Serra: fim de linha?

Em engenharia chamam isto de fadiga do material. Na disputa pela prefeitura paulista, José Serra enfrenta uma pedreira. Dizem que em política é mais difícil do que no futebol se enxergar o final da carreira, o momento de se retirar, porque no futebol o joelho e os músculos sinalizam o limite.

Serra ainda está na frente das pesquisas, mas, com intenções de voto em declínio e com altíssima rejeição, 37%. É apoiado pelo prefeito Kassab cujo mandato na prefeitura também possui enorme reprovação.

Tudo isto cria enormes embaraços para o Serra que já foi duas vezes candidato a presidente da República com boas votações. Esta última pesquisa indica que é quase certo haver segundo turno, na capital paulista e com grandes chances do adversário do Serra, quem quer que seja, hoje seria surpreendentemente, Russomano, obter apoio da maioria dos outros mais votados.

O pior disto tudo é que o governador Geraldo Alckmin, o Kassab e o Aécio não se importarão com isto. Ao contrário.