Depois de pesquisar o número de veículos licenciados em Campos, em julho de 2012, o blog foi apurar o número de veículos licenciados em toda a região Norte Fluminense e apurou um número total de 319.387. Depois de Campos, Macaé, município polo de outra microrregião do Norte Fluminense tem 93 mil veículos licenciados. Os dois municípios juntos alcançam 84% dos veículos licenciados na região. Abaixo o blog expõe a tabela com estes dados e a seguir tece mais algumas opiniões sobre o que estes suscitam em termos de política pública:
Macaé tem 1 veículo a cada 2,2 habitantes
A relação veículos por habitante menor é o de Macaé, que reflete o maior poder aquisitivo médio desta população em relação às demais, e alcança 1 veículo para cada 2,2 habitantes. Campos e Macaé são as duas únicas cidades com esta relação abaixo da média da região de um veículo para cada 2,7 habitantes. Também chama a atenção a relação de veículos por habitante nas cidades menores, como São Fidélis e Conceição de Macabu, respectivamente, 2,8 e 2,9.
A relação veículo por habitante mais distoante na região acontece em SFI com quase 5 veículos por habtitante, que também reflete o baixo poder aquisitivo daquela população, em relação não apenas ao Norte Fluminense, mas a todo o estado.
Urgência para planejamento urbano e de transporte em Campos e Macaé
Estes dados mostram a urgência que Macaé também tem, assim, como já falamos para o município de Campos, para replanejar sua infraestrutura urbana e seu transporte público para reduzir a pressão no trânsito com os engarrafamentos, assim como a quantidade de acidentes nas áreas centrais e cruzamentos.
Macaé foi adiante quando planejou a instalação do transporte ferroviário entre diferentes pontos da área urbana. Esta alternativa é cada vez mais necessária, nos municípios de médio porte no estado e no país.
Melhor ainda é não depender exclusicamente da alternativa rodoviária como os ônibus que poluem e também enchem as áreas centrais. Na definição de algumas alternativas não se deve deixar de lado as ciclovias como uma proposta que vai na linha da promoção da saúde e mesmo, do que alguns especialistas, consideram, uma nova modal de transportes.
Mobilidade urbana com participação da população
Toda a discussão da mobilidade urbana está aqui explicitada. É um erro a alternativa de cada um para si, em seu automóvel entupindo as ruas, poluindo as áreas centrais e fazendo as pessoas a gastarem cada vez mais tempo no deslocamento casa-trabalho escola e vice-versa.
Sofre mais a população mais pobre que também está sendo aos poucos expulsa das áreas mais centrais para a perriferia por um processo de especulação imobiliária e falta de regulação do poder público.
É fundamental que a busca por soluções apropriadas tenha a participação direta da população e não seja, algo tecnocrático e/ou autoritário.
Está aí mais uma colaboração do blog trazendo este novo tema, para que os candidatos a prefeito, nestes municípios, se manifestem sobre suas leituras sobre esta realidade e o que pensam como soluções para a questão. Sigamos em frente!
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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Um comentário:
Isso sem contar com os espertinhos que emplacam seus carrinhos de luxo no estado do Espírito Santo, cometendo o crime de falsidade ideológica por falsa comunicação de endereço. Pena neste país não existirem leis eficazes e justiça séria...
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