Do Observatório da Imprensa:
“A possibilidade de convocação de jornalistas e/ou empresários de mídia para
depor na CPMI do Cachoeira provocou uma unânime reação contrária da grande
mídia brasileira. O argumento principal é de que jornalistas e/ou empresários
de mídia não poderiam se submeter ao constrangimento de serem questionados
publicamente por deputados e senadores. Afinal, políticos constituem alvo
permanente do “jornalismo investigativo”. E, claro, a convocação representaria
uma perigosa ameaça às liberdades de expressão e da imprensa.
Da relação inicial de pessoas convocadas a depor na CPMI, aprovada na
reunião do dia 17 de maio, não constam jornalistas nem empresários de mídia.
Há relatos de que ações de bastidores foram realizadas por altos executivos
dos grupos Globo e Abril junto a partidos políticos e parlamentares, inclusive
com ameaças de retaliação política, caso fossem convocados os suspeitos de
relações promíscuas com o esquema criminoso. Dois dos principais grupos de
mídia brasileiros considerariam inaceitável a convocação de jornalistas e/ou
empresários – independente das comprometedoras conversas telefônicas já
conhecidas – entendida como “um precedente perigoso para o futuro” e “uma
verdadeira humilhação para toda a classe” (ver
aqui).”
5 comentários:
Bons companheiros-Demétrio Magnoli
De “caçador de marajás”, Collor transfigurou-se em caçador de jornalistas. Na CPI do Cachoeira, seu alvo é Policarpo Jr., da revista “Veja”, a quem acusa de associar-se ao contraventor “para obter informações e lhe prestar favores de toda ordem”. Collor calunia, protegido pela imunidade. Os áudios das investigações policiais circulam entre políticos e jornalistas na internet. Eles atestam que o jornalista não intercambiou favores com Cachoeira. A relação entre os dois era de jornalista e fonte, aliás, registrado pelo delegado que conduziu as investigações.
Jornalistas obtêm informações de inúmeras fontes, inclusive de criminosos. Seu dever é publicar as notícias verdadeiras de interesse público. Criminosos passam informações ─ verdadeiras ou falsas ─ com a finalidade de atingir inimigos, que muitas vezes também são bandidos. O jornalismo não tem o direito de oferecer nada às fontes, exceto o sigilo, assegurado pela lei. Mas não tem, também, o direito de sonegar ao público notícias relevantes, mesmo se sua divulgação é do interesse circunstancial de uma facção criminosa.
Os áudios comprovam que Policarpo Jr. seguiu os critérios da ética jornalística. Informações vazadas por fontes diversas, inclusive a quadrilha de Cachoeira, expuseram escândalos reais de corrupção na esfera federal. Dilma Rousseff demitiu ministros com base naquelas notícias, atendendo ao interesse público. A revista na qual trabalha o jornalista foi a primeira a publicar sobre a associação criminosa entre Demóstenes Torres e a quadrilha de Cachoeira ─ uma prova suplementar de que não havia conluio com a fonte. Quando Collor calunia Policarpo Jr., age sob o impulso da vingança: décadas depois da renúncia, pretende ferir a imprensa que revelou a podridão de seu governo.
A vingança, porém, não é tudo. O senador almeja concluir sua reinvenção política inscrevendo-se no sistema de poder do lulopetismo. Na CPI, opera como porta-voz de José Dirceu, cujo blog difunde a calúnia contra o jornalista. Às vésperas do julgamento do caso do mensalão, o réu principal, definido pelo procurador-geral da República como “chefe da quadrilha”, engaja-se na tentativa de desqualificar a imprensa ─ e, com ela, as informações que o incriminam.
O mensalão, porém, não é tudo. A sujeição da imprensa ao poder político entrou no radar de Lula após a crise que abalou seu 1º mandato. Franklin Martins foi alçado à chefia das Comunicações para articular a criação de uma imprensa chapa-branca e, paralelamente, erguer o “controle social da mídia”. Contudo, a sucessão representou uma descontinuidade parcial, que se traduziu pelo afastamento de Martins e pela renúncia ao cerceamento da imprensa. Dirceu não admitiu a derrota, persistindo numa campanha que encontra eco em correntes do PT e mobiliza jornalistas financiados por empresas estatais. Policarpo Jr. ocupa, o lugar de alvo casual da artilharia dirigida contra a liberdade de informar.
