65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
domingo, dezembro 02, 2012
"Mato no peito" - a entrevista do ministro Fux
Clique aqui e leia a entrevista do ministro do STF à Folha de São Paulo. É muito impressionante o relato que não é de um terceiro e sim, do próprio ministro, sobre as suas articulações para chegar ao cargo de ministro do STF. Bom lembrar que ele já era ministro do STJ: "é tudo ou nada"; e o "mato no peito". Leia e tire você mesmo as suas conclusões.
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13 comentários:
Roberto,
Independentemente de nossas reações passionais sobre este caso do senhor Fux, ou o caso da ação 470, e de toda luz da popularidade que incide sobre os juízes do supremo, que parece cegá-los, e dos nossos questionamentos jurídicos e políticos desta corte que mais se assemelha a um grotesco espetáculo de horrores circenses, é preciso fazer um mea culpa:
O PT, nosso partido(?), foi incapaz de enfrentar a reforma do estamento normativo do Estado, aqui entendidas as estruturas judiciárias, as carreiras policiais, a inconveniência da manutenção do Inquérito Policial, a reformulação (ou unificação, como defendem alguns) das polícias, o sistema prisional, o formato de cada órgão de investigação com a delimitação de cada atribuição, enfim, todas as arestas que parecem cortar o tecido sócio-institucional brasileiro depois da Constituição de 88, onde, não raro, assistimos a perigosa colisão de valores.
Em nosso país, Aparício Torelli(o famoso Barão de Itararé), lá na década 1930, dizia o que é inconvenientemente atual: "Nossa Constituição prevê tudo, mas não garante nada."
Esta omissão estratégica do PT, desemboca em episódios trágicos como este, expressos nas palavras deste senhor Fux, incapaz de perceber o ambiente que o cerca, do grave contexto histórico onde está inserido, em suma, da liturgia e envergadura morais necessárias a compor a mais alta(?) corte do país.
Que fique claro que o processo de escolha dos juízes das cortes superiores, uns mais, outros menos, são recheados de fatos até mais escabrosos que estes narrados, e que revelam a intensa promiscuidade entre os poderes que deveriam ombrearem-se na tarefa de conduzir o Estado.
É justamente isto: O senhor Fux é uma vergonha, mas não podemos esquecer que fomos nós que o escolhemos, e consentimos que ele fosse o que imagina ser: um espertalhão que vende até a mãe(mas não entrega) para conseguir o seu intento.
Alguns dirão que é pragmatismo, que é o limite imposto pela realidade, a tal da "governabilidade". Sei não.
Quando olho para Campos dos Goytacazes, e percebo os mesmos cacoetes em quem nem chegou ao poder(e está longe disto), mas parece colocar o "pragmatismo" como premissa de qualquer ação política, desprezando o fato de que é a ação que subordina o pragmatismo, e nunca o pragmatismo que controla nossas ações, me entristeço.
O PT, com o fim da ação 470, com o episódio recente da Rosemary, necessita acordar para a urgência de sua re-invenção.
Antes que os cretinos e "midiotas" enxerguem aqui um lamento, ou uma remissão de "pecados", me adianto:
Não se trata de ajoelharmos no altar do moralismo macartista, onde veneram santos tão ocos como demóstenes torres, com "orações escritas na bíblia semanal óia" ou outra porcaria diária qualquer.
Mas é urgente enfrentarmos os temas como o processo de escolha de juízes do supremo, uma limitação dos mandatos destes juízes, dentre tantas outras discussões que estão pendentes.
É preciso enfrentar os cartéis da comunicação privada, combatendo a concentração desmedida, que, dentre outras coisas, impede os poderes constituídos de exercerem a fiscalização para os atos criminosos que praticam, envergados pela chantagem midiática que corrompe a Democracia.
Esta entrevista, embora pareça um grande serviço à nação, nada mais é que a outra ponta da estratégica urdida para golpear o governo e proteger os interesses da raquítica oposição partidária, que arrasta-se como verme entre as carcaças de seus passado recente:
Agora, a mídia correra a desqualificar o STF, acuando-o e impedindo que julgue o mensalão de Minas, de Eduardo Azeredo, de Clésio e de Aécio.
Como eu disse, creio que está na hora do PT e do governo mostrar as armas que têm.
Parece que o PT aposta sempre mal.Fux foi coerente com o papel de um magistrado, condenou culpados e não inocentes. Realmente "matou no peito" e fez um belo gol. Vem mais por aí, afinal a Rose, o Paulo, o Irmão do Paulo e outros não desistem.
