Agora a crítica é do jornalista Gilberto Dimenstein da própria Folha de São Paulo:
"Pobre Eike Batista"
"Desde que anunciou que sua meta de vida era ser o homem mais rico do mundo, Eike Batista virou centro de uma bolsa acompanhada pela imprensa: sua posição no ranking transformou-se em notícia periódica. Tenho o maior respeito pelos empreendedores, eles geram inovação e empregos. Mas é uma pena que nosso candidato a homem mais rico do mundo gere tão maus exemplos - e tanta futilidade.
Vejam a notícia que acaba de sair: uma de suas obras (o porto Açu) teria provocado a salinização de água doce usada por agricultores e pescadores no Rio - essa afirmação é feita por pesquisadores da Universidade do Norte Fluminense.
Pergunto: o que adianta ser o homem mais rico do mundo cercado de tantas desconfianças sobre seu respeito com a comunidade?
Uma das coisas que mais gosto nos Estados Unidos ( e gosto muito) é como os milionários e bilionários entregam-se a projetos sociais. E quanto mais rico, maior sua doação. É o caso de Bill Gates. Não é a toa que os Estados Unidos são tão fortes.
Seria uma bela lição a nação ver um homem tão rico como Eike como um campeão em filantropia -e não acusado de poluir águas ou se mostrar fútil a ponto de ter carros na sua sala de estar.
Isso só reforça o preconceito contra os empreendedores - a mola de inovação de uma nação.
Sob esse aspecto, ele pode ser bilionário, mas está cada vez mais pobre."
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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4 comentários:
Eta crítica piegas meu deus. Esse Gilberto Dimenstein é um deslumbrado com a ideologia americana.
É como se tudo fosse uma questao de de moral, de ser bom ou mal. Como se o sentimento moral do "empreendedor" fosse a verdadeira ancora a ser buscada para evitar problemas como o da salinizacao.
É verdade Torres.
Até vá lá que ele goste e defenda a ideologia americana, mas, daí a querer ver as coisas pelo ângulo de análise usada já é um pouco demais.
De toda a sorte, parece que o homem X começa, aos poucos, ver seus apoios divididos com cobranças maiores.
O diretor da EBX, Paulo Monteiro, entrevistado pela Folha de São Paulo, também foi entrevistado pelo blog há quase dois anos (mais precisa mente em fevereiro de 2011) quando repetiu que a sustentabilidade estava no DNA dos empreendimentos.
http://www.robertomoraes.com.br/2011/02/grupo-ebx-atende-entrevista-ao-blog.html
Disse: "Empresas do século XXI não podem ter os vetores ambiental e social apenas como metas a serem atingidas. É preciso que seja uma vocação, que esteja no DNA da corporação. É isso que trazemos no DNA do Grupo EBX."
Pois bem, agora diz que o solo já era salgado e que as pessoas daquelas comunidades já eram hipertensas.
Parece que para isto é que que desejam fazer pesquisas junto a população para depois ver nelas todos os problemas que aparecem.
Isto não parece ser uma questão de moral e sim de práticas de um DNA que parece que já possui diagnóstico, nem tão complexo assim.
Resta saber qual será o tratamento?
Abs.
Roberto, eles tem no DNA acordões com nossas autoridades incompetentes. Vocês acham que eles se sentem a vontade ao serem questionados e verem a repercussão que essa notícia vem tomando. Eles não assumem o erro o que faz a tomada de decisões para amenizar os impactos cada vez mais lenta.Por sua vez as secretarias ainda mais incompetentes e presas por questões políticas e afinidades com o Sr. X não movem uma palha. A população tem que entrar com ações quantas forem necessárias para que o judiciário exija a tomada de providências, e é isso que espero que ocorra.
Aguardemos os trolls e midiotas...já, já aparecem.
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