Caro Roberto, boa noite.
Nesta semana foi
intensificado o movimento entorno da Praça São Salvador, com montagem de
barracas e palco, fato que tornou o centro da cidade "intransitável"
nesta sexta-feira, 03/08/2012. Um dos pensamentos que me ocorreram foi:
essa festividade não deveria estar ocorrendo no CEPOP?, afinal o nome do
"elefante" não é Centro de Eventos Populares - desculpas ao grande
poeta Osório Peixoto, in memoriam, que foi "colocado nessa "furada"" -
ou será que as festividades do Padroeiro não estão no rito "popular"?!. O
outro pensamento foi, apesar de óbvio, é que o "staf" municipal não
entendeu a utilização do espaço - CEPOP - recém construído, com erro
construtivo crasso no arco do palco - que merece a reconstrução pelo bem
da qualidade técnica demonstrada pelas obras privadas - bem apontado
pelo competente colega José Ronaldo Saad. Sobre o propósito, vai aí a
dica, como diria o professor Raimundo, "não deveria mas vou ajudar": é
para ser utilizado em eventos populares diversos, como por exemplo as
festividades do Padroeiro do município, entenderam, ou será preciso
desenhar, como diz a "juventude".
Apesar de configurar erro
urbanístico a implantação do vetor CEPOP, em zonas residenciais,
especialmente lindeiro a ZR1, quem o idealizou deveria assumir o "filho
feio", de modo a dotar àquele centro de eventos viável, seja pelo
sistema de transportes. seja pelo prestígio nas festividades,
especialmente as do calendário oficial, visto ser vergonhoso, beirando a
desonestidade, como diria o Ministro Joaquim Barbosa, a utilização do
espaço do CEPOP para exposição e venda de veículos nos feirões de
automóveis. Ministério Público, cadê você????
Abç.,
Renato César Arêas Siqueira
arquiteto e urbanista."
12 comentários:
Amigo, deixa de ser hipócrita! Em todo o mundo a festa do padroeiro é realizada em sua base e não em eixo deslocado! Se não gosta da festa ou do "staf" municipal como diz, faça críticas diretas e não, fica procurando chifre na cabeça de cavalo.
Roberto,
Leio bastante o seu blog, por isso sei que às vezes você insere alguns vídeos de músicas nos finais de semana. Gostaria de sugerir um hoje?! A música "Apesar de você" de Chico Buarque.
Me deu vontade de ouvir esta música depois de mais uma vitória do Garotinho na Justiça.
Sei lá, mas a sensação nesta cidade é de uma verdadeira ditadura, afinal, as rádios são dele e só falam bem dele; os jornais são dele e só falam bem dele; o governo é dele e ele manda com mãos de ferro, sem dialogar com ninguém; na câmara de vereadores ele manda; no Tribunal de Contas ele indica os conselheiros; na Polícia, os delegados são seus contatos; no Goytacazes ele manda, distribui ingressos e é homenagiado; e na justiça, mais uma vitória...
Mereço ou não ouvir esta música?
Abs,
Paulo Sérgio.
sei la, acho q a festa do padroeiro tem q ser em volta da paroquia. de onde surgiu a cidade ne?! talvez a propria igreja nao aceitasse q a festa fosse tirada dali.
Primeiro quero lembrar que a opinião é do Renato.
Concordo com a opinião de que as festas religiosas tem uma relação direta com a localização dos locais e ambientes onde cultuam o seu credo.
De outro lado, concordo com o Renato sobre a localização do Cepop, sobr e o altíssimo custo da sua construção e a sua poquíssima utilização o que leva a questionar a relação custo-benefício daquela obra de quase R$ 100 milhões.
Chifres não faltam e não precisa procurar nos cavalos.
Sds.
Pergunta o padre desta igreja que não quis fazer no CEPOP!
Isso é ridículo! A festa do padroeiro tem q ser em volta da igreja. Se a prefeitura colocasse lá no CEPOP, estariam todos criticando e dizendo q deveria ser na praça S. Salvador. Eta povinho! Más q o CEPOP está ocioso, isso todos estão vendo.
Concordo com o Roberto.
Neste sentido acho que a festa religiosa deve ser na praça do Santíssimo cumprindo a tradição e a programação religiosa dos organizadores conforme seu credo.