PT, um partido trapalhão.
Mas afinal, um ministro do STF é nomeado para julgar de forma independente. E é isso que o Fux fez.
O que está errado é o processo de escolha dos ministros do STF. Não deveriam ser escolhidos por políticos. Deveriam chegar a ministro por promoção na carreira de Juiz, por critérios objetivos e técnicos.
Na verdade, o PT esperava que o Fux agisse como agiram o Levandowisck e o Toffoli, ou seja, como capachos.
O pior dessa história é que ficou claro que o PT, na realidade, estava tentando fraudar a independência do STF
Roberto,
Eu nem mais o que te dizer.
Que tipo da categoria de gente "midiotizada" é esta?
Se estamos, justamente, discutindo a inconveniência de um juiz do STJ perambular pelos corredores do governo prometendo resolver os "problemas" do governo, ora ao então ministro Palloci, em ações que poupariam 20 bi ao governo, ora em questões como Cesari Battisti e depois a própria ação 470, quando o futuro juiz do STF teve com um dos réus, os comentaristas acenam que o "o juiz" foi independente?
Quando se reuniu com o réu para lhe pedir apoio para indicação, ainda que o condenasse, sua decisão NUNCA seria independente.
De todo modo estaria eivada de sentimentos pessoais que turbam o teor de sua sentença: Se absolvesse, por motivos óbvios, se condenasse, porque precisava mostrar "independência" à qualquer custo, inclusive e principalmente, dos direitos e garantias dos réus, como aliás, foi o caso, no maior linchamento jurídico do país.
Quando ele foi independente? Quando se ofereceu como uma prostituta ou quando se limitou a "acompanhar o relator", ou pior, quando escorregou feio, sentenciando um dos réus sobre algo que nem lhe era imputado?
De todo modo, o debate está aberto: como escolher juízes das cortes superiores.
Critérios "técnicos e carreira" não podem ser os únicos quando se trata de cortes constitucionais, como STJ e STF.
Muito menos restringir o acesso aos juízes.
Nem é preciso dizer que carreira e "proficiência jurídica" não conferem independência a ninguém.
Há vários sistemas de escolha ao redor do mundo, o que prova que não há uma forma apenas que funcione como modelo.
Tenho certeza apenas de uma coisa: A nossa não funciona!
Se não queremos juízes capachos de governos, muito pior tê-los como capachos da mídia e escravos de suas vaidades tardias.
Popularidade é para artista e para quem precisa de voto.
Independência?
Quanta ingenuidade...
A discussão sobre a escolha é complexa e leva à tentativa de considerar à subjetiva meritocracia.
Independente de tudo isto o que impressiona é o arrivismo do ministro que já era do STJ. Isto não é um detalhe.
Ao fazer a relação a uma sentença e se oferecer na avenida (neste caso, não pela condição de gênero) ele apresenta suas credenciais de "matar no peito".
Bom ainda, nestes tempos presentificados, relembrar que quem usou esta expressão foi o Roberto Jefferson também em momento de arroubo semelhante.
Não é preciso recorrer a Freud para ler nas entrelinhas a subjetividade dos comportamentos.
Muitos livros serão necessários, num futuro, não muito distante, para mostrar os tempos atuais, cheios de exemplos para mostrar como um país resiste a se encontrar consigo mesmo, em direção a novas e também desafiadoras agendas, em meio a acertos (maioria) e erros como teria que ser em se tratando de gente, especialmente, de origem até então distante do poder.
Continuemos a acompanhar todo este processo que parece está se radicalizando, rumo a uma agenda passada que tentam retomar.
... e agora mais essa: Lula contava com uma garçonière em São Paulo - o escritório do Governo - e apresentava sua "namorada" Rosimere como "secretária da Dilma", atendendo seus favores.
Vem coisa, muito mais coisa aí!!!
Seria então a Marisa uma cona mansa?
Vejam só: o apedeuta é um espertalhão, de bobo, de idiota, não tem nada. A´te a mulher ele engana e engana facilmente o povão brasileiro.
Como é que um moleque espertalhão desse ainda vem querer dizer, SEMPRE, que não sabia de nada?!!
É porque sabe que o povão é babaca. E tem a ajuda de outros espertalhões do PT, do PMDB, enfim, dos picaretas do congresso.
