Já disseram antes que na guerra, a primeira coisa a ser suprimida é a verdade.
O caso da receita dos royalties serve para explicar a diferença dos números, sobre as perdas de estados do RJ e ES e dos municípios fluminenses e capixabas que se inserem no litoral e área de produção de petróleo offshore.
É certo que os cálculos confundem perdas atuais com futuras que dependeriam de produção e receitas por vir. Além disso, aumentar os valores das perdas interessa aos perdedores para chamar a atenção do tamanho do rombo.
De outro lado, também interessa àqueles que usam estes valores para colocar na conta dos municípios que teriam maiores receitas e, desta forma, obter apoios para a manutenção da decisão do Congresso Nacional.
Particularmente, não acredito em nenhum destes números que acabam repetidos à exaustão sem nenhuma base.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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2 comentários:
Roberto, É estranho, digo: julgo oportuno todo esse comportamento combativo que os governantes daqui de nossa cidade adotam em relação a problemática dos royalties que na atualidade, é um dos assuntos mais deprimentes na mídia nacional, fora o julgamento do mensalão.
Repentinamente, todos arregaçam as mangas, colocando-se como defensores da almejada e desejada parcela, entretanto, a verdade é clara e nos induz a um só pensamento: "se com os royalties, nossa cidade é do jeito que é, imagine o que será da mesma sem os royalties".
Pois bem, em verdade, não caberia aos governantes locais, arregaçarem as mangas para honrar e cumprir seus contratos? Digo governantes, pois tal responsabilidade não cabe somente na esfera da figura do Alcaide local, cabendo também as responsabilidades, sobre todo o secretariado que atua na municipalidade.
Não caberia aos governantes, inflamados quando questionados pela qualidade do ensino público municipal, colocarem seus filhos ou netos a estudar nas escolas municipais? O exemplo não vem de casa? A educação local não é exemplar?
Nâo caberia aos governantes locais, quando em estado enfermo, procurarem o auxílio dos postos de saúde municipal e assim sendo, serem prontamente e carinhosamente atendidos?
Não caberia aos governantes locais, pelo menos por uma semana, deixarem de lado seus carros oficiais e assim sendo, experimentarem o transporte público particular em nossa cidade? É uma experiência realmente inesquecível.
Nâo caberia aos governantes locais, frequentarem e utilizar os espaços públicos destinados ao lazer e ao esporte? Praças floridas e democráticas é o que não falta, como também, praças muito bem frequentadas, principalmente, pelos assaltantes e usuários de entorpecentes.
Não caberia aos governantes locais, quando questionados sobre superfaturamento ou até mesmo falta de estrutura e saneamento, ocuparem como moradia por 01 semana, reforço: ocuparem somente por 01 semana, uma das casas populares as quais tanto defendem?
Não seria oportuno aos governantes locais, trabalharem por alguns meses e assim sendo, ficarem sem receber seus vencimentos, para terem a mesma sensação daqueles que agora, lutam na justiça por seus salários?
Nâo seria oportuno aos governantes locais, quando trafegarem pela cidade, darem preferência às ruas acometidas de crateras mal recapeadas e esquecidas?
Nâo seria opurtuno aos governantes locais, quando houver a necessidade de acesso à internet, usarem o serviço oferecido pelo município nos locais de abrangência?
Não seria oportuno aos governantes, visitarem os bairros periféricos para constatar as reclamações sempre descabidas da população, digo descabidas, pois quando reclamações do tipo, falta de saneamento básico, lama nas ruas, etc e tal, são mostradas na mídia, fica sempre a impressão de que "o povo é que exagera por tanto reclamar."
Finalizando, pois estou cansado, não seria oportuno aos governantes, serem mais ativos, mais presentes e menos demagógicos com o que é público? Pelo que eu saiba, quando eleitos, os mesmos não exercem suas funções por viabilização de favores, pessoais ou impessoais.
Não seria oportuno, faturar o gasto público com responsabilidade e acima de tudo, com um pensapento voltado ao crescimento e dinamização de nossa cidade?
Todas as vezes em que a discussão sobre os royalties foi levantada, quase sempre, não se falava claramente, abertamente, sobre o destino da verba às benfeitorias municipais, mas agora, o assunto do momento é relacionar os mesmos às obras públicas, à educação, à saúde, à habitação, ao saneamento, ao esporte, enfim, to de saco cheio de tudo isso.
O deputado estadual Roberto Henriques, enviou um requerimento para a mesa da ALERJ que trata sobre alteração da lei do icms do petróleo que é descontada no destino enão na origem. Muito boa a inciativa
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