O Santander atende e presta serviços à Prefeitura de Campos desde licitação feita à época de Mocaiber. Só agora, no final do primeiro e início do segundo mandato, a prefeita Rosinha autoriza a licitação, na modalidade Pregão Presencial, Nº 047/2012, a escolha da instituição financeira para atender a prefeitura. A entrega dos documentos e proposta comercial está marcada para o dia 16 de janeiro próximo. O aviso de licitação foi publicado no Diário Oficial do município, do dia 28 de dezembro de 2012:
PS.: Atualizado às 13:14: No final de 2008, o Santander pagou R$ 58 milhões à Prefeitura de Campos para ficar com a chamada conta-salário. Em 29 de dezembro de 2008 este blog informou na nota "Receita e conta salário na PMCG" que pode ser lida na íntegra aqui alguns outros detalhes:
"Ainda sobre finanças diz-se que Garotinho tem estimulado Rosinha a questionar a licitação da conta salário da prefeitura que, teria sido ganha, segundo ele, com favorecimentos no processo licitatório, que estariam comprovados em áudios gravados na Operação Telhado de Vidro. A requisição desta gravação poderia dar início ao questionamento do contrato da conta salário, pelo qual o Santander pagou R$ 58 milhões. No áudio constaria um pagamento extra de intermediação no valor de R$ 7 milhões."
Pelo que hoje se sabe a situação foi acomodada naquela ocasião. Este tipo de contrato pelo volume de recursos que hoje envolve de um orçamento que é mais do que o dobro de 2008 pode-se imaginar uma receita maior que R$ 100 milhões.
Em 2005, a prefeitura de São Paulo recebeu R$ 510 milhões do Itaú para operar a conta-salário por cinco anos.Em 2007, a prefeitura do Rio de Janeiro recebeu R$ 370 milhões do Santander.
Vamos ver o que vai dar em Campos, agora em 2013. A nível nacional há cada vez mais desconfianças sobre licitações e "acordos" envolvendo escolha de bancos para operar os créditos municipais. Os bancos alegam que a chamada portabilidade, que permite ao funcionário alocar no banco que quiser a sua conta-salário teria diminuído suas margens. Bancários questionam o fato, já que a imensa maioria dos servidores municipais tendem a seguir o banco "oficial" adotado pela prefeitura.
Imagine o que poderá render numa prefeitura que está entre os 20 maiores orçamentos dos 5,5 mil municípios brasileiros.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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2 comentários:
O que ouvi a respeito de bancos é de que já circula forte o boato de que o Bradesco deve engolir o Santander (que, quando começou seus trabalhos pelo Brasil, era tido como "o maior banco do mundo" e, agora, com a crise europeia e sem poder emitir os lucros daqui para a Espanha - seria crime de evasao de divisas - já pensa em fazer caixa com a venda e respirar do outro lado do Atlantico).
Como é troca de mandato, nada mais "natural". Mas que o serviço do Bradesco caiu de qualidade grosseiramente desde que aglutinou os servidores do Estado, ah, isso caiu!
Tomara que sirva de lição e outro banco, seja Caixa ou BB , possa competir e nivelar o serviço com os gigantes da rede particular.
Existe uma determinação judicial que impede que o SANTANDER continue efetuando os pagamentos da Prefeitura.
Inclusive achei estranho quando ao admitir candidatos concursados, EXIGIRAM cartão de conta no Banco Santander.
Precisamos procurar esta decisão, mas ela existe.
Abraços
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