O blogueiro recebeu o pedido de divulgação do seu ex-aluno e hoje, também professor, Henrique da Hora,
do seu desabafo:
"A memória de uma cidade"
"Uma coisa que sempre admirei em capitais como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, etc, é a possibilidade de você visitar locais históricos sem dispensar muitos recursos. Vi e toquei na pia batismal que batizou a princesa Isabel na Igreja N. Sra. do Carmo no Centro do Rio, ou imaginar o dia do Fico na praça XV. O rio é a Capital Cultural do Brasil.
Mas quando olhamos para Campos, esta cultura parece ser menos importante, e até dispensável. Temos prédios históricos no centro da cidade que contam a história do império, mas não temos ninguém para guardar e contar essa história para nós e para nossos filhos.
Estive esta semana no Arquivo Público Municipal a sugestão do meu amigo e Prof. de História Thiago Almeida, e pude olhar com alguma tristeza como as autoridades públicas municipais deixam esta joia da baixada campista de lado.
Fui recebido com muito carinho pelos funcionários da prefeitura que lá restaram (a maioria foi remanejada), que lá permanecem pelo amor às ciências sociais e ao local, mas que estão abandonados pela prefeitura. No dia de hoje, por exemplo, não há telefone no local.
O primeiro colégio de Campos, fundado pelos Jesuítas, teve local no hoje chamado solar do colégio, e duvido que isto seja comentado nas escolas da rede municipal da nossa cidade.
Lembro com saudade do Poeta Antônio Roberto, que sendo fidelense, ensinou seus filhos a agradecer anualmente no dias do professor à professora da alfabetização, por considerar esta a mais importante da vida, e que era o único que conheci até hoje capaz de candar o hino da cidade, sem recorrer à letra ou à música.
Será que os campistas só irão valorizar sua cultura, quando vier alguém de fora fazê-lo?
Queria pedir divulgação da minha indignação ao Prof. Fernando Leite, militante e apaixonado da cultura local (acho que também Fidelense) e ao Prof. Roberto Moraes, Que defende justamente a causa campista."
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
quinta-feira, janeiro 31, 2013
MPF depois de fazer recomendação requer da Justiça Federal a suspensão das obras do Porto do Açu
Da assessoria de Comunicação do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro:
"MPF quer fim de obras do Porto do Açu que causaram degradação ambiental"
Índice de salinidade da água no Norte Fluminense é sete vezes maior que o permitido para consumo humano
"O Ministério Público Federal (MPF) em Campos dos Goytacazes (RJ) moveu ação civil pública com pedido de liminar contra as empresas EBX, OSX e LLX, do empresário Eike Batista, pedindo o fim das obras de instalação do Complexo Logístico Industrial Portuário do Açu em São João da Barra (RJ), sob pena de multa diária de R$ 100 mil. Segundo a ação, há indícios de que as obras para construção do Porto do Açu, no 5º distrito de São João da Barra, no Norte Fluminense, causaram a salinização em áreas do solo, de águas doces em canais e lagoas e de água tratada para o consumo humano. (Processo n° 0000133-13.2013.4.02.5103)
São também réus na ação o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama). De acordo com o processo, movido pelo procurador da República Eduardo Santos de Oliveira, a salinização causou danos ambientais evidentes em relação à fauna e flora, assim como a diminuição da fertilidade do solo, o aumento da erosão e o início de processo de desertificação na região.
O MPF pede ainda liminarmente o adiamento do início da operação do Porto do Açu, enquanto não forem comprovadas a restauração ambiental e a ausência de ameaças ao equilíbrio ambiental da área, e que o Inea suspenda as licenças de operação emitidas ou por emitir relacionadas às obras, enquanto a recuperação do meio ambiente não for comprovada.
Na ação, o MPF pede que as empresas EBX, OSX e LLX sejam condenadas a apresentar um projeto de recuperação do solo e dos recursos hídricos afetados no prazo máximo de 60 dias, que o Inea seja condenado a realizar uma auditoria ambiental na área e que o Ibama elabora uma análise ambiental, apresentando relatório com as medidas para reparação do dano.
Pesquisas realizadas pela Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) detectaram um índice de salinidade sete vezes maior do que o permitido para o consumo humano na água disponibilizada à população local pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae). Conforme apurado no inquérito civil instaurado em novembro de 2012 pelo MPF em Campos, o aumento da salinidade no solo e em águas doces implica destruição de vegetação nativa e de restinga, inutilização do solo para plantio, além de tornar mananciais de água impróprios para o consumo humano e animal.
Assessoria de Comunicação Social
Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro."
PS.: Atualizado às 22:06: Enquanto isto, a LLX divulgou hoje, 31/01/2013 em seu site que as obras do Porto do Açu entram em nova etapa:
"Superporto do Açu inicia novas etapas de obra no TX2"
31/01/2013
"O Superporto do Açu deu início nesta quinta-feira (31) à cravação de estaca nas obras de construção do cais de apoio offshore e do Terminal Multicargas (TMULT) do TX2, terminal onshoredo empreendimento. As estacas-prancha e de carga (perfil metálico) funcionam como uma cortina de contenção formando uma parede vertical. Cerca de 100 pessoas estão mobilizadas para esta etapa de obra que envolve o transporte de 15 mil toneladas de estacas- prancha e 5.500 toneladas de perfis metálicos (estacas de carga).
Atualizado às 23:10: Veja abaixo imagens da construção do Complexo do Açu:
"MPF quer fim de obras do Porto do Açu que causaram degradação ambiental"
Índice de salinidade da água no Norte Fluminense é sete vezes maior que o permitido para consumo humano
"O Ministério Público Federal (MPF) em Campos dos Goytacazes (RJ) moveu ação civil pública com pedido de liminar contra as empresas EBX, OSX e LLX, do empresário Eike Batista, pedindo o fim das obras de instalação do Complexo Logístico Industrial Portuário do Açu em São João da Barra (RJ), sob pena de multa diária de R$ 100 mil. Segundo a ação, há indícios de que as obras para construção do Porto do Açu, no 5º distrito de São João da Barra, no Norte Fluminense, causaram a salinização em áreas do solo, de águas doces em canais e lagoas e de água tratada para o consumo humano. (Processo n° 0000133-13.2013.4.02.5103)
São também réus na ação o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama). De acordo com o processo, movido pelo procurador da República Eduardo Santos de Oliveira, a salinização causou danos ambientais evidentes em relação à fauna e flora, assim como a diminuição da fertilidade do solo, o aumento da erosão e o início de processo de desertificação na região.
O MPF pede ainda liminarmente o adiamento do início da operação do Porto do Açu, enquanto não forem comprovadas a restauração ambiental e a ausência de ameaças ao equilíbrio ambiental da área, e que o Inea suspenda as licenças de operação emitidas ou por emitir relacionadas às obras, enquanto a recuperação do meio ambiente não for comprovada.
Na ação, o MPF pede que as empresas EBX, OSX e LLX sejam condenadas a apresentar um projeto de recuperação do solo e dos recursos hídricos afetados no prazo máximo de 60 dias, que o Inea seja condenado a realizar uma auditoria ambiental na área e que o Ibama elabora uma análise ambiental, apresentando relatório com as medidas para reparação do dano.
Pesquisas realizadas pela Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) detectaram um índice de salinidade sete vezes maior do que o permitido para o consumo humano na água disponibilizada à população local pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae). Conforme apurado no inquérito civil instaurado em novembro de 2012 pelo MPF em Campos, o aumento da salinidade no solo e em águas doces implica destruição de vegetação nativa e de restinga, inutilização do solo para plantio, além de tornar mananciais de água impróprios para o consumo humano e animal.
Assessoria de Comunicação Social
Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro."
PS.: Atualizado às 22:06: Enquanto isto, a LLX divulgou hoje, 31/01/2013 em seu site que as obras do Porto do Açu entram em nova etapa:
"Superporto do Açu inicia novas etapas de obra no TX2"
31/01/2013
"O Superporto do Açu deu início nesta quinta-feira (31) à cravação de estaca nas obras de construção do cais de apoio offshore e do Terminal Multicargas (TMULT) do TX2, terminal onshoredo empreendimento. As estacas-prancha e de carga (perfil metálico) funcionam como uma cortina de contenção formando uma parede vertical. Cerca de 100 pessoas estão mobilizadas para esta etapa de obra que envolve o transporte de 15 mil toneladas de estacas- prancha e 5.500 toneladas de perfis metálicos (estacas de carga).
Para o transporte das estacas-prancha estão sendo utilizadas carretas extensivas de até 35 metros de comprimento e, para o transporte das estacas de cargas são utilizadas carretas com até 12 metros. As estacas, produzidas na Europa, foram transportadas até o Porto de Vitória e, de lá, estão sendo trazidas para o Superporto do Açu. Para o transporte até São João da Barra, onde o empreendimento está sendo construído, foi elaborado um planejamento em parceria com as autoridades de trânsito e concessionárias das rodovias. Isso porque, como as carretas utilizadas para o transporte possuem grande dimensão, é necessário o fechamento de algumas vias, como a BR-101 e ruas em Campos.
No total, para o transporte das estacas, serão necessárias 550 viagens de carretas extensivas e 200 carretas para estacas de carga. Mais de 30 carretas, com capacidade para 30 toneladas cada, já chegaram ao Superporto do Açu. A previsão é que a movimentação dure cinco meses.
Terminal (Onshore) TX-2 em construção |
Foram preparadas estruturas de segurança específicas e especializadas para o transporte e a cravação das estacas. “Estamos com recursos materiais e humanos capacitados, engenheiros e técnicos de segurança dedicados na implantação das medidas de prevenção, mitigação de riscos e atendimento às necessidades para a execução de mais esta importante etapa do projeto”, afirma Douglas Souza, gerente de segurança e saúde.
Três guindastes com capacidade para movimentação de até 250 toneladas já estão no empreendimento e serão utilizados na construção do cais de apoio offshore e do TMULT. De acordo com Carlos Ferreira, gerente de obra da LLX, a primeira fase de obra, com a construção de 1.500 metros de cais de apoio offshore, está prevista para ser iniciada em fevereiro. “Para a execução desta obra serão utilizadas 2.267 estacas-prancha e 3.654 estacas em perfil metálico”, informou. A previsão para conclusão desta etapa é dezembro de 2013."
Imagem Aérea do Terminal TX-1 em que se vê a extensa área do Aterro Hidráulico |
Produção de abacaxi em SJB
A informação e a foto são da Assessoria de Comunicação da Secretaria Estadual de Agricultura e Pecuária:
"Produtores de abacaxi de São João da Barra, Região Norte, estão comemorando os lucros da safra deste ano. O preço da fruta está até 200% melhor que no verão de 2012. O mesmo produto que há um ano era
vendido em média por R$0,60, hoje tem preço médio de R$ 1,60. Técnico agrícola do programa Frutificar, da secretaria estadual de Agricultura, Rodrigo Pacheco diz que as condições climáticas deste
verão na região e a seca nas áreas produtoras do Norte e Nordeste brasileiro fizeram o preço da fruta subir.
Em São João da Barra o Frutificar financiou o plantio e o custeio de 100 hectares de abacaxi, beneficiando aproximadamente 50 produtores rurais. Mas ao todo o município vai produzir em 400 hectares de lavoura, com 16 milhões de plantas, 16 mil toneladas da fruta nas safras 2012/2013. O programa de incentivo à fruticultura do governo do estado financia até R$ 50 mil, com juros de 2% ao ano, que podem ser pagos em até seis anos. Atualmente 60% da produção do município é vendida para cidades do próprio estado, o restante é comercializado para Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
O agricultor Claudinei Ribeiro Azevedo, 37 anos, vive exclusivamente da agricultura e comemora os resultados desta safra. Esta semana ele viu deixar sua propriedade, em Sabonete, 5 Distrito de São João da
Barra, um caminhão carregado com abacaxis, que foram vendidos para Vitória (ES). Há seis anos ele recebeu o primeiro financiamento do Frutificar para o plantio de 100 mil plantas. Dois anos depois ele
renovou o financiamento para o custeio da safra, num total de R$ 50 mil. Até o fim do ano ele termina de pagar todo o empréstimo e pensa em mais investimentos.
- A gente ter o apoio de um financiamento como este é muito bom porque nos possibilita a compra de equipamentos caros como por exemplo a irrigação. Os financiamentos são muito bons porque fazem as lavouras girar - disse o agricultor.
O custo atual de uma lavoura de abacaxi está em R$ 25 mil por hectare.
- Com os preços desta safra o lucro dos agricultores está em torno de R$ 20 mil por hectare. É um bom valor para o campo, ainda mais que entre uma colheita e outra de abacaxi os agricultores fazem rotação
com culturas rápidas como quiabo e maxixe”, diz o técnico.
Ele revela outro diferencial que faz os lucros subirem em São João da Barra.
- Aqui eles estão conseguindo colher abacaxi com 10 meses de plantio.
Em outras regiões o tempo médio para colheita é de 14 meses. Isso só é possível devido ao solo arenoso da região e a irrigação - explica.
Na área colhida esta semana Claudinei vai plantar quiabo, para que até o fim do ano o abacaxi possa ser plantado novamente.
- Além de adotar a rotação de culturas, os agricultores daqui utilizam o lodo de usina de açúcar como composto orgânico, que fortalece a terra arenosa - revela Rodrigo.
Outra prática adotada é a utilização das folhas dos abacaxis, que são incorporados a terra durante o preparo do solo."
"Produtores de abacaxi de São João da Barra, Região Norte, estão comemorando os lucros da safra deste ano. O preço da fruta está até 200% melhor que no verão de 2012. O mesmo produto que há um ano era
vendido em média por R$0,60, hoje tem preço médio de R$ 1,60. Técnico agrícola do programa Frutificar, da secretaria estadual de Agricultura, Rodrigo Pacheco diz que as condições climáticas deste
verão na região e a seca nas áreas produtoras do Norte e Nordeste brasileiro fizeram o preço da fruta subir.
