Uma unidade seria carvão (2.200 MW) e teria poucas chances de viabilização já que o governo federal, através do Operador Nacional do Sistema (ONS), não tem aberto possibilidades de participação de projetos usando energia oriunda do carvão. A outra unidade, maior de 3.300 MW, seria movida a gás e depende da produção de gás por parte da empresa de óleo e gás do grupo, a OGX.
Comenta-se ainda sobre um projeto de geração eólica no Complexo do Açu, mas, este projeto nunca foi apresentado e nem submetido a licenciamento.
A ausência de geração de energia elétrica no Açu, gerou a implantação de uma rede de transmissão de energia elétrica de 345 KV que está em construção. Até lá a energia necessária que não é possível obter com a rede existente, que é limitadíssima, está sendo suprida com contratações de grandes geradores de energia elétrica, junto a empresa especialista na área a Agrecco.
Além da área de montagens industriais do estaleiro da OSX que está sendo suprido por grupo de geradores instalados em contêineres, os alojamentos da espanhola Acciona também estão recebendo energia elétrica dos geradores.
O grupo EBX espera que com a construção de uma das Unidade Termelétricas, a rede de energia sirva, não mais para suprir o Complexo do Açu, mas, para levar o excedente de energia elétrica gerada no Açu, para ser interligado ao sistema nacional através da própria conexão em uma das subestaçõess de Furnas em Campos.
A hipótese da aquisição da MPX pela alemã E.ON. serviria para o grupo EBX fazer caixa e conseguir fechar a construção do porto, do estaleiro e avançar na exploração de petróleo em nosso litoral.
De todas as empresas da holding EBX, a MPX e a OGX são ativos já operacionais e portanto, em situações um pouco diferente das demais. A entrada da E.ON. no negócio do Complexo do Açu pode ser uma tentativa do grupo EBX, em ampliar os recursos e reduzir as desconfianças do mercado e, ainda, de quebra, ampliar as chances da Petrobras, necessitadas de bases de apoio às operações offshore fechar algum negócio de forma direta ou intermediada pelo BNDES.
Acompanhemos os desdobramentos. Leia abaixo a matéria divulgada há pouco pelo Valor Online:
EBX e E.ON silenciam sobre rumor de venda de
controle da MPX
RIO - A holding EBX, controlada pelo empresário Eike Batista, e a E.ON não comentam oficialmente o rumor sobre a compra pela alemã do controle da empresa de energia MPX. Segundo a coluna Radar Online, de Lauro Jardim, na revista “Veja”, Eike teria colocado o controle da MPX à venda, e a E.ON seria a compradora preferencial, por já possuir participação na empresa.
Procurada pelo Valor, a holding E.ON informou que, “de acordo com as diretrizes gerais da companhia”, não comenta esse tipo de publicação. A EBX e a própria MPX também informaram que não vão se pronunciar sobre o assunto.
Em reunião realizada em 30 de janeiro, durante a apresentação dos resultados anuais, a diretoria da E.ON disse que pretende fazer injeções de capitais no Brasil para atingir o crescimento orgânico dos seus negócios no país.
Em janeiro de 2012, a MPX e a E.ON firmaram um acordo que previa a entrada da alemã no capital social da empresa e a criação de uma joint venture (50%/50%) para desenvolver projetos de geração de energia no Brasil. Na ocasião, a E.ON assumiu 10% de participação na companhia. Em julho, a alemã aumentou sua participação para 11,7%, em decorrência da subscrição de ações ordinárias da MPX, em processo de aumento de capital.
Em dezembro, MPX e E.ON previam negociar cerca de 150 MW de energia eólica no leilão de energia, mas desistiram devido ao baixo preço fechado na licitação.
Às 11h30, o papel ON da MPX (MPXE3) registrava queda de 1,73%, negociado a R$ 10,20."
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