segunda-feira, março 25, 2013

Fábrica de tecidos em Campos, símbolo de outra e diferente época

Uma singela e antecipada homenagem pelo 28 de março em Campos. Do acervo do blog "Campos dos Goytacazes em fotos". O texto e as fotos da "extinta Companhia de Fiação e Tecelagem Campista, mais conhecida como A Campista, foi fundada por Francisco Saturnino Braga, que chegou ao Brasil ainda menino, vindo de Portugal, no século XIX.

"Francisco estabeleceu-se em Campos dos Goytacazes (RJ), onde se casou, teve doze filhos e iniciou a família. Grande empresário do setor canavieiro Saturnino Braga implantou também a primeira fábrica de tecidos da região, em 12 de março de 1885, no bairro da Lapa. Francisco é trisavô de Roberto Saturnino Braga, que foi senador pelo nosso estado do Rio de Janeiro.

Homenagear a cidade pelo viés do trabalho, mesmo que na época, infantil, insalubre e de alta sobrecarga de horas, é relembrar e valorizar a classe operária produtora de riqueza, em nossa planície que nas duas últimas décadas, de forma especial virou rentista, não pelo trabalho, mas, pela geografia.




















PS,: Atualizado às 23:52 de 28 de março de 2013: para incluir a imagem da propaganda sobre a compra de algodão publicada pela fábrica na edição do Almanak da Indústria, Comércio e Agricultura de Campos em 1884/1885:


5 comentários:

Armandao.com disse...

Meu avô , Armando Ribeiro trabalhava nesta fábrica, acho que era o capataz, minha vó Marianinha, Mãezinha como todos carinhosamente a chamávamos morava a tinha um pensão em uma casa, bem ao meio dos prédios da Fábrica de tecido, e atendia a todos, mesmo os que ficaram a míngua, quando esta gigante d abeira rio adormeceu suas engrenagens, minha mãe, Maria da Glória Ribeiro na época,pode ser uma destas jovens á frente das fiandeiras. Quando Criança, gastei muito de minhas energias, correndo entre a casa de meus avós a casa de Mercedes, que triaram de lá pra dar lugar o prédio do BANERJ, a casa de Seu Tacinho na Rua do Braga, as escapulidas para uma pelada no Campo do Futurista, de onde por um buraco no muro, alcançávamos o Campo do Rio Branco, onde o Tio Waldo Pessanha comandava a rapaziada, depois completava a corrida na Beira Rio, para ver o Tio Detino pescar Robalões no varão. Minha humilde história, metade vem das cercanias da velha Fábrica,daí minha paixão por pesca e pela bola e principalmente pelo Rio Paraíba do Sul, meu grande companheiro de alegrias e desventuras aquáticas e minha grande preocupação. Obrigado Amigo Roberto pelo presente. Se tiver outras compartilhe com a gente. Mais maravilhosas recordações virão. Mande todas, Pois que só de alegrias eu saberei chorar.

Roberto Moraes disse...

Bacana ZÉ Armando, o seu depoimento.

Ele dá vida às imagens e aponta o que está por detrás delas. Gente, vida, identidade, cultura, etc.

Vamos perseguir outras imagens e histórias emocionantes como esta sua.

Abs.

Anônimo disse...

Boa tarde! Parabéns pelo blog.
Estou em busca de informações da fábrica "A Campista", especificamente as condições da fábrica e do encerramento dela. Saberia me dizer onde consigo mais informações sobre a tecelagem? Teria algum telefone para contato?
Obrigado!

Roberto Moraes disse...

Estas informações estão no Almanak citado.

É possível que encontre outras informações no Arquivo Público ou Museu de Campos.

Além disso, o melhor contato em questões de patrimônio de Campos é o professor Leonardo Vasconcelos.

Liga Campista de Desportos disse...

Precisava do historico de funcionarios da epoca para aposentadoria da minha mae que trabalhou la, se alguem sabe de alguma coisa me informa: leodogato777@hotmail.com