Em São João da Barra o Frutificar financiou o plantio e o custeio de 100 hectares de abacaxi, beneficiando aproximadamente 50 produtores rurais. Mas ao todo o município vai produzir em 400 hectares de lavoura, com 16 milhões de plantas, 16 mil toneladas da fruta nas safras 2012/2013. O programa de incentivo à fruticultura do governo do estado financia até R$ 50 mil, com juros de 2% ao ano, que podem ser pagos em até seis anos. Atualmente 60% da produção do município é vendida para cidades do próprio estado, o restante é comercializado para Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
O agricultor Claudinei Ribeiro Azevedo, 37 anos, vive exclusivamente da agricultura e comemora os resultados desta safra. Esta semana ele viu deixar sua propriedade, em Sabonete, 5 Distrito de São João da
Barra, um caminhão carregado com abacaxis, que foram vendidos para Vitória (ES). Há seis anos ele recebeu o primeiro financiamento do Frutificar para o plantio de 100 mil plantas. Dois anos depois ele
renovou o financiamento para o custeio da safra, num total de R$ 50 mil. Até o fim do ano ele termina de pagar todo o empréstimo e pensa em mais investimentos.
- A gente ter o apoio de um financiamento como este é muito bom porque nos possibilita a compra de equipamentos caros como por exemplo a irrigação. Os financiamentos são muito bons porque fazem as lavouras girar - disse o agricultor.
O custo atual de uma lavoura de abacaxi está em R$ 25 mil por hectare.
- Com os preços desta safra o lucro dos agricultores está em torno de R$ 20 mil por hectare. É um bom valor para o campo, ainda mais que entre uma colheita e outra de abacaxi os agricultores fazem rotação
com culturas rápidas como quiabo e maxixe”, diz o técnico.
Ele revela outro diferencial que faz os lucros subirem em São João da Barra.
- Aqui eles estão conseguindo colher abacaxi com 10 meses de plantio.
Em outras regiões o tempo médio para colheita é de 14 meses. Isso só é possível devido ao solo arenoso da região e a irrigação - explica.
Na área colhida esta semana Claudinei vai plantar quiabo, para que até o fim do ano o abacaxi possa ser plantado novamente.
- Além de adotar a rotação de culturas, os agricultores daqui utilizam o lodo de usina de açúcar como composto orgânico, que fortalece a terra arenosa - revela Rodrigo.
Outra prática adotada é a utilização das folhas dos abacaxis, que são incorporados a terra durante o preparo do solo."
Encontro Latino Americano de Organizações Populares divulga nota de repúdio pelo assassinato de Cícero do MST
Veja abaixo o teor do documento:
"Nota de repúdio ao assassinato de militante do MST-RJ"
"Nota de repúdio ao assassinato de militante do MST-RJ"
Por ELAOPA 27/01/2013 às 18:58
As organizações e movimentos sociais dos países participantes do X Encontro Latino Americano das Organizações Populares Autônomas ? ELAPOPA, reunidos em Porto Alegre nesta data, manifestam o mais profundo sentimento de luto e revolta em relação ao brutal assassinato do militante do MST Cícero Guedes dos Santos.
As organizações e movimentos sociais dos países participantes do X Encontro Latino Americano das Organizações Populares Autônomas ? ELAPOPA, reunidos em Porto Alegre nesta data, manifestam o mais profundo sentimento de luto e revolta em relação ao brutal assassinato do militante do MST Cícero Guedes dos Santos. Assassinado por conta das retaliações locais oriundas da ocupação ?Luís Maranhão?, na usina de cana-de-açúcar Cambahyba em Campos dos Goytacazes - RJ. Ocupação emblemática, pois nestas terras, pertencentes à família de Heli Ribeiro Gomes, fornos de fabricação de açúcar eram emprestados para incinerar corpos de militantes mortos pela ditadura militar.
Companheiro presente desde a primeira ocupação do MST no estado do Rio de Janeiro, onde hoje é o assentamento Zumbi dos Palmares, Cícero era um militante de garra e presença marcante. Onde houvesse luta, onde houvesse animação no movimento lá estava o companheiro com sua voz firme e suas palavras de ordem sempre desafiando o Capital, sempre combatendo a exploração da classe trabalhadora, resistindo e organizando. Sua trajetória enquanto trabalhador rural é semelhante a de milhares de outros camponeses em nosso continente, migrando de região em região, lutando contra o latifúndio em diversos acampamentos e ocupações de terra em busca de justiça social e soberania popular. Sua família, assim como tantas outras que resistem no campo, nunca se cansou de lutar pela reforma agrária, dispostos sempre a organizar a produção de alimentos saudáveis e a mobilizar novos companheiros para seguir na construção de uma sociedade mais digna e igualitária.
Manifestamos mais uma vez nossa indignação, exigindo que sejam punidos os assassinos e reforçando que é culpado também o Estado brasileiro, que não realiza a reforma agrária. Neste governo que mantém milhares de famílias debaixo de lona e na beira de estradas, sofrendo com todo tipo de ameaças
e dificuldades. É culpado também o agronegócio com seu modelo de exploração dos pobres que, quando não mata com o veneno de seus agrotóxicos, mata com a bala de seus capangas.
As sementes do poder popular seguem com vida e, neste momento, companheiros de luta nas mais diversas barricadas da América Latina gritam:
NÃO TÁ MORTO QUEM PELEIA!!
ARRIBA LOS QUE LUCHAN!!
COMPANHEIRO CÍCERO GUEDES... PRESENTE, PRESENTE, PRESENTE!!
(Texto elaborado, no Rio Grande do Sul em 27 de Janeiro de 2013 pelo Encontro Latino Americano de Organizações Populares Autônomas: ELAOPA)."
Companheiro presente desde a primeira ocupação do MST no estado do Rio de Janeiro, onde hoje é o assentamento Zumbi dos Palmares, Cícero era um militante de garra e presença marcante. Onde houvesse luta, onde houvesse animação no movimento lá estava o companheiro com sua voz firme e suas palavras de ordem sempre desafiando o Capital, sempre combatendo a exploração da classe trabalhadora, resistindo e organizando. Sua trajetória enquanto trabalhador rural é semelhante a de milhares de outros camponeses em nosso continente, migrando de região em região, lutando contra o latifúndio em diversos acampamentos e ocupações de terra em busca de justiça social e soberania popular. Sua família, assim como tantas outras que resistem no campo, nunca se cansou de lutar pela reforma agrária, dispostos sempre a organizar a produção de alimentos saudáveis e a mobilizar novos companheiros para seguir na construção de uma sociedade mais digna e igualitária.
Manifestamos mais uma vez nossa indignação, exigindo que sejam punidos os assassinos e reforçando que é culpado também o Estado brasileiro, que não realiza a reforma agrária. Neste governo que mantém milhares de famílias debaixo de lona e na beira de estradas, sofrendo com todo tipo de ameaças
e dificuldades. É culpado também o agronegócio com seu modelo de exploração dos pobres que, quando não mata com o veneno de seus agrotóxicos, mata com a bala de seus capangas.
As sementes do poder popular seguem com vida e, neste momento, companheiros de luta nas mais diversas barricadas da América Latina gritam:
NÃO TÁ MORTO QUEM PELEIA!!
ARRIBA LOS QUE LUCHAN!!
COMPANHEIRO CÍCERO GUEDES... PRESENTE, PRESENTE, PRESENTE!!
(Texto elaborado, no Rio Grande do Sul em 27 de Janeiro de 2013 pelo Encontro Latino Americano de Organizações Populares Autônomas: ELAOPA)."
quarta-feira, janeiro 30, 2013
Economia de R$ 67,50 está entre as causas da tragédia de Santa Maria
É quase unânime que a discussão pós acidente (que nunca deve ser entendida como natural ou fatalidade) se tenda mais à busca de culpados (crime), do que das causas, que são anteriores às responsabilidades.
Tragédias terríveis como esta de Santa Maria que geram grande comoção podem levar ao bate-boca e à discussão, quase sempre de senso comum, sobre a necessidade e a urgência das punições. É compreensível que seja assim.
Porém, é mais construtivo que a análise do acontecido possa também levar à discussão aprofundada e detalhada das causas, que por sua vez deve se desdobrar em mudanças em leis, regulamentos, instalações, equipamentos, mas, especialmente nas práticas de pessoas, governos e empresas. Pelo menos, é o que sempre se espera para que a vidas ceifadas, não sejam assim, tão gratuitas quanto sentimos.
Acidentes, tragédias e catástrofes têm sempre causas. Sempre. Quase sempre várias causas e não apenas uma. Elas acabam atuando uma sobre as outras, como aquela imagem das peças do jogo de dominó caindo uma sobre outra sequencialmente.
No caso em específico de Santa Maria algumas das peças já foram apuradas. Outras, estão sendo paulatinamente, descobertas. A mais recente é a divulgação de que o uso, no show de pirotecnica, de sinalizador externo (ao custo de R$ 2,50), em detrimento de um interno (ao custo de R$ 70), portanto, a economia da quantia de R$ 67,50 está entre as primeiras peças do dominó, que segue com a superlotação da boite, do não cumprimento de regulamentos, da fiscalização superficial e frouxa, etc.
O foco nas causas como se faz em acidentes aéreos é mais produtiva porque ela gera mudanças e transformações, ao passo que a busca dos responsáveis e culpados - que também é necessária, para não gerar uma outra que é mais abstrata e gestora de inúmeras outras causas que é a impunidade - mas, é posterior.
A responsabilização tem que vir após a apuração das causas e não antes, porque no sentimento de acelerar as investigações para dar resposta à sociedade, é comum deixar todo o ensinamento sobre as causas pelos caminhos que conhecemos.
Nesta linha, fica ainda mais dolorida a comoção, quando vai se descobrindo o custo do risco e o preço que se pagou pelas centenas de vidas de jovens ceifadas. Assim, mais que tudo, é possível perceber que a sociedade precisa mudar suas práticas e repensar seus valores para que novas causas não se enfileirem como peças do dominó de nossa existência.
Tragédias terríveis como esta de Santa Maria que geram grande comoção podem levar ao bate-boca e à discussão, quase sempre de senso comum, sobre a necessidade e a urgência das punições. É compreensível que seja assim.
Porém, é mais construtivo que a análise do acontecido possa também levar à discussão aprofundada e detalhada das causas, que por sua vez deve se desdobrar em mudanças em leis, regulamentos, instalações, equipamentos, mas, especialmente nas práticas de pessoas, governos e empresas. Pelo menos, é o que sempre se espera para que a vidas ceifadas, não sejam assim, tão gratuitas quanto sentimos.
Acidentes, tragédias e catástrofes têm sempre causas. Sempre. Quase sempre várias causas e não apenas uma. Elas acabam atuando uma sobre as outras, como aquela imagem das peças do jogo de dominó caindo uma sobre outra sequencialmente.
No caso em específico de Santa Maria algumas das peças já foram apuradas. Outras, estão sendo paulatinamente, descobertas. A mais recente é a divulgação de que o uso, no show de pirotecnica, de sinalizador externo (ao custo de R$ 2,50), em detrimento de um interno (ao custo de R$ 70), portanto, a economia da quantia de R$ 67,50 está entre as primeiras peças do dominó, que segue com a superlotação da boite, do não cumprimento de regulamentos, da fiscalização superficial e frouxa, etc.
O foco nas causas como se faz em acidentes aéreos é mais produtiva porque ela gera mudanças e transformações, ao passo que a busca dos responsáveis e culpados - que também é necessária, para não gerar uma outra que é mais abstrata e gestora de inúmeras outras causas que é a impunidade - mas, é posterior.
A responsabilização tem que vir após a apuração das causas e não antes, porque no sentimento de acelerar as investigações para dar resposta à sociedade, é comum deixar todo o ensinamento sobre as causas pelos caminhos que conhecemos.
Nesta linha, fica ainda mais dolorida a comoção, quando vai se descobrindo o custo do risco e o preço que se pagou pelas centenas de vidas de jovens ceifadas. Assim, mais que tudo, é possível perceber que a sociedade precisa mudar suas práticas e repensar seus valores para que novas causas não se enfileirem como peças do dominó de nossa existência.
Sindicalista campista disputa vaga no Conselho de Administração da Petrobras
A partir de hoje até o dia 7 de fevereiro, está sendo disputada entre os petroleiros da Petrobras, a vaga dos trabalhadores no Conselho de Administração da empresa.
Zé Maria Rangel, coordenador do Sindipetro-NF tem o apoio de sindicatos de petroleiros de diversos estados do país e tem grandes chances de se eleger em mais representação da classe petroleira, entre outros motivos, pelo seu trabalho e garra na luta dos petroleiros e da empresa e o fato do Sindepetro-NF ser maior base petroleira do país e da América Latina.
O Conselho de Administração (CA) da Petrobras é o órgão máximo de decisão da empresa estatal. O Conselho toma decisão não apenas sobre os trabalhadores, mas, sobre os interesses da empresa que também influencia o desenvolvimento das regiões, onde tem e terá bases instaladas. É o espaço onde se delibera a política de investimentos da empresa. O Conselho de Administração da Petrobras é composto de dez membros.
Mais detalhes da candidatura e das propostas de Zé Maria Rangel você pode ler aqui.
Abaixo você pode ouvir a entrevista do Zé Maria Rangel na Web Rádio NF do sindicato em que ele trata do assunto:
Zé Maria Rangel, coordenador do Sindipetro-NF tem o apoio de sindicatos de petroleiros de diversos estados do país e tem grandes chances de se eleger em mais representação da classe petroleira, entre outros motivos, pelo seu trabalho e garra na luta dos petroleiros e da empresa e o fato do Sindepetro-NF ser maior base petroleira do país e da América Latina.
O Conselho de Administração (CA) da Petrobras é o órgão máximo de decisão da empresa estatal. O Conselho toma decisão não apenas sobre os trabalhadores, mas, sobre os interesses da empresa que também influencia o desenvolvimento das regiões, onde tem e terá bases instaladas. É o espaço onde se delibera a política de investimentos da empresa. O Conselho de Administração da Petrobras é composto de dez membros.
