O aterro hidráulico com a areia retirada do fundo do mar, através de dragagens (imagens abaixo) para a construção do canal de atracação para os terminais TX-1 (ponte - offshore) e TX-2 (o onshore - no continente) do Porto do Açu, seria um dos dois fatores a contribuir para a salinização das águas e do solo da região do Açu, identificada em pesquisas da Uenf, confirmada depois pelo Inea e, reconhecida pelo próprio grupo EBX. A salinidade teria subido a níveis entre 5 e 7 vezes à da água do Paíba do Sul.
Outro fator contributivo para a salinização que atingiu o solo seria provocado pelo canal do TX-2 de acesso ao estaleiro (mostrado em imagens no dia 19-03, aqui neste blog), onde a penetração da água do mar nos lençóis freáticos e no solo da região, provavelmente, se deu através da comunicação com a água do canal Quintigute. Supõe-se que através do uso desta água (salinizada) para irrigação, também se salinizou o solo, infertilizando-o e inviabilizando a atividade rural (agrícola e pecuária) em extensa área com risco definitivo de desertificação.
O blog vai apresentar abaixo algumas fotos que mostram a forma e a extensão do aterro hidráulico previsto para ser feito em toda a área de ocupação do porto e das atividades industriais do Complexo do Açu.
Além de espanto, naturalmente, se argui, o motivo deste aterro hidráulico ter sido estendido às margens da Lagoa do Iquipari, já nos limites da Fazenda Caruara, área que o Inea determinou, no processo de licenciamento ambiental das atividades produtivas do Complexo do Açu, que fosse reservada à uma unidade de conservação ambiental, do tipo RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural).
O flagrante da situação da proximidade do aterro com as margens da Lagoa de Iquipari, pode também ser vista com a foto, enviada ontem, pela própria Assessoria de Imprensa da LLX, acompanhando um release de plantio de vegetação de restinga nesta reserva de cerca de 4 mil hectares.
Os limites do atero hidráulico e os riscos que pode representar para o restante das terras agricultáveis |
Infelizmente, esta imagem que pegou a estrutura do helicóptero, mas, com ela se tem uma dimensão da grandiosidade do aterro ao se comparar os caminhões movimentando carga em meio ao areal. |
Outro lado dos limites da extensão do aterro hidráulico |
Com esta imagem se pode ver mais nitidamente como o aterro hidráulico encosta nas margens da Lagoa de Iquipari |
A draga em alto mar, a cerca de 2/4 quilômetros da entrada dos terminais TX-1 e TX-2 à direita da imagem |
PS.: Atualizado às 17:22 para acrescentar mais uma foto à postagem.
4 comentários:
141O importante são os empregos que estão sendo gerados. Empregos , mais empregos, este país precisa de empregos, de desenvolvimento.
Roberto
Esta mensagem enviada ao Garotinho não precisa ser divulgada; apenas é uma forma de me proteger. Em outro momento, divulgarei os fatos com pormenores,como forma de denunciar como agem para calarem as pessoas.
Garotinho
Vou contar um fato que você o conhece bem, pois além de me conhecer bem, eu já o relatei anteriormente.
Diz respeito ao processo administrativo que sofri por conta da denúncia feita por Janaína Tostes (administradora da unidade de Custodópolis, indicada pelo vereador Albertinho e que você e rosinha a mantiveram, enquanto ela fez 2 denúncias contra mim, devido ao fato de eu não querer realizar consultas para a campanha política do vereador). O Paulo Hirano, secretário de saúde da época, fez 4 pedidos para a transferência dela da unidade e você e rosinha a mantiveram até que a substituíram pelo sobrinho do vereador, o senhor Alan Castilho, que, inclusive, continua na unidade até hoje. Qual a razão de estar escrevendo isto agora: primeiro, porque já lhe relatei isto anteriormente e na época nada foi feito (inclusive a Janaína disse que tinha total apoio seu, do vereador albertinho e da rosinha para fazer o que fez); segundo, o que estou lhe escrevendo está na rede da internet e é uma forma de me proteger; terceiro, porque estou sofrendo um outro processo, feito pela mesma pessoa e da mesma época: acusam-me de ser conivente com um médico que encaminhava os paciente para sua clínica. Trabalho em Custodópolis há 12 anos, todos me conhecem e sabem que nunca faria isso. Estou sofrendo acusações por uma pessoa que fazia campanha política para o vereador Albertinho, com total apoio de vocês,às custas de consultas e remédios, uma prática que sempre condenarei. Sou Vera Marques, pediatra e nos conhecemos há 25 anos. Você sabe quem eu sou.
Isso sim que é impacto ambiental em,uma área de restinga totalmente aterrada dessa forma,algum tipo de vegetação poderá ser plantada em cima disso? Dizem que além do calor infernal que virou essas áreas, quando venta os trabalhadores se sentem como se em um deserto tivessem.
Tiram isso é uma obra gigantesca e que deverá mudar os rumos da região, pena que boa parte da população que lá vive não fará parte dessas mudanças.
Em meio a terras improdutivas, verdadeiros oásis de exploradores de terras, enfim... o desenvolvimento, graças a Deus !
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