Abaixo a nota recebida por email por este blog desmentido a matéria de O Dia Online (aqui):
"MST afirma que nenhum militante está sofrendo ameaça de morte em Campos"
"Diferente do que consta em matéria publicada no jornal O DIA, do dia 17 de janeiro, (“MST retira líderes ameaçados de morte em Campos”), o movimento esclarece que não retirou nenhuma liderança da região. “O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tem informações de que pessoas saíram do acampamento, mas não foi iniciativa do movimento retirá-las. Há um clima de insegurança e medo pelos últimos acontecimentos. É normal que as famílias queiram sair de lá”, explicou o dirigente estadual do MST, Marcelo Durão. No momento, nenhum assentado está correndo risco de vida ou "marcado para morrer" como afirmou a publicação.
De fato, os dois brutais assassinatos de trabalhadores rurais do Assentamento Zumbi dos Palmares geraram clima de insegurança na área rural de Campos dos Goytacazes. Líder do acampamento Luís Maranhão, localizado na Usina Cambahyba, o assentado Cícero Guedes foi executado com dez tiros em uma emboscada no dia 26 de janeiro. Dias depois, a também assentada Regina dos Santos Pinho foi encontrada com um lenço amarrado no pescoço em sua casa.
O MST também rebate a informação de que militantes estejam integrando o Programa de Proteção à Testemunhas do governo federal. Uma equipe com membros do governo estadual e do governo federal estiveram no Acampamento Luis Maranhão, localizado na Usina Cambahyba para apresentar o programa e ouvir as famílias, mas, até o momento, não há nenhum inscrito no programa. “O MST ainda está tomando conhecimento do programa, mas oficialmente não há ninguém que esteja recebendo essa proteção. Claro que o MST não se furta em apoiar e articular mecanismos de proteção a qualquer pessoa e família que se sinta ameaçada”, disse a dirigente estadual, Marina dos Santos.
"Nossos acampamentos e assentamentos visam melhores condições de trabalho e de vida, ou seja, buscar a dignidade das famílias. Fazemos uma luta contra o latifúndio e o trabalho escravo. Os governos federal e estadual e municipal ignoram os acampamentos porque dizem que se trata de uma relação irregular. Portanto, há uma ausência e descaso do poder público. Só o MST é capaz e se dedica a organizar as pessoas para que enfrentem essa situação de pobreza, de exclusão social. Nós buscamos conquistar direitos básicos, como casa, lugar para dormir e comida”, explicou a dirigente estadual, Amanda Matheus."
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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