarque do milho.
Siderurgia não a praia de Eike. Ele gosta de minério, de fontes de energia à base de carbono. Pelo que entendi, até agora, as siderúrgicas implantadas por outras firmas.
Soffiati
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