Mais detalhes da candidatura e das propostas de Zé Maria Rangel você pode ler aqui.
Abaixo você pode ouvir a entrevista do Zé Maria Rangel na Web Rádio NF do sindicato em que ele trata do assunto:
terça-feira, janeiro 29, 2013
Avanço da construção de hotéis na região & outras questões sobre crescimento econômico regional
Campos e Macaé foram tomadas por projetos de grande porte de hotéis e aparts-hotéis, numa avalanche considerável. Acabo de receber em minha caixa de emails a informação de que amanhã em Macaé estará sendo lançado um projeto da Nexus. Trata-se de um empreendimento com cinco torres de edifícios com um total de 1.828 unidades e investimento de cerca de R$ 385 milhões.
A torre principal do complexo terá 20 andares e abrigará 336 quartos de hotel quatro estrelas operado pela rede Blue Tree Hotels. Outras quatro torres em “X”, com 448 unidades cada, serão destinadas a apart-hotéis. O empreendimento terá ainda 27 lojas e terá a configuração da imagem ao lado.
Analisando, mesmo que superficialmente, este processo, é possível perceber que é o adensamento populacional e o crescimento econômico na região que puxa (arrasta) este tipo de negócio, assim como o comércio com os já conhecidos shoppings.
É evidente que qualquer investimento possibilita geração de trabalho e renda, mas, também aniquila pelo porte, pela massificação e por uma provável política de dumping de preços, quase todas as inciativas locais que visam o atendimento do mercado de hospedagem.
Outra análise que não pode deixar de ser feita é que a maioria destes empreendimentos está sendo feita com o intuito de captar recursos que circulam pela região (os royalties do petróleo), já que quase todos eles são feitos com a venda de unidades em troca da participação no resultado futuro das hospedagens.
Assim, a rede se instala e se amplia com custos baixíssimos e envolve setores locais na divulgação para utilização das hospedagens, ganhando duplamente em sua comercialização, sem que os compradores das unidades tenham poder de barganha, nas decisões destas redes de hotéis, que seguem interesses que em muitos casos estão fora do país.
O caso não é diferente do que fazem as grandes redes de supermercados de origem americana e francesa que se espraiaram pelas cidades de médio porte país afora tomando conta do mercado.
Embora, a extração de petróleo na região tenha se iniciado na metade da década de 70, portanto, há quase quatro décadas, agora, mais que nunca, é possível observar a ampliação da aplicação do capital fixo sobre o território, modificando por completo a paisagem, a vida cotidiana nestas cidades, alterando a forma de se fazer negócios, etc.
É perceptível que o quadro atual, mesmo que de forma paulatina, e mais em Macaé do que em Campos, vem colocando a região num circuito de relações globais e não mais nacionais, característica comum ao que os economistas chamam de enclave.
Todo este processo tende a levar a uma transformação ainda maior. Embora Campos e Macaé, sejam do Norte Fluminense, até hoje enquanto municípios da mesma região, eles se comunicam muito pouco, para além do fornecimento de mão de obra que Campos oferece aos empreendimentos do segmento de petróleo, que tem a base em Macaé, embora, a Bacia seja de Campos.
O porte dos atuais investimentos, ligados à ampliação das descobertas do pré-sal e a sobrevida da produção em nossa bacia, levam a possibilidades de integração e articulação regional antes distantes e desconexas e portanto inviáveis.
Para o bem e para o mal a ampliação da articulação regional está a caminho basta querer enxergar. Tudo isto está ligado ao crescimento econômico que leva a adensamento populacional, novas dinâmicas e fluxos de capital, mas, não necessariamente ao desenvolvimento, que, como sempre disse o economista Celso Furtado, é diferente.
Aí entraria o papel do setor público, que deveria ser, não apenas de fornecer condições para o capital se instalar, gerando e assumindo responsabilidades de formação de mão de obra (e muitas vezes irresponsáveis isenções tributárias), mas, o de regular, para onde, como se pretende que seja efetivado o desenvolvimento das cidades de toda a região.
Seria desejável que isto servisse não para ganhos exclusivos de alguns, mas, para usufruto de todos e a serviços da redução das atuais e históricas desigualdades, conhecidas desde que éramos ligados à monocultura e à exploração da mão de obra.
Tenhamos pois, um olhar mais aprofundado e necessariamente crítico, sobre o desenvolvimento que pretendemos para a nossa região e para o nosso povo. E sigamos em frente com o debate!
PS.: Atualizado às 16:10 para pequenos ajustes no texto.
PS.: Atualizado às 16:10 para pequenos ajustes no texto.
Anglo American projeta investimentos de US$ 8,8 bi e transporte de minério no fim de 2014 pelo Açu
A Anglo American que comprou da MMX a mina de Serra Azul, MG, o projeto em execução do mineroduto e a unidade de filtragem para exportação de minério de ferro do Açu, informa mais uma revisão, nos valores dos investimentos no projeto e estima o primeiro embarque para o final do ano que vem.
É oportuno recordar que o projeto do Complexo do Açu nasceu em 2005 basicamente da intenção de exportar minério de ferro para a Ásia. A transformação do terminal privativo em um complexo industrial e também numa base de apoio offshore de exploração de petróleo, com a inclusão do segundo terminal on-shore (TX-2) com o estaleiro e distrito industrial, cuja localização teve que ser alterada, se deu a partir do ano de 2008.
Grande parte do investimento feito pela EBX criando a OGX, adquirindo e alugando sondas e plataformas, surgiu dos recursos da venda do projeto Minas-Rio à mineradora Anglo American. Logo após, novas captações de investimentos foram feitas no mercado de ações, solicitações de empréstimos ao governo federal, para aportes do BNDES e do Fundo de Marinha Mercante (FMM), neste caso para a construção do estaleiro da OSX.
Sobre o projeto Minas-Rio, da Anglo American, leia abaixo matéria do Valor Online, a partir de nota explicativa da própria empresa:
É oportuno recordar que o projeto do Complexo do Açu nasceu em 2005 basicamente da intenção de exportar minério de ferro para a Ásia. A transformação do terminal privativo em um complexo industrial e também numa base de apoio offshore de exploração de petróleo, com a inclusão do segundo terminal on-shore (TX-2) com o estaleiro e distrito industrial, cuja localização teve que ser alterada, se deu a partir do ano de 2008.
Grande parte do investimento feito pela EBX criando a OGX, adquirindo e alugando sondas e plataformas, surgiu dos recursos da venda do projeto Minas-Rio à mineradora Anglo American. Logo após, novas captações de investimentos foram feitas no mercado de ações, solicitações de empréstimos ao governo federal, para aportes do BNDES e do Fundo de Marinha Mercante (FMM), neste caso para a construção do estaleiro da OSX.
Sobre o projeto Minas-Rio, da Anglo American, leia abaixo matéria do Valor Online, a partir de nota explicativa da própria empresa:
Projeto Minas-Rio gera baixa contábil de US$ 4
bi para Anglo American
Por Ana Fernandes | Valor, com Dow Jones Newswires
SÃO PAULO - A mineradora Anglo American registrará uma baixa contábil de US$ 4 bilhões em seu balanço de 2012 referente à operação de minério de ferro Minas-Rio, em Minas Gerais. O investimento para viabilizar o projeto pode chegar a US$ 8,8 bilhões, informou a companhia. Também entrará no balanço US$ 600 milhões, em forma de contingência para possíveis riscos de desenvolvimento do projeto.
A mina foi comprada pela Anglo-American, em 2007, por US$ 4,7 bilhões. Após atrasos e excessos de custos, o investimento havia sido revisado para US$ 8 bilhões, que já representava o triplo do estimado inicialmente. A expectativa atual é que o primeiro carregamento de ferro ocorra até o fim de 2014.
“Estamos evidentemente desapontados que os desafios enfrentados no projeto Minas-Rio tenham levado a esse aumento significativo nos investimentos, levando à baixa contábil registrada. Apesar das dificuldades, continuamos confiantes da atratividade de médio e longo prazos dessa operação, de sua relevância estratégica e seguimos comprometidos com o projeto”, disse em nota Cynthia Carroll, presidente da mineradora, que deixará o cargo em abril.
Na nota, a empresa afirmou também que o Minas-Rio é um dos maiores projetos mineradores no mundo. O potencial a ser explorado mais que quadruplicou desde a aquisição, para 5,77 bilhões de toneladas e há expectativa ainda de crescimento desse potencial, afirmou a executiva no documento.
Processo regulatório
A mineradora considera a falta de clareza sobre o processo regulatório no Brasil um dos principais contratempos ao projeto. Com quase todas as licenças garantidas para iniciar as operações, os principais desafios vistos pela companhia são o acesso à terra e as questões trabalhistas.
A presidente-executiva, em conferência com jornalistas nesta terça-feira, disse que a mineradora sofreu três grandes paralizações determinadas pela justiça brasileira, que contribuíram para a decisão de elevar o orçamento para o projeto para US$ 8,8 bilhões e anunciar uma baixa contábil de US$ 4 bilhões. Anteriormente, a companhia esperava gastar US$ 5 bilhões, já bastante acima dos US$ 2,35 bilhões do primeiro orçamento.
Carroll disse que os riscos adiante são bem menores que os anteriores. Segundo ela, a Anglo American precisa de apenas mais 17 licenças, de 300 necessárias para garantir o projeto.
“Outro desafio e a disponibilidade de trabalhadores, dada a Olímpiada e a Copa do Mundo. Claramente, isto se tornará um desafio muito maior”, completou. Carrol noutou que a inflação de custos de mineração no Brasil está próxima de 9% ao ano e prevê a estabilidade deste nível no próximo ano."
O infeliz traço do Chico
Recebi agora há pouco um comentário por email sobre a charge de hoje do Chico em O Globo. A infelicidade, a falta de criatividade me fizeram duvidar da autoria. Fui no site do jornal e certifiquei da autenticidade da autoria. Mudou o Chico, mudamos nós ou, o que que é isto? Confira você o infeliz traço do cartunista que já mereceu registro, mesmo discordando de suas posições cada vez mais igual ao do jornal:
segunda-feira, janeiro 28, 2013
MPF defende que LLX fique impedida de captar água no Rio Paraíba do Sul
A informação é da Assessoria da Procuradoraid a República no Rio de Janeiro:
"MPF recomenda que EBX não realize obras de transposição do rio Paraíba do Sul"
"Obras poderiam agravar a degradação do rio"
"O Ministério Público Federal (MPF) em Campos dos Goytacazes (RJ) enviou recomendação ao grupo EBX, do empresário Eike Batista, para que se abstenha de realizar eventuais obras de transposição do rio Paraíba do Sul que modifiquem sua vazão, com o objetivo de abastecer empresas em fase de instalação e/ou de operação no Complexo Portuário de Açu.
Segundo a recomendação, expedida pelo procurador da República Eduardo Santos de Oliveira, o rio Paraíba do Sul se encontra sem o devido tratamento de esgoto e com alto nível de poluentes derivados das empresas instaladas as suas margens. Além disso, o rio ainda sofre com a ação direta de despejos industriais de aproximadamente 700 indústrias de pequeno, médio e grande porte.
Atualmente, tramitam no MPF dois inquéritos que acompanham o licenciamento da usina termelétrica denominada UTE Porto do Açu Energia S.A., no município de São João da Barra e apuram elementos comprobatórios de danos ao rio Paraíba do Sul e eventuais riscos ao meio ambiente.
Assessoria de Comunicação Social
Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro."
O projeto da LLX para abastecer o DISJB e o estaleiro da OSX prevê a transposição do equivalente a 20 metros cúbicos por segundo, o que equivale a 16 % da vazão média no ponto previsto para a captação. Esta quantidade de água que está prevista para o Clipa é equivalente ao de um consumo para 2,8 milhões de pessoas, como este blog já comentou aqui em 21 de dezembro de 2010 e aqui em 29 de outubro de 2012.
O Grupo EBX ainda não se manifestou sobre o assunto.
Veja ao lado e abaixo os detalhes do projeto da EBX de captação de água no Rio Paraíba do Sul:
"MPF recomenda que EBX não realize obras de transposição do rio Paraíba do Sul"
"Obras poderiam agravar a degradação do rio"
"O Ministério Público Federal (MPF) em Campos dos Goytacazes (RJ) enviou recomendação ao grupo EBX, do empresário Eike Batista, para que se abstenha de realizar eventuais obras de transposição do rio Paraíba do Sul que modifiquem sua vazão, com o objetivo de abastecer empresas em fase de instalação e/ou de operação no Complexo Portuário de Açu.
Segundo a recomendação, expedida pelo procurador da República Eduardo Santos de Oliveira, o rio Paraíba do Sul se encontra sem o devido tratamento de esgoto e com alto nível de poluentes derivados das empresas instaladas as suas margens. Além disso, o rio ainda sofre com a ação direta de despejos industriais de aproximadamente 700 indústrias de pequeno, médio e grande porte.
Atualmente, tramitam no MPF dois inquéritos que acompanham o licenciamento da usina termelétrica denominada UTE Porto do Açu Energia S.A., no município de São João da Barra e apuram elementos comprobatórios de danos ao rio Paraíba do Sul e eventuais riscos ao meio ambiente.
Assessoria de Comunicação Social
Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro."
O projeto da LLX para abastecer o DISJB e o estaleiro da OSX prevê a transposição do equivalente a 20 metros cúbicos por segundo, o que equivale a 16 % da vazão média no ponto previsto para a captação. Esta quantidade de água que está prevista para o Clipa é equivalente ao de um consumo para 2,8 milhões de pessoas, como este blog já comentou aqui em 21 de dezembro de 2010 e aqui em 29 de outubro de 2012.
O Grupo EBX ainda não se manifestou sobre o assunto.
