Esta imagem mostra de forma clara os limites entre o empreendimento do Complexo do Açu e a comunidade de Barra do Açu no município de São João da Barra.
Do lado direito com o aterro hidráulico se constrói as bases para o estaleiro da OSX enquanto do lado esquerdo está instalada uma comunidade que ali já habitava antes da chegada do projeto.
A cerca agora estabelece os limites distintos entre um e outro que vai muito para além das diferenças de níveis estabelecidas pelo grande aterro do empreendimento logístico-industrial.
Tudo que se relaciona a este fato&foto não é difícil de intuir sem precisar ser especialista. Qualquer pessoa com o mínimo de bom senso estranha que não haja uma "barreira de proteção" e uma zona de amortecimento entre estes espaços como aventado nas audiêncas públicas e agora esquecido.
Também não é difícil de imaginar que com o avanço do empreendimento o poder público terá que cuidar desta comunidade que hoje usa água de poço, não tem esgoto e ficalocalizada a cerca de dois quilômetros da área mais central da Barra do Açu.
É muito provável que venham desapropriações e casas populares liberando o entorno para os empreendimentos.
Até onde o blog sabe estas áreas do entorno estariam dentro das chamadas condicionantes para o licenciamento do estaleiro e do Distrito Industrial de São João da Barra (DISJB) e como tais, não seriam obrigações do poder público, esta criação das Condições Gerais de Produção (CGP) que são necessárias no processo de instalação de todo grande empreendimento.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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Um comentário:
Mudando um pouquinho o foco do post, mas ainda sem sair dele, fiquei pensando:
A comunidade utiliza água de poço. Ok. Nada mais natural. Mas se o INEA lacra os poços que não tem outorga, ou seja, os irregulares (a maioria), o que aconteceria se o Instituto Estadual do Meio Ambiente fiscalizasse a comunidade?
Pensando bem, a arrogância deles não chegaria a tanto, mas é bom lembrar a estes arautos da legalidade ambiental que pau que bate em Chico, tambem bate em Francisco.
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