As cinco empresas de capital aberto da holding EBX (MMX, OGX, MPX, LLX e OSX) tinham dívida líquida consolidada de R$ 15,8 bilhões, pelos balanços do terceiro e do quarto trimestres de 2012, segundo o Valor Data. A posição do caixa no fim de 2012 era de R$ 8,3 bilhões. O valor de todas essas ações está abaixo de quando estrearam em bolsa. Uma preocupação no mercado é que o empresário teria contraído empréstimos como pessoa física nos bancos privados e dado ações de suas empresas em garantia. Diante das quedas de sua blue chip - só em 2012 a OGX desvalorizou 67,84% -, ele teria renegociado as garantias, mas estaria difícil conseguir novas linhas.
Procurado, Eike Batista não se manifestou. Por e-mail, o grupo EBX informou estar "capitalizado, com recursos suficientes para garantir a execução dos projetos desenvolvidos" e com "funding substancialmente equacionado para os próximos anos". Fonte do BNDES diz que o empresário tem ativos para vender e pagar seus empréstimos, o que já começou a fazer.
PS.: Atualizado às 12:30: Com dados de outra matéria do Valor sobre o mesmo assunto:
"O BNDES tem sido fonte permanente de dinheiro para sustentar os projetos da EBX, em especial a partir da crise financeira de 2008, quando houve restrição de linhas de crédito privadas e as bolsas fecharam as portas para novos IPOs (ofertas públicas iniciais de ações). Desde que Batista listou a sua primeira empresa na bolsa brasileira, a mineradora MMX, em 2006, até o estaleiro OSX, em 2010, o empresário levantou, via IPOs, R$ 13,6 bilhões, conforme dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Batista captou no BNDES quase R$ 10 bilhões desde 2005. Os maiores aportes do banco ao grupo, de R$ 4,1 bilhões e de R$ 2,7 bilhões, ocorreram em anos de crise, 2009 e 2012, respectivamente. Em 2009, foram feitas as maiores operações do empresário com o banco, com destaque para financiamento de R$ 1,3 bilhão para a LLX no porto do Açu (RJ) e de R$ 1,4 bilhão para a termelétrica de Pecém (CE). Em 2012, a maior operação aprovada pelo banco para o grupo foi de R$ 1,3 bilhão para a OSX".
PS.: Atualizado às 12:30: Com dados de outra matéria do Valor sobre o mesmo assunto:
"O BNDES tem sido fonte permanente de dinheiro para sustentar os projetos da EBX, em especial a partir da crise financeira de 2008, quando houve restrição de linhas de crédito privadas e as bolsas fecharam as portas para novos IPOs (ofertas públicas iniciais de ações). Desde que Batista listou a sua primeira empresa na bolsa brasileira, a mineradora MMX, em 2006, até o estaleiro OSX, em 2010, o empresário levantou, via IPOs, R$ 13,6 bilhões, conforme dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Batista captou no BNDES quase R$ 10 bilhões desde 2005. Os maiores aportes do banco ao grupo, de R$ 4,1 bilhões e de R$ 2,7 bilhões, ocorreram em anos de crise, 2009 e 2012, respectivamente. Em 2009, foram feitas as maiores operações do empresário com o banco, com destaque para financiamento de R$ 1,3 bilhão para a LLX no porto do Açu (RJ) e de R$ 1,4 bilhão para a termelétrica de Pecém (CE). Em 2012, a maior operação aprovada pelo banco para o grupo foi de R$ 1,3 bilhão para a OSX".
3 comentários:
So que a materia tem um erro fundamental: a LLX nunca teve IPO, ela foi um desmembramento da MMX.
Caro Roberto,
Uma leitura mais aguçada desta e de toda recente conjuntura do grupo EBX certamente nos leva a conclusões preocupantes.
Ao cotejar o nível de endividamento (inclusive aqueles ainda não contabilizados, tal como a recente multa de quase R$ 4 Bilhões em face da MMX e do grupo EBX), o baixo volume de capital de giro circulante e ainda atual baixo valor de mercado da LLX, da MMX e da MPX, muito me preocupou como é frágil e muito exposta a riscos a saúde financeira do grupo responsável pelo maior projeto estruturante do Norte Fluminense.
Torço muito pela revitalização da região, mas a depender desse quadro altamente especulativo, somado a toda margem de ações políticas populistas que rondam a região, tenho dúvidas de como ou quando a mesma se efetivará.
De certa forma, parte da culpa está no próprio empreendedor que levou prematuramente sociedades e projetos pré-operacionais ao mercado, sem oferecer suficientes dados fundamentalistas e garantias da execução de seus planos.
Por outro lado, a região tentou se agarrar ao projeto como uma tábua de salvação, como justificativa para especulações em diversos campos. E assim a bendita especulação tomou conta do mercado imobiliário, de algumas opções políticas, da preguiça, fadiga ou omissão em fomentar outros projetos estruturantes. A resposta e justificativa para quase tudo está no Porto.
Afinal, precisamos lucrar muito com nossos imóveis. E não precisamos melhorar nossos serviços para lucrar. E também não precisamos de políticas públicas efetivas. Ora, temos o Porto. E, ademais, ainda temos os royalties .
Com a crise, a mudança de paradigmas e a aversão ao risco, o quadro mudou um pouco e todos investidores querem lucros e dados concretos, os quais, passados quase cinco anos, ainda não existem ou são nebulosos.
Em boa medida, penso que esses embaraços e vicissitudes nos convidam a analisar e repensar o modelo de econômico regional. Talvez, o maior Complexo Portuário das Américas não seja suficiente para equacionar os nódulos econômicos e sociais regionais, até pq esse não é o objetivo do grupo econômico.
Recuperar a credibilidade da Região e do Empreendimento não acontecerá com discursos e bravatas, mas sim com uma forte re-engenharia , com ações e com resultados. Como costuma dizer o nobre bloguista: “a conferir”.
Att.,
Tácio R. Rolim de Moura
A situação inspira cuidados e ações de apoio ao GRUPO EBX. As obras em questão, tem como base um projeto de desenvolvimento interno muito importante para o Brasil! A visão do EIKE não é só gerar desenvolvimento de suas empresas é também gerar melhores condições de nos estados, cidades, localidades e comunidades pelo Brasil a fora. Sendo assim, o grupo EBX precisa de apoio do governo para que a normalidade e saúde financeira do GRUPO EBX se recupere. O GRUPO EBX e o EIKE merecem respeito e credibilidade pela experiência,tempo e honestidade com visão empreendedora.
Alexandro Vieira Gomes
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