Veja ao lado e abaixo os detalhes do projeto da EBX de captação de água no Rio Paraíba do Sul:
Relatório do GATE Ambiental do MPE sobre aterro hidráulico nas obras do Complexo do Açu
A apresentação da vistoria feita pelo "Relatório Técnico "Identificação In locu" dos impactos decorrentes do Complexo Industrial do Porto do Açu" elaborado pelo GATE (Grupo de Apoio Técnico Especializado) Ambiental, por solicitação da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo de Campos e do Grupo Especializado em Meio Ambiente (GAEMA) registrou sobre o Aterro Hidráulico das obras dos dois terminais portuários, do estaleiro da OSX e do DISJB a seguinte observação:
O problema da salinização da terra na região do Açu em reportagem do InterTV Rural
Esta matéria de quase quatro minutos foi veiculada no programa de ontem pela manhã na InterTV. Ela aprofunda o problema da salinização do solo a partir do aterro hidráulico e da abertura do terminal onshore (TX-2) das obras de implantação do complexo logístico-industrial do Açu:
Moradores de Santo Eduardo agora reclamam, além do transporte coletivo de retaliações
Eduardo Cardoso reclamou na sexta-feira aqui da ausência de horários de ônibus direto, entre a área urbana de Campos e o distrito na região norte do município de Campos dos Goytacazes.
Pois hoje, Eduardo retorna ao blog para informar que diante da sua reclamação percebeu retaliações que piorou ainda mais a realidade do transporte.
É inaceitável este tipo de atitude por parte das autoridades. O blog abre espaço para manifestação dos mesmos, da mesma forma, que sugere que o Ministério Público Estadual possa acompanhar o caso. Disse Eduardo Cardoso:
"Bom dia Roberto, após a reclamação no seu Blog sobre horários de ônibus para Santa Maria e Santo Eduardo, fui informado que os ônibus diretos, instituídos por portaria no diário oficial do município, foram retirados como forma de retaliação.
Agora é que fica a questão:
Ou a EMUT é conivente com a empresa ou deverá toma atitudes contra esse abuso instituindo ônibus no horário das 20:00 e obrigando a portaria ser cumprida.
Peço por favor que nos de voz no seu BLOG, pois a população se inflamou e irá até o fim nesta luta."
Pois hoje, Eduardo retorna ao blog para informar que diante da sua reclamação percebeu retaliações que piorou ainda mais a realidade do transporte.
É inaceitável este tipo de atitude por parte das autoridades. O blog abre espaço para manifestação dos mesmos, da mesma forma, que sugere que o Ministério Público Estadual possa acompanhar o caso. Disse Eduardo Cardoso:
"Bom dia Roberto, após a reclamação no seu Blog sobre horários de ônibus para Santa Maria e Santo Eduardo, fui informado que os ônibus diretos, instituídos por portaria no diário oficial do município, foram retirados como forma de retaliação.
Agora é que fica a questão:
Ou a EMUT é conivente com a empresa ou deverá toma atitudes contra esse abuso instituindo ônibus no horário das 20:00 e obrigando a portaria ser cumprida.
Peço por favor que nos de voz no seu BLOG, pois a população se inflamou e irá até o fim nesta luta."
O mar e o sal: vídeo do MPE sobre os impactos das obras do Complexo do Açu
Veja abaixo o vídeo de vistoria técnica conjunta realizada em 22, 23 e 24.10.12 pelo Grupo de Apoio Técnico Especializado (GATE) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, para subsidiar atuação da do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (GAEMA), no caso da instalação do Complexo Industrial São João da Barra (Açu) no Norte Fluminense:
PS.: Atualizado às 12:30: Veja abaixo o Relatório Técnico Nº 01-13 do GATE/MPE sobre os impactos das obras do Complexo do Açu emitido em 15 de janeiro de 2013:
PS.: Atualizado às 12:30: Veja abaixo o Relatório Técnico Nº 01-13 do GATE/MPE sobre os impactos das obras do Complexo do Açu emitido em 15 de janeiro de 2013:
Do Estadão: "Morte de líder Sem Terra tem característica de execução"
Do jornal O Estado de São Paulo:
"Morte de líder Sem Terra tem característica de execução"
MARIANA DURÃO E SERGIO TORRES - Agência Estado
"O assassinato do líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em Campos dos Goytacazes (cidade no Norte Fluminense), Cícero Guedes dos Santos, tem características de execução encomendada, de acordo com as primeiras investigações da Polícia Civil. Ele é o terceiro sem terra morto no município nos dois últimos meses, segundo o MST.
Guedes dos Santos foi morto a tiros na madrugada de sábado. A hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte) não é considerada pelos investigadores. Os peritos do Instituto Médico Legal (IML) constataram que a vítima foi atingida por quatro disparos na cabeça e seis no tórax.
O trabalhador rural, que tinha 49 anos, foi sepultado neste domingo. Ele coordenava o assentamento Zumbi dos Palmares, no Sítio Brava Gente, em Campos, desde 2002. As investigações indicam que o líder sem terra sofreu uma emboscada ao sair de uma reunião no assentamento Luiz Maranhão, na usina Cambahyba. Nenhum pertence da vítima foi levado, segundo as informações prestadas por parentes aos policiais encarregados da apuração do crime.
"Certamente foi uma execução. Descartamos totalmente a hipótese de latrocínio", disse a delegada Madeleine Farias. da 134ª Delegacia de Polícia.
Até domingo, três testemunhas foram ouvidas: um filho de Guedes dos Santos e duas pessoas que moravam perto do local do crime, uma estrada vicinal. A partir de amanhã, o delegado titular, Geraldo Assed, assume o caso.
O acampamento coordenado por Guedes dos Santos fica em um antigo engenho com sete fazendas em uma área de 3.500 hectares. Para o MST, o assassinato está ligado à disputa de terras. Há 14 anos espera-se que a Justiça desaproprie o terreno. Mas desde novembro passado cerca de 200 famílias de sem terra ocupam o lugar. A propriedade pertence aos herdeiros de Heli Ribeiro Gomes, vice-governador do antigo Estado do Rio de Janeiro (antes da fusão com a Guanabara, em 1975) entre 1967 e 1971.
"A hipótese principal é que foi uma ação do latifúndio histórico de Campos. A polícia tem que chegar aos executores e ao mandante dessa barbárie", disse Marina Santos, da direção nacional do MST. Segundo ela, não houve embate recente entre os assentados e fazendeiros da região.
Em nota, o MST sustenta que "a morte do companheiro Cícero é resultado da violência do latifúndio, da impunidade das mortes dos sem terra e da lentidão do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para assentar as famílias e fazer a reforma agrária".
MARIANA DURÃO E SERGIO TORRES - Agência Estado
"O assassinato do líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em Campos dos Goytacazes (cidade no Norte Fluminense), Cícero Guedes dos Santos, tem características de execução encomendada, de acordo com as primeiras investigações da Polícia Civil. Ele é o terceiro sem terra morto no município nos dois últimos meses, segundo o MST.
Guedes dos Santos foi morto a tiros na madrugada de sábado. A hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte) não é considerada pelos investigadores. Os peritos do Instituto Médico Legal (IML) constataram que a vítima foi atingida por quatro disparos na cabeça e seis no tórax.
O trabalhador rural, que tinha 49 anos, foi sepultado neste domingo. Ele coordenava o assentamento Zumbi dos Palmares, no Sítio Brava Gente, em Campos, desde 2002. As investigações indicam que o líder sem terra sofreu uma emboscada ao sair de uma reunião no assentamento Luiz Maranhão, na usina Cambahyba. Nenhum pertence da vítima foi levado, segundo as informações prestadas por parentes aos policiais encarregados da apuração do crime.
"Certamente foi uma execução. Descartamos totalmente a hipótese de latrocínio", disse a delegada Madeleine Farias. da 134ª Delegacia de Polícia.
Até domingo, três testemunhas foram ouvidas: um filho de Guedes dos Santos e duas pessoas que moravam perto do local do crime, uma estrada vicinal. A partir de amanhã, o delegado titular, Geraldo Assed, assume o caso.
O acampamento coordenado por Guedes dos Santos fica em um antigo engenho com sete fazendas em uma área de 3.500 hectares. Para o MST, o assassinato está ligado à disputa de terras. Há 14 anos espera-se que a Justiça desaproprie o terreno. Mas desde novembro passado cerca de 200 famílias de sem terra ocupam o lugar. A propriedade pertence aos herdeiros de Heli Ribeiro Gomes, vice-governador do antigo Estado do Rio de Janeiro (antes da fusão com a Guanabara, em 1975) entre 1967 e 1971.
"A hipótese principal é que foi uma ação do latifúndio histórico de Campos. A polícia tem que chegar aos executores e ao mandante dessa barbárie", disse Marina Santos, da direção nacional do MST. Segundo ela, não houve embate recente entre os assentados e fazendeiros da região.
Em nota, o MST sustenta que "a morte do companheiro Cícero é resultado da violência do latifúndio, da impunidade das mortes dos sem terra e da lentidão do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para assentar as famílias e fazer a reforma agrária".
domingo, janeiro 27, 2013
"O "X" da questão" de Hélio Coelho
O professor Hélio Coelho informa em seu perfil no Facebook que a sua música foi classificada entre as 10 finalistas do 3º Concurso de Marchinhas de Carnaval de São João da Barra, cuja final acontecerá no dia 7 de fevereiro no Cine Teatro de SJB. Abaixo a irreverente letra que mistura sátira com crítica social, segundo a própria análise do autor, que realçaria o caráter democrático da comissão julgadora e do concurso já que a empresa LLX, do grupo EBX é patrocinadora do certame. Veja abaixo a letra. Se o autor tiver áudio e vídeo nos remeta que o blog faz questão de divulgar,
Independente do resultado do concurso, o blog parabeniza o professor-poeta pela sátira que realça o sentimento de oportunidades e ameaças que pairam sobre o Açu:
"O X da questão"
I
Eis aqui o “X” da questão
Sobre o futuro do Açu
Vai ter o destino da águia
Ou a sina do urubu...
II
Trazer o progresso (progrexxxo) faz bem
Faz crescer (crexxxer) a região
Mas é preciso cuidado!
Com essa transformação (transformaxxxão)
III
Ai... que calor, seu Batista
O senhor só não pode esquecer
Não queremos trocar a miséria
Por um outro miserê...
Independente do resultado do concurso, o blog parabeniza o professor-poeta pela sátira que realça o sentimento de oportunidades e ameaças que pairam sobre o Açu:
"O X da questão"
I
Eis aqui o “X” da questão
Sobre o futuro do Açu
Vai ter o destino da águia
Ou a sina do urubu...
II
Trazer o progresso (progrexxxo) faz bem
Faz crescer (crexxxer) a região
Mas é preciso cuidado!
Com essa transformação (transformaxxxão)
III
Ai... que calor, seu Batista
O senhor só não pode esquecer
Não queremos trocar a miséria
Por um outro miserê...
Show de pirotecnica gera incêndio e mata 245 pessoas em Santa Maria-RS
Lamentável a tragédia na boate que tinha uma lotação de cerca de 2 mil pessoas e vitimou 245 jovens. Infelizmente, os cuidados e a prevenção são quase sempre vistos como exageros. A prevenção preservam a saúde e a a vida das pessoas.
Há limites para algumas ações em ambientes fechados. Um show de pirotecnia em ambiente fechado e seguranças "brutamontes" (conhecidos destes locais) sem um mínimo de noção das coisas e com preocupações apenas comerciais contribuíram para a tragédia que não pode ser vista como fatalidade e sim, como irresponsabilidade.
Há limites para algumas ações em ambientes fechados. Um show de pirotecnia em ambiente fechado e seguranças "brutamontes" (conhecidos destes locais) sem um mínimo de noção das coisas e com preocupações apenas comerciais contribuíram para a tragédia que não pode ser vista como fatalidade e sim, como irresponsabilidade.
sábado, janeiro 26, 2013
Repercussão da morte de Cícero, líder do MST em Campos
É de comoção e revolta o sentimento pelo assassinato do líder do MST em Campos, Cícero Guedes. O enterro está previsto para amanhã, domingo, 17 de janeiro, às 13 horas, no Cemitério campo da Paz. O velório no mesmo local está marcado a partir das 9 da manhã. O sentimento de Justiça percorre o movimento comunitário e cidadão em Campos dos Goytacazes.
Cícero construiu com a sua simplicidade e a sua determinação, uma legião de pessoas que apreciavam e o acompanhavam no bom combate em defesa dos interesses dos trabalhadores, dos assentados e dos pequenos produtores, do interior do estado do Rio de Janeiro.
A descoberta dos criminosos que cometeram esta covardia é pouco diante do que Cícero representava para todos nós, em termos de luta por uma sociedade mais justa, solidária e fraterna. A sua luta mais que nunca prossegue em cada um dos que comungam com este mesmo sentimento e ideal.
Abaixo o blog reproduz alguns dos depoimentos sobre o acontecido:
Professor e ex-diretor da UFF em Campos, José Luiz Vianna da Cruz:
"É inadmissível que tais crimes continuem ocorrendo, com seus mandantes impunes, ante as autoridades policiais, do executivo, do legislativo e do judiciário. O Judiciário não quer demonstrar que é imparcial, que está acabando com a impunidade? que se manifeste, então! Vamos apoiar a luta pelo fim da impunidade dos crimes contra o povo. Só seremos uma democracia quando os assassinos do povo, incluindo os de colarinho branco, forem todos punidos exemplarmente! democracia é liberdade de lutar por direitos!"
Profa. Érica Almeida
UFF/Campos."
Não é de hoje que a nossa região vem sendo tomada de forma covarde e que a maioria de nós simplesmente assiste sem grandes manifestações...já se foram os tempos de melhores organizações sociais nestas bandas, sempre dominadas que foram pelos senhores de engenho e agora também por inumeráveis outros interesses empresariais...
Aproveito o espaço do Blog, professor, para registrar o meu sincero pesar pela perda o grande líder!
Luiz Felipe Muniz de Souza."
Marluzio:
"Nem mais um minuto de silencio mas toda a nossa vida na luta para vingar nossos heróis. Cícero? Presente."
Claudia:
"A voz combativa do Cícero ecoará por muito tempo! Companheiro Cícero:presente!"
