Setor imobiliário, eleições & qualidade de vida em Campos

É visível como o setor imobiliário está tomando conta da cidade de Campos. A supervalorização dos imóveis na região central. A verticalização e o adensamento destas áreas avançam sem limites ignorando o processo da futura degradação. A expulsão das classes mais baixas para a periferia é interpretada como consequência “natural” da ocupação urbana. 

As aquisições e permutas de áreas de uso coletivo, de utilidade comunitária e pública se ampliam. Os anúncios da venda ou “troca” dos clubes como Americano, Jóquei e Rio Branco para utilização destes solos em novos projetos de incorporação imobiliária são exemplos concretos e reais deste processo.

Em meio a tudo isto, a preocupação com a mobilidade urbana vira fumaça e se esvai nas soluções cada vez mais individualizadas de transportes que aumenta os transtornos e os “sustos” com o surgimento das soluções “informais” utilizadas de forma cada vez mais frequentes. 

Assim, os contornos de uma nova cidade vão se estabelecendo com a complacência de todos, especialmente, do poder público, que em troca de vantagens e apoios vai, seguidamente, abrindo mão do seu papel de regulação através dos instrumentos legais que dispõe. 

A velha mídia além de ser instrumento é sócia deste processo que mais uma vez abre espaço ao lucro em detrimento da qualidade de vida e do bem viver, numa cidade em que sonha que seja para todos e não para o lucro de alguns. 

Em outubro teremos eleições. Será que alguém acredita que há relação entre estes fatos?