Segundo a pesquisa, de 17 a 22 de fevereiro do ano passado do Ipea
(Instituto de Pesquisas Econômica Aplicadas) identificou a BR-101 na nossa
região estão entre os mais perigosos do país e no carnaval passado teve
registrados 37 acidentes, com 13 feridos e 3 mortos.
Veja abaixo mais detalhes da matéria do Globo Online. Os grifos são do
blog que registrou a posição da concessionária que confirma o perigo no trecho
Rio Bonito-Campos e a intenção de colocar radares para limitar a velocidade a
100 km/h.
“A metodologia da pesquisa conferiu peso diferenciado aos acidentes, que
receberam pontos conforme a gravidade (um ponto para colisões sem vítimas,
cinco pontos para as com vítimas e 25 pontos para as que resultaram em morte).
Embora os acidentes com mortes tenham peso maior no índice de gravidade, de
acordo com a Polícia Rodoviária Federal, os 20 trechos classificados como os
mais críticos alcançaram essa posição por causa do grande volume de pequenas e
médias colisões com ou sem mortos. Mais de 70% dos casos registrados nessas
áreas, no carnaval do ano passado, diz a corporação, não produziram feridos.
— Os trechos considerados críticos não são onde se morre mais nas
estradas federais, mas onde temos mais acidentes. É um recorte da situação das
estradas. São áreas tipicamente urbanas, que têm um fluxo grande de veículos e
muitos engarrafamentos. E onde a maioria dos acidentes ocorre por falta de
atenção e porque o motorista não mantém a distância segura em relação ao carro
da frente. Não é porque o trânsito é lento que não há risco de colisão — explica
a assessora de comunicação da PRF Marisa Dreys.
Com 25 acidentes, 11 feridos e uma morte, o trecho da BR-101 entre os
quilômetros 320 e 330 foi considerado o mais crítico pela pesquisa, com 73
pontos no índice de gravidade. Esse trecho é composto por nove quilômetros da
Ponte Rio-Niterói e um quilômetro da Avenida do Contorno. Já o segundo trecho
considerado mais crítico é o que fica entre os quilômetros 300 e 310 da BR-101
Norte, em São Gonçalo. Ali foram registrados 12 acidentes com 2 feridos e duas
mortes.
A Autopista Fluminense informou que foram registrados quatro acidentes
na Avenida do Contorno, sendo um com uma vítima fatal (um atropelamento perto
de uma passarela) na folia de 2012. No trecho de concessão da Niterói-Manilha
foram dez acidentes com dois mortos (um por atropelamento e outro em uma
colisão entre uma moto e um carro) no período.
Segundo o gerente de operações da Autopista Fluminense, Edmundo Régis
Bittencourt, a Avenida do Contorno registra acidentes de baixa complexidade
causados sobretudo pela briga por espaço no afunilamento da estrada. A
Contorno, que tem duas faixas de rolamento por sentido, sem acostamento,
começou a ser alargada no final do ano passado. A previsão é que a obra, que adicionará
mais uma faixa de rolamento e um acostamento por sentido, dure dois anos. As
obras deverão ganhar volume depois do carnaval. Já na Niterói- Manilha, os
acidentes são atribuídos ao fato de a estrada cortar uma área populosa de São
Gonçalo e ter um fluxo muito grande, sobretudo nos feriados.
— Por esse trecho passam 95 mil veículos por dia. Em São Gonçalo, as
margens da estrada são muito povoadas e tem muita gente que atravessa para
pegar o ônibus ou anda por ali de bicicleta. Conseguimos reduzir os atropelamentos
em 35% de 2011 para 2012, quando implantamos 13 passarelas e 25 quilômetros de
tela no canteiro central da rodovia. Isso direcionou o pedestre para uma
travessia mais segura — diz Edmundo.
O gerente de operações diz que embora o trecho apareça entre os mais
críticos no levantamento da Polícia Rodoviária Federal, a concessionária não o
considera o mais perigoso da área de concessão. A concessionária diz, ainda, que já enviou à Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT) um estudo dos pontos mais arriscados da estrada
para implantação de radares na rodovia. O estudo ainda depende de convênio
para ser implantado.
— Hoje o trecho que consideramos
mais complicado é o que ainda dá a possibilidade da colisão frontal, por não
ser duplicado, que vai de Rio Bonito a Campos — complementou Edmundo.
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