PS.: Atualizado às 00:16:
Do deputado estadual Marcelo Freixo:
"Cícero era uma das mais importantes lideranças do MST. (...) Já falei com a chefe da Polícia Civil, Dr. Marta Rocha, que imediatamente acionou o delegado da região. O delegado, Dr. Geraldo, já me ligou e garantiu a investigação. Vamos acompanhar. A equipe da Comissão de Direitos Humanos da Alerj já está na estrada".
Da ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário:
"A situação de disputa fundiária na região entre Campos dos Goytacazes e São João da Barra tem sido agravada pela morosidade na tramitação de processos judiciais que envolvem imóveis considerados improdutivos e, portanto, passíveis de desapropriação para a reforma agrária. O caso específico da ocupação liderada por Cícero é bastante ilustrativo: o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) havia determinado, há 14 anos, a desapropriação das fazendas que compõem a Usina Cambahyba. Mas só em agosto de 2012 a Justiça autorizou que a autarquia federal desse prosseguimento à desapropriação dos imóveis"
PS.: Atualizado às 01:02: para correção sobre a hora do sepultamento, 13 horas e informação de que o velório no Cemitério Campo da Paz acontecerá a partir das 9 horas da manhã.
Cícero construiu com a sua simplicidade e a sua determinação, uma legião de pessoas que apreciavam e o acompanhavam no bom combate em defesa dos interesses dos trabalhadores, dos assentados e dos pequenos produtores, do interior do estado do Rio de Janeiro.
A descoberta dos criminosos que cometeram esta covardia é pouco diante do que Cícero representava para todos nós, em termos de luta por uma sociedade mais justa, solidária e fraterna. A sua luta mais que nunca prossegue em cada um dos que comungam com este mesmo sentimento e ideal.
Abaixo o blog reproduz alguns dos depoimentos sobre o acontecido:
Professor e ex-diretor da UFF em Campos, José Luiz Vianna da Cruz:
"É inadmissível que tais crimes continuem ocorrendo, com seus mandantes impunes, ante as autoridades policiais, do executivo, do legislativo e do judiciário. O Judiciário não quer demonstrar que é imparcial, que está acabando com a impunidade? que se manifeste, então! Vamos apoiar a luta pelo fim da impunidade dos crimes contra o povo. Só seremos uma democracia quando os assassinos do povo, incluindo os de colarinho branco, forem todos punidos exemplarmente! democracia é liberdade de lutar por direitos!"
Professora Erica Almeida da UFF:
"Com os olhos mareados e com o corpo ainda doído e trêmulo pelo choque da notícia, gostaria de deixar um registro sobre a importância da liderança de Cícero para os trabalhadores rurais e demais trabalhadores. Sua solidariedade política com os outros grupos de trabalhadores que buscavam um mundo melhor e com mais justiça social, como os catadores, por exemplo, expressa a sua grande liderança. Não deixemos a sua luta morrer com ele e que o dito "desenvolvimento" da nossa região possa vir acompanhado de justiça social e de direitos para todos os trabalhadores, além é claro de um ambiente democrático que permita que os descontentes e críticos possam se manifestar livre e publicamente.Profa. Érica Almeida
UFF/Campos."
O advogado e petroleiro Luiz Felipe Muniz
"É com enorme tristeza e revolta que tomo conhecimento do assassinato de Cícero.Não é de hoje que a nossa região vem sendo tomada de forma covarde e que a maioria de nós simplesmente assiste sem grandes manifestações...já se foram os tempos de melhores organizações sociais nestas bandas, sempre dominadas que foram pelos senhores de engenho e agora também por inumeráveis outros interesses empresariais...
Aproveito o espaço do Blog, professor, para registrar o meu sincero pesar pela perda o grande líder!
Luiz Felipe Muniz de Souza."
"Nem mais um minuto de silencio mas toda a nossa vida na luta para vingar nossos heróis. Cícero? Presente."
"A voz combativa do Cícero ecoará por muito tempo! Companheiro Cícero:presente!"
PS.: Atualizado às 00:16:
Do deputado estadual Marcelo Freixo:
"Cícero era uma das mais importantes lideranças do MST. (...) Já falei com a chefe da Polícia Civil, Dr. Marta Rocha, que imediatamente acionou o delegado da região. O delegado, Dr. Geraldo, já me ligou e garantiu a investigação. Vamos acompanhar. A equipe da Comissão de Direitos Humanos da Alerj já está na estrada".
Da ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário:
"A situação de disputa fundiária na região entre Campos dos Goytacazes e São João da Barra tem sido agravada pela morosidade na tramitação de processos judiciais que envolvem imóveis considerados improdutivos e, portanto, passíveis de desapropriação para a reforma agrária. O caso específico da ocupação liderada por Cícero é bastante ilustrativo: o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) havia determinado, há 14 anos, a desapropriação das fazendas que compõem a Usina Cambahyba. Mas só em agosto de 2012 a Justiça autorizou que a autarquia federal desse prosseguimento à desapropriação dos imóveis"
PS.: Atualizado às 01:02: para correção sobre a hora do sepultamento, 13 horas e informação de que o velório no Cemitério Campo da Paz acontecerá a partir das 9 horas da manhã.
Líder do MST é assassinado covardemente em Campos
Um dos principais coordenadores do MST em Campos, Cícero Guedes dos Santos foi assassinado a tiros nesta madrugada. Cícero foi visto pela última vez de bicicleta, por volta das 22 horas de sexta-feira, circulando entre os lotes do Assentamento Oziel Alvez, nas terras de Cambayba, do qual foi o principal coordenador da luta pela sua implantação. Cícero foi atingido na Estrada da Flora por diversos tiros na cabeça.
A Polícia Militar está no local e aguarda-se a presença dos peritos da Polícia Civil. Cícero tinha idade próximo dos 55 anos. Era um defensor ardente da reforma agrária e compreendia ser esta uma solução para o desenvolvimento social de parcela importante da sociedade brasileira.
Conheci Cícero em diversas reuniões comunitárias e em reuniões com autoridades defendendo os assentados e os pequenos proprietários rurais. Era implacável com aqueles que buscavam lotes para se assentarem e depois o comercializavam. Defendia que o Incra retomasse estas propriedades e devolvesse àqueles que queriam trabalhar na terra para produzir alimentos e viver da atividade rural.
Ultimamente, Cícero tinha como maior preocupação a possibilidade do novo traçado da BR-101, passando pela estrada dos Ceramistas cortasse ao meio os assentamentos Oziel Alves em Cambayba e Zumbi dos Palmares em Guarus, inviabilizando os mesmos e ampliando a urbanização da cidade, ocupando os espaços dos pequenos produtores.
O assassinato de um dos maiores léderes do MST em Campos evidencia, mais uma vez, o conflito pela posse da terra e o acirramento pela disputa e desapropriações rurais no município. Será necessário apurar a fundo e com detalhes quem são os executores e os mandantes deste brutal assassinato de um líder comunitário autêntico e indefeso.
Atualizado às 11:32: O agricultor assentado Cícero Guedes dos Santos passou a ser assentado em 2002. Deu ao lote recebido na reforma agrária de “Brava Gente”. Sempre teve consciência e preocupação ecológica e com a diversidade das plantações e do cuidado com a fauna. Acabou sendo um dos principais inspiradores desse tipo de consciência e do entendimento da mesma fez com que esse sentimento de preservação e convívio fosse dia-a-dia aumentando.
A Polícia Militar está no local e aguarda-se a presença dos peritos da Polícia Civil. Cícero tinha idade próximo dos 55 anos. Era um defensor ardente da reforma agrária e compreendia ser esta uma solução para o desenvolvimento social de parcela importante da sociedade brasileira.
Conheci Cícero em diversas reuniões comunitárias e em reuniões com autoridades defendendo os assentados e os pequenos proprietários rurais. Era implacável com aqueles que buscavam lotes para se assentarem e depois o comercializavam. Defendia que o Incra retomasse estas propriedades e devolvesse àqueles que queriam trabalhar na terra para produzir alimentos e viver da atividade rural.
Ultimamente, Cícero tinha como maior preocupação a possibilidade do novo traçado da BR-101, passando pela estrada dos Ceramistas cortasse ao meio os assentamentos Oziel Alves em Cambayba e Zumbi dos Palmares em Guarus, inviabilizando os mesmos e ampliando a urbanização da cidade, ocupando os espaços dos pequenos produtores.
O assassinato de um dos maiores léderes do MST em Campos evidencia, mais uma vez, o conflito pela posse da terra e o acirramento pela disputa e desapropriações rurais no município. Será necessário apurar a fundo e com detalhes quem são os executores e os mandantes deste brutal assassinato de um líder comunitário autêntico e indefeso.
Atualizado às 11:32: O agricultor assentado Cícero Guedes dos Santos passou a ser assentado em 2002. Deu ao lote recebido na reforma agrária de “Brava Gente”. Sempre teve consciência e preocupação ecológica e com a diversidade das plantações e do cuidado com a fauna. Acabou sendo um dos principais inspiradores desse tipo de consciência e do entendimento da mesma fez com que esse sentimento de preservação e convívio fosse dia-a-dia aumentando.
Segundo o site Agroecologia e Rede, Seu Cícero também ficou conhecido
pelas bananas presentes em muitas partes do lote, consorciadas com leguminosas,
milho e espécies frutíferas.
“Demonstrava ser uma pessoa interessada no desenvolvimento
do seu lote e desejava muito que suas experiências sejam praticadas por outros
assentados, porém existe uma resistência por parte de muitos agricultores no
assentamento Zumbi dos Palmares e muito fazem a opção pela monocultura de cana,
coco ou pasto, o que torna ainda maior o desafio da construção da agroecologia.
A família sempre se envolveu nas tarefas do sítio. Os filhos crescem vendo a
experiência se desenvolver e vão aprendendo com o pai e todos tem ciência de
que os alimentos que hoje estão na mesa da família são de qualidade muito
superior aos do supermercado e isso desperta o interesse dos filhos para que
também participem das lutas do pai.
Seu Cícero relata que desde que as experiências no seu lote
passaram a dar certo, houveram alguns erros experimentais no meio do caminho, a
qualidade de vida dele e da família melhorou bastante e é isso que lhe dá
energia para continuar sempre. Seu Cícero é uma referencia tanto entre os
companheiros de movimento como também entre estudantes e professores da
Universidade do Norte Fluminense, que o vêm como um dos ícones da construção do
conhecimento agroecológico no Norte Fluminense.”
O blog repete que o assassinato do assentado e um dos líderes do MST, Cícero Guedes dos Santos é um grave atentado à cidadania e à luta comunitária no município de Campos dos Goytacazes e toda a região.
PS.: Atualizado às 11:42: O corpo do líder do MST, Cícero Guedes, foi encaminhado agora para o IML de Campos, depois da Polícia Civil ter periciado o local do assassinato. A família está acompanhando todo o processo. Segundo informações Cícero tinha seis filhos. O local do velório ainda não está decidido. Há comoção é grande entre os assentados e pequenos proprietários rurais que conheciam Cícero no dia-a-dia.
Atualizado às 11:56:
Cícero Guedes dos Santos, 43 anos, chegou a Campos dos Goytacazes (RJ), trazia as marcas de uma vida sofrida no estado de Alagoas, onde trabalhava em condições desumanas e até “passava necessidade”. A cidade aconteceu em sua vida através da indicação de um amigo, que afirmou ter encontrado melhores oportunidades de trabalho no meio rural da região dos canaviais.
E foi nos canaviais que Cícero encontrou inicialmente um caminho para a sobrevivência, junto com a esposa Maria Luciene e seus então quatro filhos. Depois, como operário da construção civil, Cícero participou das obras da Uenf (Universidade Estadual do Norte Fluminense) e deixou suas digitais na concretização do antigo sonho da cidade em ter uma universidade pública de grande porte.
Mas a idéia de ter a sua própria terra para plantar não o deixava. E foi aproveitando a mobilização popular — que viria a ser, há dez anos, a primeira ocupação de terras da região — que Cícero se aproximou do MST e da chance de atuar em liberdade na atividade que gosta.
Atualizado às 12:06: A foto (imagem ao lado) mostra a capa da revista Imagem do Sindipetro-NF que publicou uma matéria sobre os dez anos do assentamento Zumbi dos Palmares em Campos que traz o agricultor e líder do MST, Cícero Guedes dos Santos em destaque. Este número da revista é de 2007.
Atualizado às 12:10: Abaixo manifesto produzido pelo MST e por apoiadores, organizado pela professora Ana Costa da UFF que conhecia Cícero há muitos anos e acompanha esta lastimável ocorrência.
PS.: Atualizado às 11:42: O corpo do líder do MST, Cícero Guedes, foi encaminhado agora para o IML de Campos, depois da Polícia Civil ter periciado o local do assassinato. A família está acompanhando todo o processo. Segundo informações Cícero tinha seis filhos. O local do velório ainda não está decidido. Há comoção é grande entre os assentados e pequenos proprietários rurais que conheciam Cícero no dia-a-dia.
Atualizado às 11:56:
Cícero Guedes dos Santos, 43 anos, chegou a Campos dos Goytacazes (RJ), trazia as marcas de uma vida sofrida no estado de Alagoas, onde trabalhava em condições desumanas e até “passava necessidade”. A cidade aconteceu em sua vida através da indicação de um amigo, que afirmou ter encontrado melhores oportunidades de trabalho no meio rural da região dos canaviais.
E foi nos canaviais que Cícero encontrou inicialmente um caminho para a sobrevivência, junto com a esposa Maria Luciene e seus então quatro filhos. Depois, como operário da construção civil, Cícero participou das obras da Uenf (Universidade Estadual do Norte Fluminense) e deixou suas digitais na concretização do antigo sonho da cidade em ter uma universidade pública de grande porte.
Mas a idéia de ter a sua própria terra para plantar não o deixava. E foi aproveitando a mobilização popular — que viria a ser, há dez anos, a primeira ocupação de terras da região — que Cícero se aproximou do MST e da chance de atuar em liberdade na atividade que gosta.
