A empresa de gestão de resíduos Enfil será responsável pelo tratamento dos efluentes do Porto do Açu. O contrato foi assinado com o estaleiro OSX. A Enfil está assumindo o investimento aproximado de US$ 25 milhões para construir quatro unidades no empreendimento, que terão ao todo 43 mil m², e será remunerada ao longo do prazo de vigência da operação.
Os investimentos serão feitos em parceria com uma sócia minoritária, a canadense CRA (que tem 30% da sociedade). Da quantia a ser aplicada, 65% será financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Essa sociedade contratou a própria Enfil para a construção das unidades (no chamado regime de EPC, quando a empresa desenha o projeto e também o constrói).
A maior obra é um centro de gerenciamento de resíduos, com 20 mil m². A construção já foi iniciada e deve começar a operar em junho de 2013. Além disso, haverá duas estações de tratamento de efluentes gerados no estaleiro (uma destinada ao tratamento do esgoto sanitário e outra destinada aos efluentes industriais). Ainda foi contratada uma estação de tratamento de água.
O pagamento feito pela OSX será feito em 15 anos, período em que irá durar a operação de saneamento por parte da Enfil e da CRA. Dessa forma, a empresa do grupo EBX deixa de desembolsar caixa agora, e irá fatiar uma remuneração de US$ 100 milhões, aproximadamente, ao longo do contrato de operação.
Segundo Franco Tarabini, sócio-diretor da Enfil, a participação no projeto vai trazer "certificação" para a empresa, fazendo com que ela esteja apta a oferecer serviços urbano de saneamento - como uma parceria público-privada (PPP) com a Sabesp, por exemplo. O objetivo é firmar um contrato com o poder público ainda neste ano.
Além do segmento de água e esgoto, a companhia espera entrar em contratos urbanos de geração de energia a partir da queima do lixo - o chamado "waste to energy". A ideia é entrar em sociedade com outras empresas nesse segmentos, e oportunidades já vêm sendo estudadas.
Hoje, nem um centavo dos atuais R$ 337 milhões de receita líquida registrada em 2011 é proveniente do setor público. Para estrear nesse novo mercado, o grupo está sondando municípios no Estado do Rio de Janeiro. "Inicialmente, queremos cidades com até 450 mil habitantes", diz Tarabini.
Fonte: Valor.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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