Como o blog comentou aqui no dia 6 de junho, a Suprema Corte do Chile decidiu hoje pela paralisação da construção da central termelétrica de Castilla, o segundo maior projeto elétrico do país.
Segundo o tribunal, a MPX, empresa ligada ao brasileiro Eike Batista, terá que apresentar um novo projeto de impacto ambiental que incluía também um porto se a MPX pretender prosseguir no projeto.
Do outro lado, está uma comunidade de cerca de 60 famílias que se opõe ao projeto. O projeto da usina prevê o fornecimento de energia elétrica ao redor da mesma de 14 projetos de mineração de ouro e cobre, que entrariam em funcionamento entre este ano e 2017.
A MPX defendeu "sua convicção de que o projeto cumpre plenamente as regulamentações ambientais vigentes", mas afirmou que, "à luz da decisão proferida pela Corte Suprema do Chile, a companhia irá reavaliar sua estratégia de negócios no Chile".
A capacidade da Unidade Termelétrica (UTE) a carvão era de 2.100 MW, 1/5 do consumo atual do Chile. Por coincidência a potência de 2.100 MW é também o projeto de geração de nergia elétrica a carvão da MPX no Complexo do Açu.
O projeto do Açu, embora licenciado, ainda não foi permitido ser construído, porque o país, não tem aberto no edital de geração de energia a possibilidade de geração a carvão. A outra UTE prevista para o Açu usará gás natural e tem potência prevista de 3.300 MW.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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