segunda-feira, novembro 05, 2012

Maldição mineral

O economista Edmar Bacha que cunhou a conhecida expressão "Belíndia" além de ser um dos criadores dos planos Cruzado e Real, lançou na semana passada a publicação "Belíndia 2.0" com seus ensaios mais relevantes das últimas quatro décadas. Sobre o assunto falou ao caderno Eu&Cultura do Valor. 

Lá Bacha foi arguido sobre os riscos do Brasil com a chamada "Maldição Mineral" comentada pelo blog em nota abaixo sobre o peso do petróleo na economia de nosso estado:

"Será que o Brasil estaria sofrendo com "a maldição dos recursos naturais"? Vamos enfrentar a "doença holandesa"? As dúvidas remetem à possibilidade de desindustrialização em decorrência da bênção que representou a disparada dos preços das commodities que o Brasil exporta. Isso faz o câmbio se manter valorizado, o que prejudica a indústria. Foi o que aconteceu no final dos anos 50 na Holanda - daí o termo "doença holandesa" - depois da descoberta do gás natural.

Bacha conclui que, ao contrário do que se temia, tal tese não se aplica ao Brasil. Afinal, a indústria é diversificada e os setores não beneficiados pela exportação de produtos primários têm um vasto mercado interno à disposição.

Resta saber o que acontecerá quando o país começar a extrair o petróleo do pré-sal. Para Bacha, será um teste. Se bem aproveitado, o petróleo será uma benção; se não, será uma maldição - e talvez dê origem a uma nova fábula."


PS.: Atualizado às 16:34: Mesmo saindo do foco do tema central da nota, o blog cita que o atual secretário de Ações Estratégicas da SAE, Ricardo Paes de Barros, diz que hoje a mistura seria da Alemanha com a China e não mais da Bélgica com a Índia. isto porque a Bélgica retrocedeu e a Índia avançou, enquanto a Alemanha usando o Euro cresceu e a China, a despeito do seu fantástico crescimento ainda guarda desigualdades e pobrezas imensas. Neste caso então teríamos a Alechina em substituição à antiga Belíndia.

3 comentários:

Gustavo Alejandro disse...

Se Bacha tivesse passado por Campos já saberia a resposta.

Anônimo disse...

Campos está mais para Cónago: mistura de Mónaco com (Rep. Democrática do) Congo.

Roberto Moraes disse...

Gostei do Cónago.

Sendo que grande parte dos que vivem no Mônaco, não possuem belos iates, mas, hoje vivem dos royalties das plataformas.