domingo, agosto 05, 2012

“O direcionamento do investimento no esporte”

O texto abaixo tem origem no blog do jornalista Luiz Nassif e propõe, em curta, mas profunda reflexão, uma nova forma de se tratar a formação esportiva de nosso povo, tendo como campo de análise e observação as Olimpíadas de Londres e o que se vem fazendo no esporte neste imenso país. Pode-se concordar ou discordar, em todo ou parte, mas, vale a reflexão:

O direcionamento do investimento no esporte
Enviado por luisnassif, sab, 04/08/2012 - 15:47 - Por alexis
“Diego Hipólito chorando e pedindo desculpas aos seus patrocinadores. É a imagem destas olimpíadas, do lado do Brasil.

Dinheiro de patrocínio – às vezes público - jogado no imediatismo e em pessoas específicas não melhora o nível esportivo e, por tanto, a imagem do Brasil. Se o atleta perde, é dinheiro fora. Se ganha, também é jogado o dinheiro fora, pois o sucesso é passado à comunidade nacional como um assunto individual, de quem quer surgir na vida correndo ou lutando e, espera-se, no máximo, que surja mais um talento individual. Quando fica mais velho vira comentarista esportivo e o dinheiro de patrocínio é apostado em outro “cavalinho”.

Como esticar o sucesso de determinadas nações? Principalmente pelo planejamento e a visão nacional do assunto.

Se o mesmo dinheiro da Caixa, Petrobrás e do BB, entre outros, fosse canalizado para as universidades federais, por exemplo, poderiam ser construídos centros esportivos públicos (pois as universidades são públicas), com estádios, piscinas, quadras, etc., campeonatos universitários - em nível nacional – amadores, em dezenas de atividades “olímpicas”, caça de talentos pelas próprias universidades nos colégios da região, incentivos e becas de estudo aos bons esportistas da comunidade, associando esporte, nação e educação numa única equação.

Por isso o sucesso dos EUA. Enquanto isso, a geração da Marta passou o seu tempo esperando que o mundo profissional, via CBF, tornasse viável a sua atividade de futebol feminino. Acredito que um campeonato feminino de futebol universitário seria melhor, pois geraria a base e o interesse das gerações em determinados esportes, para aí sim, passarem ao “profissional” quando o ambiente profissional achar interessante.

Deste modo o Estado atua como indutor e trabalha no ambiente amador do esporte, que tantas satisfações tem dado a muito países socialistas e, também nos EUA, onde o ambiente universitário dá cobertura a todos estes esportes.”

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