O episódio recente da amante prova que o resultado do mensalão foi o correto, o justo. O PT é realmente o partido dos PETRALHAS!!!!
Muito bem FUX! Passa esses espertalhões para trás. Julgue com independência! Entrou para o STF, tendo que pedir apoio político, forma como o sistema manda, mas agora que entrou, faça justiça, coloca esses petralhas na cadeia!
E agora petistas?
Qual vai ser a desculpa que vocês vão tentar dar para a última maracutaia divulgada: A Rosemery levou 25 MILHÕES de euros em mala diplomática para um Banco de Portugal!
E agora?
Lula não sabia de nada?
Corna Mansa junto da mídia foi a Da. Ruth.
Quem foi o mais esperto FHC, Fux ou Lula?
O primeiro junto do Serra pagou à Globo com dinheiro público e a jornalista para ire para Portugal e Espanha.
A única diferença é que um é sociólogo e o outro torneiro.
No governo do segundo as condições de vida do povo melhorou.
Jobim enganou FHC e foi pro governo de Lula e Fux enganou Dirceu para chegar ao paraíso do STF tocando guitarra.
Garotinho também nada tem a ver com os R$ 318 mil.
Jeferson foi premiado com R$ 4 milhões e uma redução de pena.
Falsos moralistas estão escondidos nas esquinas esperando voltar ao poder sem lenço, sem documentos e sem votos.
Nossa!
Lula, como político, tem qualidades e defeitos. Quem não enxerga os dois está apaixonado.
É a primeira vez que tomamos conhecimento da epopéia de uma nomeação de cargo.
Pergunto a todos : alguém acha que ANTES, era diferente ?? Em 2001, FHC nomeou sr. Fux para o STJ. Alguém poderá dizer que as coisas transcorreram de outra forma ?
Nos EUA, tais ministros TAMBÉM são indicados pelo Presidente.
PIOR : é o Presidente que indica TAMBÉM, quem vai presidir a Alta Corte !!
Por isso, só de ver a HIPOCRISIA dos que apontam seus dedos sujos, fica fácil saber de que lado não devo estar.
"Com certeza FHC em 2001 colocou Fux no STJ pois sabia q LULA venceria eleição em 2002 e depois iria STF para ajudar a atrapalhar a vida de LULA e o PT. (TEORIA DA CONSPIRAÇÃO)."
Como dizia o slongan do governo LULA:"BRASIL UM PAIS DE TOLOS"
É PROFESSOR MAIS UMA VEZ O "SEU" PT MOSTRANDO AS CARAS.Ta dificil,ta dificil fessor Roberto.
Olha Garotinho revelou no blog uma bomba:
Pasmem, Rose declarou então que havia na mala diplomática 25 milhões de euros. Ao ouvir o montante que estava na mala diplomática, por medida de segurança, as autoridades alfandegárias portuguesas resolveram sugerir que ela contratasse um carro-forte para o transporte.
A requisição do carro-forte está na declaração de desembarque da passageira Rosemary Noronha, e a quantia em dinheiro transportada em solo português registrada na alfândega da cidade do Porto, que exige uma declaração de bagagem de acordo com as leis internacionais. Está tudo nos arquivos da alfândega do Porto.
A agência central do Banco Espírito Santo na cidade do Porto já foi sondada sobre o assunto, mas a lei de sigilo bancário impede que seja dada qualquer informação. Porém a empresa que presta serviço de carros para transporte de valores também exige o pagamento por parte do depositário de um seguro de valores, devidamente identificado o beneficiário e o responsável pelo transporte do dinheiro.
Na apólice do seguro feito no Porto está escrito: *"Responsável pelo transporte: Rosemary Noronha"*. E o beneficiário, o felizardo dono dos 25 milhões de euros, alguém imagina quem é? Será que ele não sabia? A coisa foi tão primária que até eu fico em dúvida se é possível tanta burrice.
Uma pena que o debate se desqualifique sob o argumento "da mulher traída", Ruth ou Marisa? de que é mais corrupto, Fernando Henrique, Dirceu ou Lula? todos afundados no lamaçal.
O que fica, na realidade, é um grande sentimento de indignação, do sonho roubado, dos líderes despidos de integridade e de um ideário que "apesar de você" nós não podemos abdicar.
Quanto a indicação dos ministros do STF, o país precisa repensar o sistema de nomeação. Não dá para falar de independencia.. O palco é de homens e não de anjos...
Dá-lhes Fux!
Matou no peito e fez um golaço!
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