Só para citar dois números que mostram esta nova realidade
implantada depois que o PT chegou ao poder e que gera tanta reação da grande
mídia nacional contra os governos Lula e Dilma: Em 2003, 499 jornais recebiam
investimentos em publicidade do governo federal, enquanto em 2011, este número subiu
para 8.519. O número de cidades com jornais que veiculam alguma publicidade do
governo, incluindo as estatais, passou de 182 para 3.450.
É muito comum que nos municípios de médio e pequeno porte, a
maioria destes órgãos tentar substituir os partidos, entrando no jogo politico
e eleitoral, em troca de favores financeiros conhecidos.
O fato contribui para que a política no interior fique pior
do que poderia ser. Se, ao inverso, a busca da representação política fosse
feita apenas pelos partidos, o jogo poderia ser diferente, especialmente, agora
que as redes sociais desempenham, de muito melhor forma, o controle social
sobre as gestões locais.
Ninguém aqui, de forma pueril, imagina retirar os interesses
que estão emprenhados em todo ajuntamento social. Aliás, é legítimo que eles se
apresentem e defendam o seu quinhão. O que é cretino é querer bancar a virgem
imparcial no jogo, em que o mais comum é faturar dos dois lados enganando seus
incautos leitores.
Bom mesmo é que a sociedade se aprofunde em conhecer mais detalhadamente
como funciona este jogo da informação chamada de neutra por alguns mal
intencionados.
4 comentários:
E aí, dependente das verbas publicitárias, os orgãos de comunicação deixam de ser isentos e questionadores do Poder Executivo. Errado, professor, a imprensa não pode se deixar levar por isso, é uma armadilha.
Caro Leniéverson,
Ela não se deixa levar por isto, ela leva.
E verbas significativas e sempre foi assim, só que no governo FHC e antes, só as grandes mídias levava grandes valores.
No caso da velha e grande mídia esta parcela de recursos é muito significativa, mas, não chega a ser maioria, no caso da velha mídia regional não.
As verbas das prefeituras, do governo estadual e do federal oscila em torno de 70 a 90%.
Ou seja, elas não existiriam se não fosse para receber o dinheiro dos orçamentos públicos.
Sds.
Caro Roberto.
É engraçado ler uma análise sua contra uma forma de gasto com publicidade de um governo que você apóia...
Sua frase "O fato contribui para que a política no interior fique pior do que poderia ser" é a prova de que governo Lula não foi tão bom como muitas pessoas acham.
Caro Manoel,
A análise de prós e contra não significa que não se deve ter uma avaliação crítica, mesmo das gestões que supomos ter mais acertos do que erros.
Isto é o mínimo que se espera dos cidadãos com senso crítico e com capacidade de questionamento, o que não invalidam, ao contrário, os seus pontos de vistas, seja para desejar a mudança (no caso de mais erros que acertos), seja para aperfeiçoar (no caso de mais acertos que erros).
Digo isto, sem efetivamente ter posição contra a diversificação dos recursos em comunicação do governo federal com a sociedade, mas, questionando o outro lado da moeda.
Você percebeu bem, a meu juízo, como este blog coloca suas questões, suas opiniões e seus pontos de vistas.
Fora daí ou temos propaganda gratuita ou oposição interessada em vantagens.
Sds.
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