Atualizado às 12:06: A foto (imagem ao lado) mostra a capa da revista Imagem do Sindipetro-NF que publicou uma matéria sobre os dez anos do assentamento Zumbi dos Palmares em Campos que traz o agricultor e líder do MST, Cícero Guedes dos Santos em destaque. Este número da revista é de 2007.
Atualizado às 12:10: Abaixo manifesto produzido pelo MST e por apoiadores, organizado pela professora Ana Costa da UFF que conhecia Cícero há muitos anos e acompanha esta lastimável ocorrência.
ATENTADO CONTRA A PAZ E A JUSTIÇA SOCIAL! MATARAM UM GUERREIRO!
Hoje, 26 de janeiro de 2013, CÍCERO GUEDES, líder do Movimento pela Reforma Agrária e em prol da Agricultura Familiar, amanheceu morto, assassinado, no Assentamento Oziel, em Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro. CÍCERO era um trabalhador rural que ousou lutar pelos ideais de Justiça e pelo bem comum do seu povo, trabalhadores rurais expropriados da terra e sem futuro. É mais um líder popular cuja morte se somará às centenas de outras, que ocorrem rotineiramente, de brasileiros que lutam por um Brasil justo e igualitário. Em mais de 90% desses casos, os assassinos permanecem impunes. Por que a Justiça brasileira, nesse momento em que busca nos convencer de que quer por fim à impunidade, não demonstra isso no caso dos crimes políticos contra a liberdade e os direitos humanos, civis, econômicos e sociais, de grande parte da sociedade brasileira, representada pelo movimento sociais e populares pelo acesso à terra rural e urbana e tantos outros? Matando o CÍCERO atentam mais uma vez contra a nossa Liberdade, contra a Democracia e os Direitos Humanos.
PELO FIM DA IMPUNIDADE DOS ASSASSINOS DAS LIDERANÇAS POPULARES! POR UM BRASIL JUSTO E SOLIDÁRIO!
AMIGOS E APOIADORES DO MOVIMENTOS SOCIAIS E POPULARES EM CAMPOS DOS GOYTACAZES!
sexta-feira, janeiro 25, 2013
Empresa de transporte aéreo por helicóptero amplia e passa a atuar na região
A Helivia Aero Taxi S. A. foi fundada em 1987, tendo sido adquirida em 2012 pela Greenwich Aerogroup, uma companhia norte-americana. Neste processo de ampliação de suas atividades, a Helivia estará recebendo 3 helicópteros S-76 C+ em 2013, que se somarão aos atuais 2 BO-105 já existentes (foto ao lado).
A Helivia está preparando para colocar estas aeronaves à disposição, equipadas, para fazer transporte tanto de cargas, quanto de passageiros, no eixo Campos- Macaé e Rio de Janeiro e ainda para as plataformas de petróleo. Um dos S-76 C+ possuirá configuração VIP de assentos, com maior espaço e conforto para os passageiros.
Segundo o Diretor de Operações Renato Clark, "todas as ações e decisões na Empresa são tomadas tendo em vista a segurança, o fiel cumprimento da legislação e o comportamento ético (Best Pratices) nos negócios.
A Helivia deverá contratar cerca de 15 pilotos em 2013, que serão selecionados entre os mais experientes existentes no mercado brasileiro.
A Helivia está preparando para colocar estas aeronaves à disposição, equipadas, para fazer transporte tanto de cargas, quanto de passageiros, no eixo Campos- Macaé e Rio de Janeiro e ainda para as plataformas de petróleo. Um dos S-76 C+ possuirá configuração VIP de assentos, com maior espaço e conforto para os passageiros.
Segundo o Diretor de Operações Renato Clark, "todas as ações e decisões na Empresa são tomadas tendo em vista a segurança, o fiel cumprimento da legislação e o comportamento ético (Best Pratices) nos negócios.
A Helivia deverá contratar cerca de 15 pilotos em 2013, que serão selecionados entre os mais experientes existentes no mercado brasileiro.
Eike busca levar Petrobras para o Complexo do Açu
Veja abaixo o que este blog previu em 21 de novembro em nota aqui neste espaço.
Pois bem, hoje, em ampla matéria, o jornal Folha de São Paulo, dois meses depois, trata aqui do assunto, que o blog reproduz abaixo:
Pois bem, hoje, em ampla matéria, o jornal Folha de São Paulo, dois meses depois, trata aqui do assunto, que o blog reproduz abaixo:
"Eike Batista tenta atrair parceria com Petrobras"
NATUZA NERY - DE BRASÍLIA - DENISE LUNA - LUCAS VETTORAZZO - DO RIO
"Depois de um ano difícil, em que viu sua fortuna encolher, o dono do grupo EBX, o empresário Eike Batista, busca apoio do governo para firmar uma aliança com a Petrobras e desenvolver um dos seus principais projetos, o Porto do Açu.
Segundo a Folha apurou, Eike esteve em Brasília na semana passada com a presidente da República justamente para tentar a bênção de Dilma para um investimento da estatal no empreendimento.
Ontem, o empresário levou o ex-presidente Lula para conhecer o projeto, em São João da Barra (região norte do RJ).
Eike vem tentando se aproximar da Petrobras desde meados do ano passado. Como encontrou pouca receptividade em Graça Foster, presidente da estatal, decidiu concentrar esforços em Brasília.
De acordo com empresários cariocas, a intenção de se aproximar da Petrobras teria motivado Eike a contratar o presidente da Firjan (federação das indústrias do Rio), Eduardo Eugênio de Gouvêa Vieira, como vice-presidente da EBX. Com origem no setor de petróleo e bom trânsito nos meios oficiais, Gouvêa Vieira teria papel importante nessa articulação.
Integrantes do Executivo em Brasília veem a negociação com a Petrobras com bons olhos. Alguns até defendem que se substitua investimentos no Porto do Rio, público, por negócios com Eike.
A Folha apurou que a avaliação da Petrobras é que Açu poderia ser usado apenas como base de apoio para escoar a grande produção do pré-sal da bacia de Santos, mas isso não invalidaria investimentos no Porto do Rio.
Nas conversas da semana passada no Planalto, foi dito que a entrada da Petrobras em Açu poderia se dar por arrendamento de área ou por uma sociedade efetiva.
FERROVIA
Segundo apuração da Folha, Eike também foi buscar em Brasília uma solução para acelerar a ferrovia que dará acesso ao empreendimento, crucial para a operação.
A falta de infraestrutura ligando o porto ao mercado consumidor foi apontada pela siderúrgica estatal chinesa Wisco como motivo para desistir de se instalar em Açu.
Nas palavras de um assessor, Dilma Rousseff aprecia o que chama de "instinto animal" de Eike, um dos mais próximos hoje do Executivo. Entretanto, a bênção ainda não foi concedida: deu-se apenas um "OK" para o início das negociações.
A assessoria de Lula disse que o ex-presidente foi ao porto pela primeira vez, atendendo a convite feito há bastante tempo por Eike, e negou que o ex-presidente esteja costurando uma aproximação da EBX com a Petrobras."
Moradores de Santa Maria e Santo Eduardo também reclamam do transporte coletivo
O blog recebeu por email o pedido de mais horários de ônibus que atenda aos moradores dos dois distritos na região norte do município de Campos:
"Oi Roberto, acompanho seu blog e pergunto se não poderia dar um força em uma solicitação nossa, moradores de Santa Maria e Santo Eduardo.
Trabalhamos em Campos e saímos às 19:00 do trabalho, e a Empresa Brasil não nos atende neste horário, nós que saímos às 19:00 temos que esperar até às 21:00 para ir para Santa Maria e Santo Eduardo.
Sendo que neste intervalo existem vários ônibus para Morro do Coco.
Att
Eduardo Cardoso."
"Oi Roberto, acompanho seu blog e pergunto se não poderia dar um força em uma solicitação nossa, moradores de Santa Maria e Santo Eduardo.
Trabalhamos em Campos e saímos às 19:00 do trabalho, e a Empresa Brasil não nos atende neste horário, nós que saímos às 19:00 temos que esperar até às 21:00 para ir para Santa Maria e Santo Eduardo.
Sendo que neste intervalo existem vários ônibus para Morro do Coco.
Att
Eduardo Cardoso."
quinta-feira, janeiro 24, 2013
Complexo do Açu: Eike sinaliza dificuldades!
Não é preciso ser analista político ou econômico para dizer que o empresário Eike Batista deve estar pressionado por diversas fatos e circunstâncias que fugiram ao seu esperado.
Dois fatos em menos de uma semana são bastantes sintomáticos: a criação do cargo e entrega da vice-presidência de sua holding, a EBX, para o presidente da Firjan Eduardo Eugênio. A segunda, trazer hoje, para uma visita às obras do Açu, o ex-presidente Lula.
Sobre a visita de hoje divulgada pelo site notícias Ururau veja aqui. Já aqui a repercussão e outras informações em O Globo.
Dois fatos em menos de uma semana são bastantes sintomáticos: a criação do cargo e entrega da vice-presidência de sua holding, a EBX, para o presidente da Firjan Eduardo Eugênio. A segunda, trazer hoje, para uma visita às obras do Açu, o ex-presidente Lula.
Sobre a visita de hoje divulgada pelo site notícias Ururau veja aqui. Já aqui a repercussão e outras informações em O Globo.
101 e 1001 tudo a ver!
A ironia é de um dos comentaristas do blog, em nota sobre as obras devagar, quase parando, na rodovia:
"Sem entrar em qualquer mérito contratual/concessão, vale ressaltar que antes da passagem de controle da OHL para a Abertis, a obra de duplicação contava com 4 a 5 frentes de trabalho a todo vapor. A partir do momento que a Abertis assumiu, as máquinas sumiram. Coincidência...
Que tal lançar um bordão igual ao da 1001 para a 101. Que tal 101 promessas???"
"Sem entrar em qualquer mérito contratual/concessão, vale ressaltar que antes da passagem de controle da OHL para a Abertis, a obra de duplicação contava com 4 a 5 frentes de trabalho a todo vapor. A partir do momento que a Abertis assumiu, as máquinas sumiram. Coincidência...
Que tal lançar um bordão igual ao da 1001 para a 101. Que tal 101 promessas???"
quarta-feira, janeiro 23, 2013
MPF-RJ fará Audiência Pública sobre os impactos das obras do Complexo do Açu
Da Assessoria de Comunicação Social da Procuradoria da República do Rio de Janeiro:
"MPF realiza audiência pública para debater impacto ambiental das obras do Porto do Açu"
Relatório da UENF aponta aumento da salinidade devido às obras do grupo EBX
"O Ministério Público Federal (MPF) em Campos dos Goytacazes (RJ) realizará audiência pública na segunda quinzena de março para discutir os danos ambientais relacionadas às obras do Complexo Portuário do Açu, no município de São João da Barra, no Norte Fluminense. A audiência pública foi convocada pelo procurador da República em Campos dos Goytacazes, Eduardo Santos de Oliveira, em local e data ainda a serem divulgados.
A Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) Darcy Ribeiro elaborou um parecer técnico alertando sobre o aumento da salinidade na localidade do Açu, que evidências indicam ser resultado da intervenção ambiental ocorrida a partir de obras realizadas pelo grupo EBX/LLX para instalação do Complexo Portuário. Em dezembro de 2012, o MPF em Campos instaurou inquérito para apurar a salinização do canal do Quitingute, em São João da Barra. O processo de concentração progressiva de sais estaria ocorrendo por causa do aterro feito com areia retirada do mar, objetivando elevar a área para erguer o Distrito Industrial do Açu.
O MPF expediu ofício ao Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e ao Grupo EBX/LLX para que informem as medidas adotas em relação às informações contidas nos pareceres técnicos emitidos pela UENF no prazo de 10 dias.
Assessoria de Comunicação Social
Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro."
"MPF realiza audiência pública para debater impacto ambiental das obras do Porto do Açu"
Relatório da UENF aponta aumento da salinidade devido às obras do grupo EBX
"O Ministério Público Federal (MPF) em Campos dos Goytacazes (RJ) realizará audiência pública na segunda quinzena de março para discutir os danos ambientais relacionadas às obras do Complexo Portuário do Açu, no município de São João da Barra, no Norte Fluminense. A audiência pública foi convocada pelo procurador da República em Campos dos Goytacazes, Eduardo Santos de Oliveira, em local e data ainda a serem divulgados.
A Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) Darcy Ribeiro elaborou um parecer técnico alertando sobre o aumento da salinidade na localidade do Açu, que evidências indicam ser resultado da intervenção ambiental ocorrida a partir de obras realizadas pelo grupo EBX/LLX para instalação do Complexo Portuário. Em dezembro de 2012, o MPF em Campos instaurou inquérito para apurar a salinização do canal do Quitingute, em São João da Barra. O processo de concentração progressiva de sais estaria ocorrendo por causa do aterro feito com areia retirada do mar, objetivando elevar a área para erguer o Distrito Industrial do Açu.
O MPF expediu ofício ao Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e ao Grupo EBX/LLX para que informem as medidas adotas em relação às informações contidas nos pareceres técnicos emitidos pela UENF no prazo de 10 dias.
Assessoria de Comunicação Social
Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro."
Calendário de vistoria do Detran RJ para 2013
O Detran mudou o seu calendário de vistoria anual de veículos em 2013. A alteração foi feita para cumprir a Resolução 110 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que estabelece as datas-limite para cada final de placa. Ao fazer a vistoria dentro do período estipulado, o motorista receberá o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLV) de 2013.
Para agendar o licenciamento anual, o Detran ressalta que é preciso fazer a quitação integral de todos os débitos relativos a tributos, encargos e multas vinculados ao veículo. Além disso, o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) também deve estar pago. O agendamento para a vistoria poderá ser feito através do site www.detran.rj.gov.br ou pelos telefones 3460-4040, 3460-4041 (Região Metropolitana) e 0800-020-4040 (interior).
