A professora da UFF, Erica Almeida que acompanha a situação dos catadores de lixo que atuavam no lixão em Campos, escreve ao blog apontando os problemas. No dia 1 de maio de 2012 Erica já relatava aqui o problema. No dia 16 de junho de 2012 ela informou (aqui) sobre o descompromisso da PMCG. Veja
abaixo o relato da situação atual que é lamentável. Como sempre faz, o blog abre espaço para os gestores se manifestarem:
"Caro Roberto, te escrevo para solicitar o seu apoio na divulgação da situação atual dos catadores em Campos. Após 7 meses do fechamento do lixão da Codin, ainda não há nenhuma proposta de inclusão produtiva daqueles catadores na Política Local de Resíduos Sólidos. Lamentavelmente, a coleta seletiva e a reciclagem, atividades presentes na nova Política de Resíduos Sólidos e que visam oferecer novos espaços produtivos aos catadores parece não ser prioridade do governo municipal. Depois de um fechamento abrupto e sem planejamento que deixou mais de 400 trabalhadores sem a sua principal fonte de renda, o governo local não conseguiu sequer realizar a proposta que consta no plano de encerramento do lixão: - a abertura da Usina de Reciclagem e a contratação de 90 catadores. Sete meses depois, o saldo é desesperador: 70 catadores empregados como varredores, Usina fechada e o não –pagamento da sexta e última parcela negociada com o Secretário de Serviços Públicos aos 416 catadores que não foram empregados pela Vital Engenharia. Espero que ao ler essa notícia os seus leitores possam se juntar a nós numa mobilização em apoio a esses trabalhadores que há mais de 20, 30 anos não fizeram outra coisa senão trabalhar na coleta de resíduos sólidos em condições extremamente desumanas e correndo todos os riscos que uma atividade desprotegida e insalubre oferece. Invisível aos olhos do poder público durante tantos anos, essa questão volta à cena pública em virtude da necessidade do fechamento dos lixões, sem contudo provocar uma discussão local sobre as inúmeras possibilidade de articulação entre o social e o ambiental. Em tempos de incertezas, esperamos contar com a sensibilidade daqueles que estão na gestão da coisa pública no sentido de intermediarem alternativas compatíveis com a nova Política Nacional de Resíduos Sólidos, assim como já vêm acontecendo em outros municípios.
Abraços e, mais uma vez, obrigada pelo seu apoio."
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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2 comentários:
Isso mostra como a Secretaria responsável pelo cumprimento do pagamento da sexta parcela não tem vergonha de roubar os menos favorecidos.
Solução: os catadores devem parar de ficar chupando dedo e entrar com uma ação coletiva contra a Prefeitura e contra a Aeronáutica, para obrigar o cumprimento do acordo.
Gente, AÇÃO COLETIVA é para ser usada e não para enfeitar!!!!!
Li no jornal que hoje haveria uma segunda reunião com os catadores de lixo da CODIN. Espero que eles, catadores, não aceitar desculpa para boi dormir do Secretario. Se ele falar em "estamos estudando...", "vamos apurar....", "precisamos apurar.....", "já solicitamos....", os catadores devem dizer: - Nós queremos uma solução agora. Deixe suas lorotas para falar no ouvido da sua mulher na cam.
OS catadores devem pedir ao secretário o CNPJ da empresa que não pagou a sexta parcela e abrir um processo.
Não se esqueçam que o secretário provavelmente tem déficit intelectural e deve ser mais um alojado no governo de Rosangela, a manicure do valão.
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