Na calúnia, um papel instrumental é desempenhado pela “Carta Capital”. A publicação noticiou que Policarpo Jr. teria feito “200 ligações” telefônicas para Cachoeira. Em princípio, nada haveria de errado nisso, pois a ética nas relações de jornalistas com fontes não pode ser medida pela quantidade de contatos. Entretanto, o número cumpria a função de arar a suspeita, preparando a etapa do plantio da acusação, a ser realizado pela palavra sem freios de Collor. Os áudios, entretanto, evidenciaram a magnitude da mentira: o jornalista trocou duas, não duzentas, ligações com sua fonte.
A revista não se circunscreveu à mentira factual. Um editorial de Mino Carta classificou a suposta “parceria Cachoeira-Policarpo Jr.” como “bandidagem em comum”.
Dilma não deu curso à estratégia de ataque à liberdade de imprensa no segundo mandato de Lula. Mas, como se evidencia pelo patrocínio estatal da calúnia contra Policarpo Jr., a presidente não controla as rédeas de seu governo no que concerne aos interesses de Dirceu.
A trama dos bons companheiros revela a existência de um governo paralelo, que ninguém elegeu.
PT O REGULADOR DA MÍDIA
O PT quer porque quer "regular a mídia". Honradamente presidido por Lula - o que tem azia quando as notícias não dizem o que ele quer que digam - o Partido dos Trabalhadores(?) finge desconhecer que injúria, calúnia e difamação estão previstas como crime no Código Penal brasileiro. É só processar o autor do "malfeito" e, mostrar as provas - como Dilma gosta - para punir os "malfeitores" com o rigor da lei. Certo?
Errado. O PT quer um instrumento só dele, capaz de calar a mídia, porque sabe por experiência própria que a Justiça no Brasil é lenta e oferece recursos de todo tamanho e feitio, como acontece com aloprados, mensaleiros, cuequeiros, sanguessugas, propineiros, montadores de dossiês que há oito anos e meio saltam de suas fileiras para tomar o Brasil de assalto. Essa é velha, como diria a sua tataravó: - Com açúcar até eu.
A quem interessa calar a imprensa? Se você não sabe, pergunte a lulas, franklins, sarneys, renans, beira-collors, dirceus, paloccis, fredinhos nascimentos, rossis, novais, aninhas de hollandas, bernardos, gleisis... Vá ao próximo congresso dos trabalhadores mais ricos do mundo e pergunte a cada um deles. Mas cuidado. Se você tiver o privilégio de merecer um só segundo do seu precioso tempo de "trabalho", eles vão dizer que interessa a você.
Fico impressionado com essas coisas no Brasil, tem que blindar governador claramente corrupto, que pega jatinho emprestado, viagens com luxuria. Não pode convocar empresário da mídia, enfim, qual o medo que eles têm, as CPMI's em sua maioria terminam em pizza, se não devem, pq temem? Rasgam a constituição nacional, se acham acima da lei do homem e da Divina e ainda querem se fazer de mocinhos, se essa mídia falasse o que sabe não restaria pedra sob pedra, e se os políticos não fossem tão corruptos poderiam punir seguindo as leis. Apenas uma coisa muda essa triste realidade: Educação de qualidade, e estamos décadas atrasados.
Rangel e cintra nao gente mesmo ou sao uma espécie de "span do pig", programado para repetir as opinioes pigentas?
O que vcs tem a dizer das "propostas irrecusaveis" do pig, inclusive, segundo o que muitos blogueiros dizem, ao proprio pt?
Meus caros, a questao é so uma. Porque jornalista e dono de revista nao pode ser inquirido em CPI? Estao à cima da lei? Indícios nao faltam. Se o pt quer(ate agora nao vi querer) convoncar o "poli" e se patrao por motivos politicos, isso nao desqualifica em nada os outros criterios que tornam uma convocacao necessária: o de que cachoeira pautava a veja segundo seus interesses "empresariais".
Levem isso em conta, nao sejam canalhas.
Rangel e cintra nao gente mesmo ou sao uma espécie de "span do pig", programado para repetir as opinioes pigentas?
O que vcs tem a dizer das "propostas irrecusaveis" do pig, inclusive, segundo o que muitos blogueiros dizem, ao proprio pt?
Meus caros, a questao é so uma. Porque jornalista e dono de revista nao pode ser inquirido em CPI? Estao à cima da lei? Indícios nao faltam. Se o pt quer(ate agora nao vi querer) convoncar o "poli" e se patrao por motivos politicos, isso nao desqualifica em nada os outros criterios que tornam uma convocacao necessária: o de que cachoeira pautava a veja segundo seus interesses "empresariais".
Levem isso em conta, nao sejam canalhas.
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