Novo calendário - Algarismo final da placa do veículo e o período para a vistoria (Licenciamento Anual):
0 e 9 Até 30/06/2013
8 e 7 Até 31/07/2013
6 e 5 Até 31/08/2013
2 e 1 Até 30/09/2013
4 e 3 Até 31/10/2013
Para agendar o licenciamento anual, o Detran ressalta que é preciso fazer a quitação integral de todos os débitos relativos a tributos, encargos e multas vinculados ao veículo. Além disso, o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) também deve estar pago. O agendamento para a vistoria poderá ser feito através do site www.detran.rj.gov.br ou pelos telefones 3460-4040, 3460-4041 (Região Metropolitana) e 0800-020-4040 (interior).
Novo calendário - Algarismo final da placa do veículo e o período para a vistoria (Licenciamento Anual):
0 e 9 Até 30/06/2013
8 e 7 Até 31/07/2013
6 e 5 Até 31/08/2013
2 e 1 Até 30/09/2013
4 e 3 Até 31/10/2013
terça-feira, janeiro 22, 2013
Dengue em Morro do Coco
Hoje, Lenilson Werneck, o blogueiro do distrito de Santo Eduardo, localizado próximo do distrito de Morro do Coco, ambos, no extremo norte de nosso município, chama a atenção para o problema (ver aqui).
Interessante lembrar que no dia 6 de janeiro, há mais de duas semanas, o blogueiro Douglas da Mata já chamava a atenção para o problema aqui.
Pior é saber que apenas no dia 5 de fevereiro, portanto, daqui a duas semanas é que está providenciada um mutirão naquela comunidade. Por pouco, Douglas não acerta no seu prognóstico de que estavam "deixando este negócio de governar para depois do carnaval".
Como sempre faz, o blog abre espaço para a manifestação e informações das autoridades.
Interessante lembrar que no dia 6 de janeiro, há mais de duas semanas, o blogueiro Douglas da Mata já chamava a atenção para o problema aqui.
Pior é saber que apenas no dia 5 de fevereiro, portanto, daqui a duas semanas é que está providenciada um mutirão naquela comunidade. Por pouco, Douglas não acerta no seu prognóstico de que estavam "deixando este negócio de governar para depois do carnaval".
Como sempre faz, o blog abre espaço para a manifestação e informações das autoridades.
Produção de café em Varre e Sai no Noroeste Fluminense
Plantação de café em Varre e Sai |
A matéria abaixo é do Programa Rio Rural de Desenvolvimento Sustentável em Microbacias Hidrográficas do governo do Estado do Rio de Janeiro. Um interessante programa de desenvolvimento local com apoio à Agricultura Familiar. O texto abaixo e a foto acima são da jornalista Flávia Pizelli:
"Agricultura apoia investimentos para alavancar produção de café no estado"
Unidade de rebeneficiamento em Varre-Sai terá R$ 1,7 milhão do BNDES/BB
"A cafeicultura fluminense, que já foi líder na produção mundial, no período do Império, se prepara para conquistar novo espaço no mercado com a oferta de café de melhor qualidade, preço competitivo e mais
resultado financeiro para os produtores. Com o apoio da secretaria estadual de Agricultura, o setor vem se equipando para dar condições de processamento e rebeneficiamento dos grãos no Estado.
O primeiro passo foi dado com a aquisição pela secretaria, de duas unidades móveis de beneficiamento, através de recursos do Programa Rio Café, no valor de R$ 423 mil. Os equipamentos atuam nas propriedades da Região Noroeste, que concentra 70% da produção estadual de 300 mil sacas/ano, retirando as cascas, separando as impurezas do café "em coco" e colocando o grão em condições de comercialização. O processo agrega valor, aumentando a receita do produtor em 25 a 30%.
Para Efigênio Salles, presidente da Ascarj - Associação dos Cafeicultores do Estado do Rio de Janeiro, a grande guinada no setor virá com a implantação, neste ano, do módulo de rebeneficiamento de
café, nas instalações da Coopercanol (Cooperativa de Produtores de Café do Noroeste Fluminense), em Varre-Sai. Com recursos de R$ 1,7 milhão do BNDES, repassados pelo Banco do Brasil, através da
estratégia de Desenvolvimento Rural Sustentável - DRS, a estrutura permitirá que o café de boa qualidade da região, que hoje vai para Minas Gerais e Espírito Santo para ser rebeneficiado, já saia selecionado e classificado do próprio estado para exportação ou venda à mercados consumidores de alto padrão.
- A orientação e o apoio da secretaria de Agricultura foram decisivos para mais esta conquista da nossa cafeicultura. Há muitos anos pleiteamos a construção dessa unidade, que além de fortalecer o cooperativismo no segmento, vai estimular o produtor a investir na qualidade - destacou ele.
O presidente da Ascarj explicou que durante o rebeneficiamento o café é separado eletronicamente em máquinas, que classificam o produto pelo tamanho e tipo. Os mercados exigentes valorizam o produto uniforme, segundo especificação própria de cada comprador."
"Imprensa e politização"
O site Observatório da Imprensa publicou ontem texto do Luciano Martins Costa sobre matéria do Estadão que merece ser lido:
"Imprensa e politização"
"A edição de domingo (20/1) do Estado de S.Paulo trouxe como manchete levantamento feito pelo Ibope a pedido do jornal paulista, no qual se revela que a maioria dos brasileiros não tem preferência partidária: no final de 2012, época da consulta, 56% declararam não apoiar nenhum partido específico, enquanto 44% tinham algum partido preferido. Em 1988, os números eram invertidos, com 61% partidarizados e 38% sem preferência.
Segundo o diário, a indiferença dos cidadãos em relação a siglas partidárias é resultado dos escândalos políticos dos últimos anos, em especial o que envolveu dirigentes do Partido dos Trabalhadores. No entanto, embora tenha perdido popularidade desde março de 2010, o PT segue sendo a agremiação com maior número de adeptos, o equivalente a 24% do total.
Uma análise cuidadosa da reportagem, confrontada com outros textos sobre o mesmo tema, revela que houve um esforço de edição por parte do jornal para forçar o entendimento de que o PT teve a maior perda entre os partidos. Os números, porém, indicam que o PMDB, com 6%, e PSDB, com 5%, segundo e terceiro colocados, ainda estão muito distantes do Partido dos Trabalhadores em termos de popularidade. Além disso, não há revelações inéditas no estudo, uma vez que a redução da credibilidade dos partidos políticos é em fenômeno comum a todas as democracias do Ocidente.
Base da pirâmide
Também não é verdadeira a afirmação do Estado de S.Paulo de que a consulta do Ibope revela que “apartidários são maioria no País pela primeira vez desde a redemocratização”, como anuncia o título da reportagem. Em maio de 2012, uma pesquisa do Vox Populi já revelava que 60% dos consultados não simpatizavam com nenhuma legenda política.
Por outro lado, convém analisar o valor desses números: em qualquer circunstância, conforme já observava o jornal gaúcho Zero Hora naquela ocasião, um engajamento partidário de 44% da população é um número nada desprezível.
No subtexto da reportagem do Estadão se pode encontrar, com facilidade, referências a circunstâncias tipicamente brasileiras, como os efeitos de escândalos e a rotinização da democracia, que tende a reduzir o engajamento dos cidadãos. No entanto, a perda de credibilidade dos partidos políticos é tema de estudos em todo o mundo, e aparece até mesmo em uma análise sobre as eleições israelenses, em reportagem do Globo publicada na segunda-feira (21/01): “Ex-líder trabalhista diz que a época de grandes legendas acabou”, diz o texto.
O retrato pintado pelo Estadão no domingo fica mais completo na edição de segunda-feira (21), na coluna do jornalista José Roberto de Toledo, que dá seguimento às análises do estudo publicado na véspera. Resumidamente, ele observa que o PT perdeu adeptos principalmente entre os brasileiros mais ricos, que migraram para o PSDB. “Pela primeira vez, há mais brasileiros com renda superior a dez salários mínimos que se dizem tucanos que petistas: 23% a 13%, segundo o Ibope”, diz o texto.
No entanto, a mudança de perfil não se deu apenas porque os mais ricos e educados deixaram de apoiar o PT, mas principalmente porque a base do Partido dos Trabalhadores foi inflada por cidadãos que ingressavam na nova classe de renda média. Na verdade, constata o colunista, o PT vinha perdendo apoiadores entre os mais ricos desde junho de 2001, quando 35% dos brasileiros de renda mais alta se diziam simpatizantes do partido. Esse fenômeno não era percebido, em parte, por causa do crescimento do PT na base da pirâmide, impulsionado pela grande popularidade do então presidente Lula da Silva.
Tudo a ver
O PSDB só começou a crescer entre os brasileiros de renda superior a dez salários mínimos a partir de 2010 – e aqui se pode misturar uma série de fatores, desde o bombardeio da imprensa sobre o tema da corrupção até o desconforto da elite com aeroportos lotados pela classe emergente.
Mas um elemento importante desse estudo, que é abordado ligeiramente por Toledo, ainda está por ser radiografado: o Partido dos Trabalhadores perdeu espaço principalmente entre os leitores de jornais e revistas.
Esse aspecto da consulta do Ibope precisa ser visto por dois ângulos opostos: os leitores de jornais e revistas abandonaram o PT por causa do intenso noticiário sobre escândalos políticos, ou os petistas abandonaram a leitura de jornais e revistas pela mesma razão?
Assim como o PSDB se transforma em partido de elite, mais conservador e homogêneo, também a imprensa passa por um fenômeno semelhante: tudo a ver?
Mas esse é tema para estudos mais profundos, que certamente os jornais teriam pouco interesse em publicar."
"Imprensa e politização"
"A edição de domingo (20/1) do Estado de S.Paulo trouxe como manchete levantamento feito pelo Ibope a pedido do jornal paulista, no qual se revela que a maioria dos brasileiros não tem preferência partidária: no final de 2012, época da consulta, 56% declararam não apoiar nenhum partido específico, enquanto 44% tinham algum partido preferido. Em 1988, os números eram invertidos, com 61% partidarizados e 38% sem preferência.
Segundo o diário, a indiferença dos cidadãos em relação a siglas partidárias é resultado dos escândalos políticos dos últimos anos, em especial o que envolveu dirigentes do Partido dos Trabalhadores. No entanto, embora tenha perdido popularidade desde março de 2010, o PT segue sendo a agremiação com maior número de adeptos, o equivalente a 24% do total.
Uma análise cuidadosa da reportagem, confrontada com outros textos sobre o mesmo tema, revela que houve um esforço de edição por parte do jornal para forçar o entendimento de que o PT teve a maior perda entre os partidos. Os números, porém, indicam que o PMDB, com 6%, e PSDB, com 5%, segundo e terceiro colocados, ainda estão muito distantes do Partido dos Trabalhadores em termos de popularidade. Além disso, não há revelações inéditas no estudo, uma vez que a redução da credibilidade dos partidos políticos é em fenômeno comum a todas as democracias do Ocidente.
Base da pirâmide
Também não é verdadeira a afirmação do Estado de S.Paulo de que a consulta do Ibope revela que “apartidários são maioria no País pela primeira vez desde a redemocratização”, como anuncia o título da reportagem. Em maio de 2012, uma pesquisa do Vox Populi já revelava que 60% dos consultados não simpatizavam com nenhuma legenda política.
Por outro lado, convém analisar o valor desses números: em qualquer circunstância, conforme já observava o jornal gaúcho Zero Hora naquela ocasião, um engajamento partidário de 44% da população é um número nada desprezível.
No subtexto da reportagem do Estadão se pode encontrar, com facilidade, referências a circunstâncias tipicamente brasileiras, como os efeitos de escândalos e a rotinização da democracia, que tende a reduzir o engajamento dos cidadãos. No entanto, a perda de credibilidade dos partidos políticos é tema de estudos em todo o mundo, e aparece até mesmo em uma análise sobre as eleições israelenses, em reportagem do Globo publicada na segunda-feira (21/01): “Ex-líder trabalhista diz que a época de grandes legendas acabou”, diz o texto.
O retrato pintado pelo Estadão no domingo fica mais completo na edição de segunda-feira (21), na coluna do jornalista José Roberto de Toledo, que dá seguimento às análises do estudo publicado na véspera. Resumidamente, ele observa que o PT perdeu adeptos principalmente entre os brasileiros mais ricos, que migraram para o PSDB. “Pela primeira vez, há mais brasileiros com renda superior a dez salários mínimos que se dizem tucanos que petistas: 23% a 13%, segundo o Ibope”, diz o texto.
No entanto, a mudança de perfil não se deu apenas porque os mais ricos e educados deixaram de apoiar o PT, mas principalmente porque a base do Partido dos Trabalhadores foi inflada por cidadãos que ingressavam na nova classe de renda média. Na verdade, constata o colunista, o PT vinha perdendo apoiadores entre os mais ricos desde junho de 2001, quando 35% dos brasileiros de renda mais alta se diziam simpatizantes do partido. Esse fenômeno não era percebido, em parte, por causa do crescimento do PT na base da pirâmide, impulsionado pela grande popularidade do então presidente Lula da Silva.
Tudo a ver
O PSDB só começou a crescer entre os brasileiros de renda superior a dez salários mínimos a partir de 2010 – e aqui se pode misturar uma série de fatores, desde o bombardeio da imprensa sobre o tema da corrupção até o desconforto da elite com aeroportos lotados pela classe emergente.
Mas um elemento importante desse estudo, que é abordado ligeiramente por Toledo, ainda está por ser radiografado: o Partido dos Trabalhadores perdeu espaço principalmente entre os leitores de jornais e revistas.
Esse aspecto da consulta do Ibope precisa ser visto por dois ângulos opostos: os leitores de jornais e revistas abandonaram o PT por causa do intenso noticiário sobre escândalos políticos, ou os petistas abandonaram a leitura de jornais e revistas pela mesma razão?
Assim como o PSDB se transforma em partido de elite, mais conservador e homogêneo, também a imprensa passa por um fenômeno semelhante: tudo a ver?
Mas esse é tema para estudos mais profundos, que certamente os jornais teriam pouco interesse em publicar."
