A InterTV, repetidora regional da Globo, criou em seu jornal da hora do almoço, um quadro (InterTv na Estrada) de significativa duração que pretende mostrar as potencialidades e fragilidades dos municípios de nossa região, neste período pré-eleitoral. É pouco comum em televisão, especialmente em telejornais, reportagens mais longas, abrangentes e diversas em opiniões.
Assim, a InterTv começou nesta quarta-feira mostrando os desafios do município de Campos. A matéria com dezoito minutos ouviu diferentes opiniões e traçou um retrato que, embora possa ter reparos, é relativamanete fiel, à realidade em que vivemos, fato pouquíssimo comum, no jornalismo chapa-branca que se conhece de longa data nas rádios e jornais impressos por estas bandas. Com este olhar o blog disponibiliza, para quem não assistiu, a matéria com a jornalista Aline Proença:
9 comentários:
Professor Roberto,
Sei que corro o risco de me tornar antipático e enfadonho, mas bem sabes que pouco me importo.
Me perdoe escrever-lhe sobre algo fora do "post", mas de certa forma, como o tema é vasto(Campos e região), eu queria propor uma pequena reflexão:
Recentemente, a chamada" blogosfera" local, junto com uma ONG, chamada Orquestrando a Vida, mobilizaram-se para que a municipalidade passasse a custear(ou reatasse o "convênio"), sob pena de que se o dinheiro não entrasse, crianças "carentes" ficariam sem a inestimável e indispensável oportunidade de aprenderem ou se iniciarem na música dita erudita.
Esteticamente o apelo é irresistível, e eu compreendo.
Afinal, contemplar crianças "pretinhas" e de nariz escorrendo envergando um violino ou um oboé, em uma região marcada como poucas pela diferença social e a concentração de renda, onde convivemos com veículos de 200, 300 e até 500 mil pelas ruas, enquanto na Codim centenas de pessoas ou milhares sequer têm uma privada em casa, é um alívio para nossa culpa de classe média.
Mas o que me espanta não é o desejo pessoal e privado(e até sincero) do chamado maestro Jonny fazer o seu proselitismo e acalmar sua consciência e dos seus pares.
O espantoso mesmo é o estranho consenso que se formou para privilegiar um modelo de gestão patrimonialista que dedica, mais uma vez, dinheiro público para aventuras privadas, por mais bem intencionadas que sejam(e delas o inferno está cheio, sabemos também).
Então pergunto: E o seu mané do eldorado não vai arrumar uma pratinha para montar sua escola de samba mirim? E a escolinha de futebol do ximbica da penha?
Então por que não terceirizar de vez o Estado (a municipalidade) e contratar a todos(sem licitação, inexigível, por óbvia "especialização"), e dedicar todo nosso dinheiro a estes senhores privados que vão estabelecer no lugar da administração pública (Estado) quem deve aprender jongo, jogar bola ou tocar Johan Sebastian Bach ou Verdi?
Se querem música, esporte, etc, deveriam os setores que se dizem(apenas se dizem) oposição ao garotismo propor a incorporação da proposta pela municipalidade, com a contratação por concurso de professores de música, arte, reforçar a educação física, e aí sim, inaugurar um ciclo VIRTUOSO PÚBLICO de educação e iniciação musical, acessível a todos, e não só a quem os maestros, tios ou "professores" escolherem.
São, infelizmente(oposição e governo)compartilhadores do mesmo modus operandi, sendo que aos opositores de cada época, resta um "moralismo hipócrita" que só tem utilidade longe dos cofres.
Quem preenche as vagas do Orquestrando a Vida?
Enfim, agora que tudo está em seu lugar(graças a deus?), poderá a orquestra tocar no CEPOP, e legitimar com ar de erudição o pão e circo milionário, dando ao oráculo da cultura enfim algum descanso das críticas que recebe?
Tudo vem bem a calhar, não?
PS: SE o "projeto" é tão relevante porque os setores privados não investiram, ou melhor, porque a ONG não apresentou sua demanda sob a forma de captação junto a empresas que detêm verba para tanto, como Petrobrás, Eletrobrás, ou até mesmo via leis de incentivo?
Ahhh, dá trabalho, e os cofres estão aí mesmo, basta chorar e mamar, não é?
Xacal, concordo com vc, em gênero número e grau!
Faço absoluta questão de ser juntamente contigo,antipático e enfadonho.
Xacal, parabéns. Brilhante a sua crônica crítica. Tem um tom Arnaldo Jabor. Só pra enfeitar o bolo: É bom lembrarmos que com a quantidade de dinheiro disponível o leque de possibilidades é muito grande na criação projetos e trabalhos continuados no esporte, nas artes e em programas de educação científica. Mas ainda somos da geração liberal-feudal dos coronéis modernos. Valeu chacal. Podemos evoluir...com o tempo...e mais tempo...claro.
Ao comentarista que mandou para o blog um texto com denúnica sobre uso de estrutura pública para campanha antecipada o blog solicita que seja enviada por email o aúdio ou o vídeo, preferencialmente, para ser analisado e eventualmente publicado.
Solicita ainda que possa se identificar por e-mail mesmo o blog garantindo o seu anonimato na publicação.
O e-mail para envio do material é:
robertomoraespessanha@gmail.com
Essa repórter é uma gata !
Caro Roberto, só para marcar:
O "preço" do projeto é de 83.000 reais/mês para 470 crianças.
Aceitemos que TODAS são hipossuficientes, o que é difícil aquilatar, na medida que só uma assistente social poderia dizer i nível da demanda de cada criança.
Mas aceitemos e teremos:
83000 por 470= 176,59 reais por criança.
Parece pouco?
Pois é, eu imagino que é o quádruplo ou o triplo que está disponível pelo orçamento da Educação por criança matriculada.
(Não há no site da PMCG dado sobre orçamento 2012)
Então, com toda a "importância" do projeto, eu pergunto:
Como comparar esta atividade lúdica com toda a complexidade e responsabilidade do processo de educação?
Será que queremos músicos que sejam incapazes de ler um texto?
Roberto, qual é o link desse vídeo?
Preciso baixá-lo para passar para meus alunos.
Olá Walace,
O link do vídeo está aqui:
http://in360.globo.com/rj/noticias.php?id=26603
Eu uso o Real Player que pode ser baixado gratuitamente nestes sites de softs. Com ele no seu computador, qualquer vídeo que você assiste pode ser copiado para seu computador e usado sem necessitar de acesso à internet, o que torna uma boa alternativa para uso destes e outros vídeos para debate em sala de aula.
Abs.
Valeu Professor. Consegui.
Obrigado pela dica.
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