Mênfis no antigo Egito, 3.100 a.C. era a cidade mais populosa do mundo, com população estimada em 20 mil habitantes. Depois, Acádia, na Mesopotânia, atual Iraque, em 2.240 a.C. chegou a 30 mil pessoas e eram considerada metrópoles. Depois de Cristo, Roma (25 d.C. 450 mil habitantes) , Constantinopla (340 d.C. 400 mil - mapa ao lado), Bagdá (ano de 775 com 1 milhão de habitantes).
Interessante observar como a concentração de pessoas na urbe começa naquela época no oriente e retorna agora com as megacidades asiáticas no Japão e na China.
O inchaço das cidades e o esvaziamento das áreas rurais é um fenômeno mundial, reflexo do avanço da tecnologia e da modelo econômico de acumulação capitalista. A metropolização e conurbação (cidade entrando nas outras) também se ampliam.
Vale ainda perceber que a facilidade nas comunicações poderiam permitir mais facilmente a fixação das pessoas em áreas menos adensadas, mas, não é isto que vemos.
Não se pretende esquecer que a atração das cidades seja muito grande para as pessoas. Em agosto de 2003 escrevi um artigo "O que é uma cidade?" (veja aqui) em que já comentava: "A cidade e seu centro urbano é um atrativo permanente para o homem porque se constitui em um ambiente que concentra os prazeres das festas, das conversas nas ruas, nas praças, nas escolas, nas igrejas e nos bares. É a troca entre pessoas que marca o ambiente de uma cidade."
Não se pretende esquecer que a atração das cidades seja muito grande para as pessoas. Em agosto de 2003 escrevi um artigo "O que é uma cidade?" (veja aqui) em que já comentava: "A cidade e seu centro urbano é um atrativo permanente para o homem porque se constitui em um ambiente que concentra os prazeres das festas, das conversas nas ruas, nas praças, nas escolas, nas igrejas e nos bares. É a troca entre pessoas que marca o ambiente de uma cidade."
Porém, historicamente, o espaço urbano com os projetos habitacionais gigantescos, a especulação imobiliária, foi transformando nosso modo de vida. Nas metrópoles, grandes e até nas média cidades, como a nossa, apenas um metro quadrado, chega a valer R$ 5 mil ou até mais. No Rio de Janeiro, um metro quadrado ultrapassa o absurdo de R$ 10 mil, R$ 15 mil, etc.
Engana-se quem pensa que tudo isto acontece por acaso e não por um processo histórico. Há quem acredite, ou fature, com a história da famosa mão invisível do mercado. Fato é que o ser humano foi sendo manipulado, teve alterado o seu modo de pensar e de viver, gerando demandas antes não imaginadas. Neste processo, é fácil entender como surgem nas metrópoles os megaeventos como a Copa e as Olimpíadas e outros projetos.
Enfim, numa quarta-feira de cinzas, observando, mesmo que de passagem, a história da evolução das cidades, é possível intuir o processo histórico e navegar nas reflexões para estimar o futuro que será construído da forma que hoje estabelecermos.
PS.: Atualizado às 15:30: Para pequena ampliação do texto.
PS.: Atualizado às 15:30: Para pequena ampliação do texto.
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