São Paulo e Rio de Janeiro, não por coincidência, têm suas capitais com o mesmo nome do estado.
Mesmo o Rio de Janeiro, tendo atualmente, menos importância que antes, os dois continuam a ser os maiores estados da nossa Federação.
Com a provável eleição de Haddad em São Paulo, o PT, volta a dividir com o PSDB, a liderança estadual que será posta à prova, na eleição de governador, em 2014, junto da eleição para a Presidência da República.
No Rio de Janeiro, a eleição de Paes, com o apoio do PT, deu força ao PMDB, que continua a tentar ser o principal aliado do PT para o Palácio do Planalto.
Em São Paulo a escolha do novo governador vai para o voto e para escolha entre os candidatos dos dois maiores polos eleitorais do país: PT x PSDB.
No Rio de Janeiro, o quadro é um pouco mais embolado.
Três forças disputam a hegemonia: Cabral, Lindberg e Garotinho. Não há nenhum outro além destes. O último é oposição clássica, embora tenha feito o primeiro o sucessor do seu grupo político.
Cabral quer eleger seu vice, Pezão, mesmo sem prestígio eleitoral, como contrapartida da cabeça de chapa nacional como fez em 2008.
O senador Lindberg, uma liderança emergente, embora com ligações com o governo estadual, promete, um governo diferente, mais voltado para o social, mas, também ligado e aproveitando as boas relações com o governo federal.
Já Garotinho sonha que a disputa entre Cabral e Lindberg avance (como estimulou em 2010*) já que é nesta cisão que espera resultados.
Em 2008, quando saiu o acordo no estado, puxado por Cabral para apoio a Dilma, que Lindberg, optou pelo senado, que Garotinho, desistiu da disputa ao Guanabara, para, com muitos lamentos, disputar e conseguir, uma grande votação para a Câmara dos Deputados.
De outro lado, da mesma forma que Cabral quer contrapartida do seu partido, o PMDB, ser vice no plano nacional, o senador Lindberg, poderá, reivindicar junto a Temer, a sua vez, já que a disputa pelo Palácio do Planalto, poderia ensejar um vice do Nordeste, numa disputa, num patamar acima.
As disputas de hoje, em Niterói, São Gonçalo, Caxias, Nova Iguaçu, Volta Redonda e Petrópolis, quaisquer que sejam os resultados, não modificam este cenário, embora ofereça a um ou outro um maior cacife nas negociações que tendem a ser mais pré do que eleitorais.
Neste cenário, as dificuldades de Garotinho na capital é quase uma barreira que se soma, aos problemas que terá no desenho de apoio dos partidos que escolherão um dos caminhos para aumentar os seus cacifes na eleição de 2014.
De qualquer forma fica evidente, que, assim como, em 2010*, a eleição para governador, antes de ser decidida nas urnas, será objeto de disputas e acordos pré-eleitorais. A conferir!
PS.: Atualizado às 18:54: Corrigindo o ano da eleição anterior de governador e senado que foi em 2010 e não 2008 como o blog afirmou equivocadamente antes.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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Um comentário:
Roberto essas eleições foram em 2010. Mas a sua análise está certa, na minha opinião Garotinho sai encolhido e Lindberg e Cabral se restabeleceram nessas eleições.
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