O diretor de Formação do Sindipetro-NF, Luiz Carlos Menonça encaminhou ao blog a denúncia abaixo:
“Trabalho escravo na Bacia de Campos”
“Companheiros(as), é com muita tristeza que venho mais uma vez utilizar este espaço, pois o " copo" transbordou, chegamos ao cumulo de termos hoje nas seguintes plataformas da UO-RIO (P-38,P-40,P-52,P-53,PRA-1) CERCA DE 250 TRABALHADORES(AS) da antiga empresa de hotelaria DALL, sem salário desde Janeiro, Fevereiro, Março. O que podemos chamar este tipo de coisa? ACIDENTE? INCIDENTE? INCOMPETÊNCIA? MÁ FÉ? Estou até agora sem saber definir o que está ocorrendo.
Desde o ano passado esta empresa vem apresentando sinais que não iria até o final do contrato, com falta de material básico, de higiene e limpeza , chegando até mesmo faltar comida como foi relatado por diversas vezes no site através de denuncias dos trabalhadores das plataformas supra citadas. Acontece que a Petrobras no ultimo dia 15/03/2013, rompeu o contrato com a Dall, retendo um percentual das 3 últimas faturas, quem vai atuar nestas Unidades Marítimas é a empresa, Gastroservice, mas precisamos de alguns esclarecimentos:
Qual Gerente deixou chegar a este ponto?
Quem vai pagar os salários atrasados e a rescisão dos trabalhadores?
Esta empresa Dall ainda tem contratos com a Petrobras?
Na nossa Constituição temos diretos e deveres, aos quais temos que ter conhecimento, pois estes Pais e Mães de famílias que trabalham neste segmento de hotelaria em nossas Plataformas há muito já vem sendo explorados, seja pelos baixos salários, diferenciação de escala de trabalho, falta de representação sindical que de fato os representem, mas eles(as) trabalham a cada embarque/desembarque, sempre com dignidade e na busca de melhores condições de vida para suas famílias acreditando estar trabalhando (prestando) serviço para a tal "FAMOSA PETROBRAS"?
Mesmo não representando estes trabalhadores(as) o SINDIPETRO-NF, esteve ao lado e denunciando e cobrando da Petrobras uma resposta objetiva para estes "heróis" e "heroínas", pois eu não me vejo sem um mês de pagamento ,imaginem estes guerreiros.
Saliento também que o trabalho escravo esta explícito, pois cadê os pagamentos? O reconhecimento do trabalho prestado.
Precisamos nos indignar com este tipo de situação que passa os trabalhadores terceirizados da Bacia de Campos, pois é lamentável que muitas das vezes os "Gerentes dos contratos " ´só vem a fazer algo no final, quando de fato os trabalhadores já estão sem nenhum SALÁRIO..... há três meses.
Que a Petrobrás, faça de fato os devidos pagamentos dos salários e a rescisão destes trabalhadores(as), e cobre na justiça da empresa devedora Dall o que lhe é devido, pois nestes três meses a produção de óleo e gás das Plataformas(P-38/40/52/53/PRA-1) não pararam dia nenhum, o que significa que a mas valia de fato ocorreu, por tudo isto devemos dar um basta no Trabalho Escravo Na Bacia de Campos.
Luiz Carlos Mendonça (1/2 kg) - Diretor do Dep. de Formação do Sindipetro-NF.”
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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