terça-feira, outubro 02, 2012

O que ficou do debate na Record?

O blogueiro como já sabem está fora de Campos, participando de um congresso em Belo Horizonte. Nos intervalos do evento, pelas possibilidades da comunicação, consegue se manter presente nas questões da nossa planície, quase, como se presente estivesse.

Assim, troca correspondências por telefone, e-mails e pelos comentários deste espaço e da Rede Blog.

Desta forma, soube do debate entre os candidatos a prefeito de Campos, na TV Record, pelo que ouviu e leu, o que significa, interpretar pela percepção dos outros, o que é algo difícil, porque aumenta os riscos de distorções e absorções de interesses, mesmo sabendo que nenhuma análise consegue ser, mesmo que propalada como, neutra ou isenta.

Assim, de longe o blog preferiu repercutir a análise simples, direta e bem humorada do Gustavo Oviedo, em seu blog "Caído em Campos":

Debate na Record. O que passou pela cabeça dos candidatos.

Rosinha Garotinho: “Fiz tudo isso. Não tá bom, cacete?

Com esse tom próprio dos Garotinho, meio zangado e meio impaciente, a candidata enumerou as realizações do seu governo. Teve a sorte de não ter sido incomodada pelos adversários que, a exceção de José Geraldo e, em menor medida por Erik Shunk, desaproveitaram a enorme oportunidade que brinda um debate, o qual é, debater.

José Geraldo: “Você quer uma cidade melhor? Pergunte-me como!”

Desenvolto, que nem palestrante de curso de auto-ajuda, Geraldo tem a particularidade de saber administrar o tempo (e os braços) para expor um discurso que, visualmente, aparece bem articulado. No mérito, propõe ser um 'upgrade' da atual administração.

Erick Shunk: “Sou contra a gravata, o terno, e tudo isso aí.”

O grande lance de Shunk foi se diferenciar do resto da oposição, ao tentar convencer o público que o assistencialismo não é o caminho do desenvolvimento da cidadania. Transmitiu genuinidade e coerência. O preço a pagar por isso será, provavelmente, ser o menos votado.

Arnaldo Vianna: “Gostem de mim. Por dentro, ainda sou um gordinho bonachão.”

Falou pouco, mas falou mal. Ficou a dúvida se desperdiçou os segundos a que tinha direito por causa da concisão de suas propostas ou pela carência delas. Fez o gesto do coração com a mão no final do programa.

Mackhoul Moussalem: “Quando acaba essa porra?”

Mackhoul lembrou Nixon, no seu famoso debate com Kennedy, em 1960, onde aquele perdera a eleição por aparecer despreparado,confuso e suado. Aparentemente, os marqueteiros do PT, que vem realizando um programa eleitoral acima da média local, voltaram pro Rio antes de treinar o candidato para o corpo-a-corpo. Mas também pode se alegar uma gripe forte.

Momento “Peter Sellers”: Arnaldo aparecendo no fundo durante a exposição de José Geraldo.

O perigo: O ‘Tailleur’ apertado de Rosinha, que ameaçava disparar um botão na cara do adversário a qualquer momento.

O melhor: A disposição dos candidatos em nos brindar um show de humor involuntário.

O pior: a falta de ‘candidatos fantoches’, como os Vivório e Feijó da eleição passada, que teriam melhorado ainda mais o espetáculo."

6 comentários:

Valéria Mattos disse...

Os Três patetas.

