O blogueiro recebeu o pedido de divulgação do seu ex-aluno e hoje, também professor, Henrique da Hora,
do seu desabafo:
"A memória de uma cidade"
"Uma coisa que sempre admirei em capitais como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, etc, é a possibilidade de você visitar locais históricos sem dispensar muitos recursos. Vi e toquei na pia batismal que batizou a princesa Isabel na Igreja N. Sra. do Carmo no Centro do Rio, ou imaginar o dia do Fico na praça XV. O rio é a Capital Cultural do Brasil.
Mas quando olhamos para Campos, esta cultura parece ser menos importante, e até dispensável. Temos prédios históricos no centro da cidade que contam a história do império, mas não temos ninguém para guardar e contar essa história para nós e para nossos filhos.
Estive esta semana no Arquivo Público Municipal a sugestão do meu amigo e Prof. de História Thiago Almeida, e pude olhar com alguma tristeza como as autoridades públicas municipais deixam esta joia da baixada campista de lado.
Fui recebido com muito carinho pelos funcionários da prefeitura que lá restaram (a maioria foi remanejada), que lá permanecem pelo amor às ciências sociais e ao local, mas que estão abandonados pela prefeitura. No dia de hoje, por exemplo, não há telefone no local.
O primeiro colégio de Campos, fundado pelos Jesuítas, teve local no hoje chamado solar do colégio, e duvido que isto seja comentado nas escolas da rede municipal da nossa cidade.
Lembro com saudade do Poeta Antônio Roberto, que sendo fidelense, ensinou seus filhos a agradecer anualmente no dias do professor à professora da alfabetização, por considerar esta a mais importante da vida, e que era o único que conheci até hoje capaz de candar o hino da cidade, sem recorrer à letra ou à música.
Será que os campistas só irão valorizar sua cultura, quando vier alguém de fora fazê-lo?
Queria pedir divulgação da minha indignação ao Prof. Fernando Leite, militante e apaixonado da cultura local (acho que também Fidelense) e ao Prof. Roberto Moraes, Que defende justamente a causa campista."
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
2 comentários:
Prof. esse mês tomei um susto com o valor da conta de água. A conta veio na faixa de 80 reais, sendo que nunca passei da faixa de consumo padrão, que é de 10 m³. Meu consumo foi de 20 m³. Em visita a central das águas do paraíba, fui informado que na faixa de consumo 10 -30 m³ o valor cobrado por m³ é de 5,80 reais. Isso é um verdadeiro assalto! Pela lógica, o correto seria pagar o dobro do valor padrão, mas simplesmente o que essa empresa está fazendo hoje é inadmissível. E o pior, é que nós, clientes, ficamos de mãos atadas, pois não há nada pra se fazer. O senhor sabe se é legal esse tipo de cobrança diferenciada?
um poeta já disse:"passado não é o que passou, mas o que ficou do passado"... Se os gestores públicos não cuidam da rica história da Terra Goitacá, espero que acordem, pois que apesar do "berço esplêndido" não se deve ficar "deitado eternamente"...
Ainda mais, quando se é jovem, todo mundo "garotinho". Ou Campos, não é "Minha Cidade, Meu Amor".
Barão da Lagoa Dourada.
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