A informação foi publicada hoje no Estadão e está
republicada abaixo nesta nota. A Whuan é 4 ª maior siderúrgica chinesa e
possui 84 mil funcionários. Em julho de 2009, quando da visita de Eike, o
governador Cabral e a prefeita Carla Machado à China, a EBX, informou a venda
de ações da MMX à empresa chinesa.
Na época Eike disse que entre a negociação e o
fechamento do contrato as ações da MMX dobraram de valor. A Wuhan pagou US$ 400
milhões por 21,52% no capital da MMX e manifestou o interesse em ser sócia da
EBX, na construção de uma siderúrgica no Açu. A área reservada para isto está
nos mapas do empreendimentos do Açu divulgada para investidores mensalmente.
A Ternium do grupo Technint também reservou US$ 5
bilhões para fazer outra siderúrgica no Açu, mas, ano passado acabou usando o
dinheiro para comprar cerca de 20% da Usiminas. Agora diz que não tem garantias
de fornecimento de gás por parte da Petrobras para iniciar a construção.
Leia abaixo a matéria publicada hoje no Estadão:
“Chinesa Wuhan desiste de siderúrgica com EBX no
Brasil—jornal”
“Reuters
- XANGAI - A Wuhan Iron & Steel, quarta maior produtora de aço da China,
desistiu do plano de construir uma siderúrgica de 5 bilhões de dólares no
Brasil em joint-venture com o grupo EBX, após uma série de estudos de
viabilidade ter concluído que o risco era muito alto, publicou nesta
terça-feira o 21st Century Business Herald.
Citando duas fontes não
identificadas, o jornal afirma que problemas de logística, transporte e
fornecimento de carvão de coque eram os principais motivos da decisão.
A siderúrgica, que seria
instalada na zona industrial do porto de Açu, que está sendo erguido pela LLX
no Rio de Janeiro, exigiria a construção de uma ferrovia de 300 quilômetros
para transportar matéria-prima para a usina.
Procurada no Brasil, a EBX não
pode comentar o assunto de imediato.
"O custo da construção de
uma ferrovia tão longa é muito alto e aumentou muito o valor total do
projeto", disse uma das fontes ao jornal.
A divulgação do abandono dos
planos da Wuhan acontece em um momento em que o grupo alemão ThyssenKrupp
estuda opções para a Companhia Siderúrgica do Atlântico, usina recém construída
no Rio de Janeiro que passou por estouros de orçamento e cronograma e problemas
ambientais.
A possível desistência também
ocorre em um dos piores momentos da indústria de produção de aços planos no
Brasil, em meio ao excesso de oferta internacional, custos elevados e lentidão
do mercado interno. No final de junho, o Instituto Aço Brasil (IABr) reduziu
sua previsão de produção de siderúrgicas do país em 2012, de 37,5 milhões para
36 milhões de toneladas.
A Wuhan fez vários estudos de
viabilidade nos últimos três anos e concluiu todas as vezes que havia muitos
riscos, que poderiam fazer os custos dispararem.
A siderúrgica, com capacidade
para 5 milhões de toneladas por ano, seria o maior investimento da China no
Brasil e a maior siderúrgica do país no exterior. O cronograma inicial previa
início de produção em 2012.
O projeto era uma joint-venture
da Wuhan com o grupo EBX, do empresário Eike Batista. O grupo chinês teria uma
participação de 70 por cento.
As siderúrgicas da China, maior
produtor mundial de aço, têm tentado expandir suas operações de manufatura no
exterior, mas os esforços têm obtido pouco sucesso.
Em 2003, uma das maiores
siderúrgicas chinesas, a Baosteel começou a negociar com a Vale para a
construção conjunta de uma usina no Brasil. Embora tenham chegado a um acordo
em 2007 para levantar a unidade no Espírito Santo, a crise global financeira
obrigou as empresas a cancelarem o projeto.
Outras siderúrgicas chinesas,
como a Jinan e a Tangshan, também fracassaram em seus planos para o exterior,
segundo a imprensa local.”
3 comentários:
Roberto,
Pelo que vemos aqui, o "castelo de areia" começa a ruir.
Se restar muito do "grandioso" investimento que mudaria as a face da indústria de base brasileira na região e no país, vamos ter só a exploração de petróleo.
Nos moldes do "parasitismo" extrativista.
É certo que nosso governo (federal, e o estadual à reboque) enxergou no senhor X algum tipo de reencarnação do Barão de Mauá.
Antes, nas décadas de 40, 50 e 60, foi a vez do grupo Votorantim, dentre outros, que ao longo de nossa história contaram com as bençãos do Estado para unir o público e o privado em um projeto nacional-desenvolvimentista.
O problema é o estofo. Falta estofo ao senhor X, uma triste aberração que acredita demais no personagem que criou sobre si mesmo.
Se nos primeiros, sobrava capacidade visionária, inciativa e pioneirismo aos nossos "industriais", neste último, o senhor X, como convém a este nosso "tempo" tão volátil(onde o próximo segundo já nasce velho), só despontam o marketing pessoal, uma boa dose de lábia de corretagem, tráfico de informação privilegiada e o gosto pela espetacularização de seus feitos.
Não podemos afirmar que tudo ruirá, mas é fato que o "mundo X-TUDO maravilhoso" não vai nos trazer o que foi prometido, e pior, pago com dinheiro público, total ausência de regulação e a vida e felicidade de tantas pessoas, arrancadas do seu chão.
Quem tem olho grande, já diz o adágio, não entre na China.
O homem bolha...
Roberto fiquei sabendo que a cassação pelo TRE da prefeita Rosinha caiu hoje,é verdade?
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