Nova classe média demanda serviços
O número já é conhecido. De 2002 a 2012, a classe média brasileira ganhou 37 milhões de novos participantes, pessoas que deixaram de apenas sobreviver para se tornar consumidores. Esse fenômeno, porém, ampliou a demanda por serviços em cerca de 33%, segundo levantamento do Data Popular. Uma década atrás, a classe média gastava 49,7% de sua renda com serviços. Neste ano, a expectativa é que essas despesas cheguem a 66,3% dos rendimentos.
"Os reajustes no salário mínimo, o aumento e a formalização do emprego levaram a esse cenário", diz o sócio-diretor do Data Popular, Renato Meirelles. Entre 2002 e 2012, o salário mínimo subiu 172,5%, superando de longe a inflação no período, de 76,6%. O resultado foi um ganho real de 54,3% nesse intervalo, que influenciou os acordos salariais, principalmente das categorias de menor rendimento.
A PNAD mais recente mostra que, de 2007 a 2011, o aumento salarial real dos 20% da população com menor renda foi de 36,8%, ao passo que o reajuste para os 10% mais abonados foi de 7,9%. Ou seja, quanto menor o salário, maior foi o reajuste."
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