Lula em reunião com intelectuais pede debate sobre doutrina para integração latino-americana
Do site Brasil de Fato:
"Lula pede a intelectuais criação de 'doutrina' da integração latino-americana"
Encontro com acadêmicos e pensadores de diversos países da região ocorre em São Paulo
"São Paulo – Na abertura do encontro com intelectuais sul-americanos de esquerda, que ocorre hoje (21) num hotel de São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou da necessidade de juntar os pensadores da região para a construção de uma “doutrina” da integração latino-americana. Segundo Lula, a ideia vem amadurecendo desde seu primeiro mandato presidencial.
O ex-presidente considera a integração é “uma palavra muito fácil de ser falada, mas muito difícil de ser colocada em prática, tais os problemas políticos, as incompreensões e os preconceitos” que cercam o tema.
“Lamentavelmente, aqui na América Latina se adotou uma política esperta, de nos dividir. (...) Sempre houve preconceito, sempre houve uma preocupação maior de relação preferencial com os EUA... ou com a Europa... ou com qualquer um, menos entre nós mesmos. Entre nós existia um processo de desconfiança generalizado. E era uma coisa cultural, porque vem inclusive muito baseada na formação de nossos embaixadores, de preconceitos e mais preconceitos entre nós. Não tem explicação, depois de mais de 500 anos, eu inaugurar a primeira ponte entre Brasil e Bolívia; não em explicação, depois de mais de 500 anos, eu inaugurar a primeira ponte entre Brasil e Peru. Nós estávamos, de forma muito conscientes, voltados para a Europa e os EUA, e de costas para nós”, disse Lula.
Ele adiantou que a ideia agora é os intelectuais dos vários países trabalharem em conjunto para fornecer subsídios não apenas aos governos, mas também à sociedade.
“Queremos aprender com vocês, saber o que vocês estão pensando esse tema na academia (…) para que sejam criados instrumentos para avançar na integração.”
Debates
Após a fala de Lula, a primeira mesa de debates teve Aldo Ferrer, economista, ex-ministro da Economia, atual embaixador da Argentina na França, e Marco Aurélio Garcia, assessor de Relações Internacionais da Presidência da República do Brasil.
As intervenções ressaltaram que a América Latina vive um momento de avanços, com governos progressistas, democracia avançando e melhorias sociais. "Nunca tivemos um momento tão propício para este debate", destacou Aldo Ferrer, que ressaltou três mudanças fundamentais que já aconteceram, a melhora na qualidade das lideranças, o que possibilitou a ênfase no social; o fracasso do neoliberalismo e da crença de que o mercado sozinho resolveria a todos os problemas e a consolidação da democracia.
Marco Aurélio Garcia alerta, no entanto, que não se pode tratar esse momento como “um parêntesis progressista em uma história conservadora”. As políticas sociais parecem ser a grande marca desse novo direcionamento progressista da região, com resultados concretos que já têm proporcionado.
Diversas intervenções dos intelectuais coincidiram ao apontar a necessidade de uma ênfase na inovação, na técnica e na indústria com maior valor agregado. “Brasil e Argentina vendem juntos dois terços das proteínas do mundo, mas não agregam valor a esses bens”, disse o economista argentino Bernardo Kosacoff, ex-diretor da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), lembrando que é necessário aproveitar o enorme mercado interno da região e “levantar nossa auto-estima”. O senador uruguaio Alberto Curiel também enfatizou a necessidade de infraestrutura produtiva integrada e mais valor agregado aos produtos da região. “Temos vários desafios que eu não sei como resolver. É preciso falar com empresários, o Lula está fazendo isso, é preciso falar com trabalhadores, o Lula está fazendo isso, é preciso falar com movimentos sociais, e o Lula já fez isso…”
Curiel criticou, no entanto, a falta de planejamento estratégico, embora reconheça os avanços sociais em toda região. Salomón Lerner, ex-primeiro ministro do Peru, concordou. “Hoje, quem planifica, quem faz pensamento estratégico são as multinacionais. A participação dos grupos políticos no governo é cada vez menor. A questão é como fazer para que essas militâncias, no momento progressista em que vivemos, participem da política. E não que a política seja discriminada como incapaz, corrupta e inoperante.”
O cientista político uruguaio Álvaro Padrón se uniu ao coro ao comemorar os avanços significativos na redução da pobreza e da desigualdade, mas alertou para os limites desse processo. “Foi a primeira vez que tivemos democracia, crescimento, distribuição de renda. Mas isso só não se traduz em desenvolvimento. Precisamos ter ganhos de produtividade, sem isso, atingiremos um limite muito em breve. Esse é o desafio fundamental.”
A cientista política Ingrid Sarti, presidente do Fórum Universitário Mercosul (FoMerco) agradeceu ao Instituto Lula por intervir justamente no desafio de levar o pensamento da academia para as instâncias decisórias. “Como professora, faço parte desse trabalho árduo de pesquisa, que muitas vezes acaba engavetado. É muito importante que o Instituto Lula possa ser um motor dessa articulação e dar algum auxílio à formação de políticas públicas.”
Theotonio dos Santos, economista da Universidade Federal Fluminense, afirmou que uma integração comercial daria mais poder de negociação internacional à América Latina. “O Chile tem 40% do cobre do mundo e entregamos esse produto abrindo mão da capacidade de influenciar o preço internacional dele.”
"Lula pede a intelectuais criação de 'doutrina' da integração latino-americana"
Encontro com acadêmicos e pensadores de diversos países da região ocorre em São Paulo
"São Paulo – Na abertura do encontro com intelectuais sul-americanos de esquerda, que ocorre hoje (21) num hotel de São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou da necessidade de juntar os pensadores da região para a construção de uma “doutrina” da integração latino-americana. Segundo Lula, a ideia vem amadurecendo desde seu primeiro mandato presidencial.
O ex-presidente considera a integração é “uma palavra muito fácil de ser falada, mas muito difícil de ser colocada em prática, tais os problemas políticos, as incompreensões e os preconceitos” que cercam o tema.
“Lamentavelmente, aqui na América Latina se adotou uma política esperta, de nos dividir. (...) Sempre houve preconceito, sempre houve uma preocupação maior de relação preferencial com os EUA... ou com a Europa... ou com qualquer um, menos entre nós mesmos. Entre nós existia um processo de desconfiança generalizado. E era uma coisa cultural, porque vem inclusive muito baseada na formação de nossos embaixadores, de preconceitos e mais preconceitos entre nós. Não tem explicação, depois de mais de 500 anos, eu inaugurar a primeira ponte entre Brasil e Bolívia; não em explicação, depois de mais de 500 anos, eu inaugurar a primeira ponte entre Brasil e Peru. Nós estávamos, de forma muito conscientes, voltados para a Europa e os EUA, e de costas para nós”, disse Lula.
Ele adiantou que a ideia agora é os intelectuais dos vários países trabalharem em conjunto para fornecer subsídios não apenas aos governos, mas também à sociedade.
“Queremos aprender com vocês, saber o que vocês estão pensando esse tema na academia (…) para que sejam criados instrumentos para avançar na integração.”
Debates
Após a fala de Lula, a primeira mesa de debates teve Aldo Ferrer, economista, ex-ministro da Economia, atual embaixador da Argentina na França, e Marco Aurélio Garcia, assessor de Relações Internacionais da Presidência da República do Brasil.
As intervenções ressaltaram que a América Latina vive um momento de avanços, com governos progressistas, democracia avançando e melhorias sociais. "Nunca tivemos um momento tão propício para este debate", destacou Aldo Ferrer, que ressaltou três mudanças fundamentais que já aconteceram, a melhora na qualidade das lideranças, o que possibilitou a ênfase no social; o fracasso do neoliberalismo e da crença de que o mercado sozinho resolveria a todos os problemas e a consolidação da democracia.
Marco Aurélio Garcia alerta, no entanto, que não se pode tratar esse momento como “um parêntesis progressista em uma história conservadora”. As políticas sociais parecem ser a grande marca desse novo direcionamento progressista da região, com resultados concretos que já têm proporcionado.
Diversas intervenções dos intelectuais coincidiram ao apontar a necessidade de uma ênfase na inovação, na técnica e na indústria com maior valor agregado. “Brasil e Argentina vendem juntos dois terços das proteínas do mundo, mas não agregam valor a esses bens”, disse o economista argentino Bernardo Kosacoff, ex-diretor da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), lembrando que é necessário aproveitar o enorme mercado interno da região e “levantar nossa auto-estima”. O senador uruguaio Alberto Curiel também enfatizou a necessidade de infraestrutura produtiva integrada e mais valor agregado aos produtos da região. “Temos vários desafios que eu não sei como resolver. É preciso falar com empresários, o Lula está fazendo isso, é preciso falar com trabalhadores, o Lula está fazendo isso, é preciso falar com movimentos sociais, e o Lula já fez isso…”
Curiel criticou, no entanto, a falta de planejamento estratégico, embora reconheça os avanços sociais em toda região. Salomón Lerner, ex-primeiro ministro do Peru, concordou. “Hoje, quem planifica, quem faz pensamento estratégico são as multinacionais. A participação dos grupos políticos no governo é cada vez menor. A questão é como fazer para que essas militâncias, no momento progressista em que vivemos, participem da política. E não que a política seja discriminada como incapaz, corrupta e inoperante.”
O cientista político uruguaio Álvaro Padrón se uniu ao coro ao comemorar os avanços significativos na redução da pobreza e da desigualdade, mas alertou para os limites desse processo. “Foi a primeira vez que tivemos democracia, crescimento, distribuição de renda. Mas isso só não se traduz em desenvolvimento. Precisamos ter ganhos de produtividade, sem isso, atingiremos um limite muito em breve. Esse é o desafio fundamental.”
A cientista política Ingrid Sarti, presidente do Fórum Universitário Mercosul (FoMerco) agradeceu ao Instituto Lula por intervir justamente no desafio de levar o pensamento da academia para as instâncias decisórias. “Como professora, faço parte desse trabalho árduo de pesquisa, que muitas vezes acaba engavetado. É muito importante que o Instituto Lula possa ser um motor dessa articulação e dar algum auxílio à formação de políticas públicas.”
Theotonio dos Santos, economista da Universidade Federal Fluminense, afirmou que uma integração comercial daria mais poder de negociação internacional à América Latina. “O Chile tem 40% do cobre do mundo e entregamos esse produto abrindo mão da capacidade de influenciar o preço internacional dele.”
segunda-feira, janeiro 21, 2013
Autopista Fluminense responde ao blog sobre as obras na BR-101
O blog recebeu e-mail do Rodrigo Meira, da Assessoria de Comunicação da Autopista Fluminense S.A. respondendo às questões colocadas por este blog em postagem aqui no dia 18 de janeiro de 2013. Nas explicações a Autopista garante que o prazo final para conclusão de toda a duplicação da BR-101 é 2017 e que o contorno de Campos (com traçado ainda a ser definido) até 2019. Leia abaixo as demais informações.
O blog parabeniza a disposição em prestar esclarecimentos por parte da concessionária, mas, insiste na necessidade de que a sociedade civil possa participar diretamente, na condição de usuários, do andamento deste processo de concessão.
O blog parabeniza a disposição em prestar esclarecimentos por parte da concessionária, mas, insiste na necessidade de que a sociedade civil possa participar diretamente, na condição de usuários, do andamento deste processo de concessão.
"Em resposta ao Blog do Roberto Moraes sobre nota “BR-101: duplicação a passos de tartaruga”, de 18 de janeiro de 2013, a Autopista Fluminense esclarece os pontos abaixo:
Duplicação da BR-101: A Autopista Fluminense informa que as obras de duplicação da rodovia seguem de acordo com os prazos previstos no cronograma de obras do contrato de concessão. A duplicação total da rodovia tem prazo final de conclusão para 2017. No período de chuvas, seguem em andamento os serviços de implantação do sistema de drenagem, de construção de obras de arte correntes (bueiros), obras de arte especiais (pontes) e proteção vegetal. Os serviços de terraplanagem, que exigem grande movimentação de máquinas, não são realizados neste período, porque o teor de umidade do solo não permite. Cerca de 400 profissionais trabalham nas obras de duplicação da BR-101, entre Campos dos Goytacazes (km 102) e Macaé (km 144), e na pedreira localizada no acesso à cidade de Macaé. A pedreira é uma estrutura fundamental para o fornecimento de material pétreo, concreto e massa asfáltica (CBUQ) para as obras. O trecho entre o km 132 (Carapebus) e o km 144 (Macaé) está, atualmente, em pavimentação e, em seguida, receberá sinalização vertical e horizontal, além de dispositivos de segurança. Entre o km 102 e o km 131, é realizada a execução de bueiros, a terraplenagem, a proteção vegetal e a construção de duas pontes – uma sobre o rio Macabu, no km 122,6, e outra sobre o rio do Meio, no km 129,8. Com investimento total de cerca de R$ 200 milhões, a duplicação completa irá abranger o trecho entre o km 84,6 (Campos dos Goytacazes) e o km 261,2 (em Rio Bonito). Para o restante do trecho a ser duplicado, a concessionária aguarda a emissão das licenças ambientais.
Contorno de Campos dos Goytacazes: O PER prevê a execução de um contorno rodoviário no lado oeste do atual traçado da BR-101/RJ, entre o km 55 e o km 84,5, na região de Campos dos Goytacazes, do 9º (2017) ao 11º ano (2019) da concessão. A ANTT autorizou a Concessionária a estudar alternativas de traçado pelo lado leste do atual traçado da rodovia, o que está em andamento.
Abertis: A Abertis adquiriu o controle majoritário da OHL Brasil, em operação realizada durante o ano de 2012 e concluída no mês de dezembro. A operação foi aprovada por todos os órgãos necessários, entre eles, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), BNDES e agências reguladoras (ANTT e Artesp) brasileiras. Com a aquisição, a OHL Brasil passou a se chamar arteris. A arteris cumprirá plenamente todos os investimentos previstos nos cinco contratos de concessão federais e quatro contratos de concessão estaduais firmados pela OHL Brasil.
Assessoria de Comunicação
Autopista Fluminense."
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