Tosses, pigarros e o grande astro do debate, o relógio. Nessa roda de amigos, onde entre diversos afagos, e pouquíssimos confrontos, somente dois dos cinco candidatos se mostraram prontos para responder e perguntar sem a clássica frase pronta, que como sempre ainda segue vazia.
O candidato Arnaldo Vianna manteve o retrospecto ruim que sempre o acompanhou em debates. Não disse nada, e sem nenhuma agressividade, até mesmo vivacidade, parecia estar embriagado em sono.
A candidata rosinha por sua vez, utilizou do mesmo macete chulo que muitos outros sustentam. Utilizando constantemente as mesmas palavras, esquivava das perguntas, com os mesmos dizeres sem fala. “ Avançar, Melhorar ainda mais, para você que tá em casa”. Mais que isso, a prefeita assassinou o plural por diversas vezes. Sem responder sequer uma pergunta.
O médico sanitarista Erik Shunk, está, a meu ver, entre os dois que buscaram um verdadeiro debate. Questionou a candidata a reeleição diversas vezes, assim como o fez com Arnaldo Vianna e Makhoul, que pareciam se conhecer em uma mesa de bar, trocando carícias e desinformações.
José Geraldo foi sem dúvidas, o destaque positivo. Mostrou vontade, gana, e acima de tudo preparo ao falar, se revelando o único orador em questão. Pisando com veemência no gogó da prefeita, expondo-a ao vazio intelectual que a mesma possui, ele não deu descanso para ninguém. Demonstrando querer divulgar seus planos de governo, e a fraca governabilidade atual, foi ele o único a requerer o tempo perdido pelo louco relógio da TV Record.
E por fim, a parte cômica do debate, se assim podemos nomeá-lo. Makhoul Moussalem foi ele o dono de uma das piores apresentações públicas de um prefeitável já vista por esses meus olhos. Ficou claro o nervosismo dele, pigarreando, tossindo, e não falando absolutamente nada que fizesse o mínimo de sentido. Foi digna de pena, a atuação do segundo colocado na ultima pesquisa Precisão. Não sei depois desta ridícula aparição, se essa colocação seguirá assegurada.
No fim, vimos coisas incríveis, como Arnaldo soltando coraçãozinho para câmera, garotinho caminhando em direção a rosinha para lhe proferir um sonoro esporro, “Arthur Bernardes sua anta!!”, retirando seu fantoche rosa da bancada. Makhoul trocando as pilhas do ponto tarde demais, e muitos outros pífios fatos.

Gustavo Matheus

http://soblicencapoetica.wordpress.com/2012/10/02/os-tres-patetas/

Anônimo disse...

O debate serviu para eu decidir.

Vou votar no José Geraldo!

Anônimo disse...

Com relação a Makhoul realmente pode não ser de sua seara o discurso fácil e profissional dos políticos, mas é bom lembrar que o ar teatral de rosinha se assemelha a da hiena J. Serra que quase derrubou uma candidata que também não era muito articulada para os debates, mas hoje mostra ser um presidente de mão firme que sabe o que quer. Meu amigo Erik errou o alvo ao criticar um candidato por ser do partido que esta sendo julgado pelo mensalão, nada a ver , sera que ele esquece que seu vice sempre foi capacho dos garotinhos no passado e por conta disto foi defenestrado de um de seus antigos partidos, ai fica a pergunta ele quer os votos do Makhoul ? O Ze Geraldo pra mim é uma incógnita não enche os meus olhos apesar de discursar bem pois como empresario é comum ao seu meio. Enfim ainda vou continuar com meu antigo voto.

Roberto Manhães disse...

Makhoul presta esclarecimentos acerca do debate na Record

Em respeito à população de Campos e à organização do debate promovido pela Rede Record na noite desta segunda-feira, gostaria de esclarecer que na tarde do dia 01, sofri uma forte crise de sinusite que achei que fosse me impedir de participar do debate. Como considero o debate de ideias talvez a coisa mais importante de uma campanha eleitoral me mediquei buscando me recuperar a tempo.

Melhorei da sinusite, mas o cansaço acumulado e alguma reação adversa ao medicamento me causaram uma crise hipertensiva que se agravou a partir do início do segundo bloco do debate, me deixando completamente atordoado, sem conseguir ouvir, pensar e nem falar direito.

Aqueles que me conhecem certamente notaram que havia algo errado.
Lamento a falta de condições físicas ideais para ter o desempenho que todos de mim esperavam. Agradeço a preocupação manifestada durante todo o dia de hoje e informo que já estou me sentindo bem, recuperado e bem disposto. Podem confiar que estou preparado para continuar a nossa luta e mostrar do que somos capazes no próximo debate e no dia da eleição.

Forte abraço e até a vitória!

Anônimo disse...

Era melhor ter ficado quieto.

Único

Anônimo disse...

Fraca governabilidade, caras pálidas? Deixa o povo decidir, Sua Excelência, o povo... Parem manias de elucubrações de pseudo-intelectuais brasileiros, que não lê sequer um livro por ano, formados nas nossas universidades particulares...