Porem, nada impede que a festa dita profana seja realizada no CEPOP como aliás já foi feito várias vezes na Fundação Rural. Para o Parque de Exposições da Pecuária se levou os ambulantes, barraqueiros e os shows de pagode. Na praça ficou a programação religiosa.
Este foi e ainda é o desejo expresso da diocese, que prefere a programação religiosa distanciada dos shows "profanos" dos ambulantes e das cachaçadas...
Por mais que as críticas ao CEPOP sejam válidas (na minha opinião procedentes tbm) no quesito localização, defender que a aludida festa seja realizada em outro lugar que não a praça, carece de respeito à tradição, e à própria história do feriado, considero eu que seria até um desrespeito com os devotos do santo (e olhe q nem sequer sou católico)... Com todo respeito ao Renato, mas é uma ideia sem pé nem cabeça...
OBS.: Não sou nem arquiteto, nem engenheiro pra poder opinar sobre o palco.
Anônimo 11:15 AM Mas aí entra a questão cultural tbm, desde pequeno quando se fala na dita festa me vem à cabeça a praça que é por tradição onde ocorre tbm a festa profana, pra mim parece q a ideia seria o mesmo que tirar a apuração do carnaval do RJ da Sapucaí.
Fico feliz pelo assunto ter suscitado todos os comentários, demonstra que os conflitos indicados são pertinentes. Foram diretos os meus apontamentos:
1- montagem das barracas na praça e todo o transtorno decorrente, que não tem nada de sagrado;
2- o staf municipal realmente "derrapa", na reta, pois se atrapalha e não utiliza os meios que ele mesmo cria;
3- a sub-utilização do CEPOP é algo notório e vergonhoso, que pode ser criminoso, especialmente diante do uso para venda de veículos das agências automobilísticas, conforme se vê.
No mais, hipocrisia é fazer vista grossa para defender o indefensável, como sabiamente diz o Roberto:
"Chifres não faltam e não precisa procurar nos cavalos."
Abç., Renato Siqueira
1- Não é "sagrado" mas é da cultura da festa q seja realizado ali, não é porque fizeram o CEPOP q vão tirar a Festa de São Eduardo do citado distrito, não!? 2 concordo. 3 http://jus.com.br/revista/texto/17133/utilizacao-de-bens-publicos-por-particulares
O George aponta aspectos interessantes, mas vamos separar os assuntos entre o profano da festa e uso do CEPOP.
Quando falamos em cultura, não falamos de maus hábitos - como no caso em que alguém defendeu como absurda a ideia de instalar vasos sanitários em unidades habitacionais de interesse social devido ao beneficiário não possuir "cultura" para o uso. Trata-se de mal hábito. - assim a montagem das barracas que nada tem haver com o Sagrado, motivo das festividades, não se encaixa no contexto cultural, impedem a circulação urbana de pedestres e veículos, além de "engarrafarem" o trânsito; ou existem Salmos nas embalagens das cervejas, cachaças, bolinhos, sanduíches e outras mercadorias?. Daí a justificativa, do profano, ir para um local supostamente com a infra-estrutura adequada, descontado o transporte.
Já o paralelo da Festa de Santo Eduardo, se encontra em ambiente diverso, o cenário é outro e está arraigado ao contexto pontual, que inclusive denomina a localidade. Porém, se houver a mesma desordem e confusão de propósitos, observados na Praça São Salvador, na RJ-216, certamente terá de ser pensado melhor.
O "link" sobre a utilização de espaço público por particular também não está bem situado no que falamos. Prezado George, no caso do CEPOP, o mal uso, está implícito o exercício de serviços para a obtenção de lucro, para isso a nossa Lei Orgânica disciplina: a utilização do espaço público deve atingir o interesse público (Art. 96), de duas formas: permissão (precário, por edital e licitação) ou concessão(autorização legislativa, por contrato precedido de concorrência), Art. 96, 1. Não se observa nada disso no caso. A questão de utilização é para a prestação de serviços que a Administração Municipal pode desobrigar-se, recorrendo a execução indireta. Não é do meu conhecimento que a Administração Municipal tenha em seu escopo de serviços a venda de automóveis. Ainda não!! George, agradeço suas colocações e indicação de leitura.
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