65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
sexta-feira, fevereiro 15, 2013
Composição etária no Brasil & algumas consequências
Atabela acima foi exposta e publicada pelo economista Fabio Giambiagi, em artigo no jornal Valor. A gente ouve falar que a população do Brasil está envelhecendo, mas não se dá conta do quanto.
Na tabela acima cuja fonte é o IBGE é possível ver que já, em 2030, daqui a apenas, 17 anos, teremos mais pessoas com 60 ou mais anos, do que de 0 a 14 anos.
Pela tabela também se vê que o chamado "bônus demográfico", que segundo Giambiagi "é a fase virtuosa durante a qual a proporção de população em idade ativa aumenta como fração da população total, ensejando condições para um aumento da produtividade por habitante. Isso em parte é verdade, como se nota na tabela, que indica que o grupo de 15 a 59 anos irá aumentar seu peso na população até 2020".
Analisando a composição etária de qualquer população que "crianças e adolescentes" e "idosos" constituem grupos que dependem de serem sustentados pela População Economicamente Ativa (PEA).
Segundo Giambiagi, do ponto de vista fiscal a composição entre crianças e adolescentes de um lado e idosos de outro faz toda a diferença, por uma razão simples: enquanto os indivíduos que compõem o primeiro grupo são "pagos" pelas famílias (os pais), quem paga as aposentadorias e as pensões é o Tesouro.
Desta forma, o peso crescente das despesas previdenciárias no "bolo" do total do gasto é um fenômeno que já está se verificando e não irá esperar pelo fim do chamado "bônus demográfico".
A discussão sobre o que fazer não é simples. Envolve também e cada vez mais a necessidade do bom uso dos recursos do Tesouro, porque, o dinheiro que cuida da saúde é o mesmo que poderá pagar aposentadorias e pensões.
O aumento da idade da expectativa de vida cada vez que sobe, mostra a evolução de uma sociedade e de sua qualidade de vida, mas também (maquiavelicamente) aponta um aumento de gasto do Tesouro para manter as aposentadorias.
Enfim, a tabela acima, de um lado anima um cinquentão como este blogueiro, expectativa média de vida, mas, de outro, deveria espantar a todos para saber como esta conta fechará.
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Um comentário:
Será que a grande falácia do governo PT, de que a previdência gera déficit, te contaminou? Ainda não existe esse "peso" dos idosos nas despesas do Tesouro, mas sim, mau gerenciação das receitas (por desvios, aplicações em outros setores...) e Falta de fiscalização das leis trabalhistas.
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