Via celular.
PS.: Atualizado às 15:14: Esta postagem feita pelo celular de uma imagem feita do alto de um dos prédios da UERJ é consequência de ter lembrado de outra postagem que fiz em dezembro do ano passado questionando o absurdo e a agressão que os novos camarotes do Maracanã produziam. (Veja aqui)
O assunto me veio à tona ao ler que o ingresso para as semifinais do Campeonato Estadual custaria R$ 80. Assim, ao passar em frente às obras como tenho feito semanalmente fico me perguntando se aqueles operários, mesmo os mais qualificados vão poder assitir a algum jogo no estádio reformado. Isto faz lembrar aquela música que não me lembro a autoria mas que é cnatada pelo Zé Geraldo e depois pelo Zé Ramalho:
...
Tá vendo aquele edifício moço
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição
Eram quatro condução
Duas prá ir, duas prá voltar
Hoje depois dele pronto
Olho prá cima e fico tonto
Mas me vem um cidadão
E me diz desconfiado
"Tu tá aí admirado?
Ou tá querendo roubar?"
Meu domingo tá perdido
Vou prá casa entristecido
Dá vontade de beber
E prá aumentar meu tédio
Eu nem posso olhar pro prédio
Que eu ajudei a fazer...
Tá vendo aquele colégio moço
Eu também trabalhei lá
Lá eu quase me arrebento
Fiz a massa, pus cimento
Ajudei a rebocar
Minha filha inocente
Vem prá mim toda contente
"Pai vou me matricular"
Mas me diz um cidadão:
"Criança de pé no chão
Aqui não pode estudar"
Essa dor doeu mais forte
Por que é que eu deixei o norte
Eu me pus a me dizer
Lá a seca castigava
Mas o pouco que eu plantava
Tinha direito a comer...
Tá vendo aquela igreja moço
Onde o padre diz amém
Pus o sino e o badalo
Enchi minha mão de calo
Lá eu trabalhei também
Lá foi que valeu a pena
Tem quermesse, tem novena
E o padre me deixa entrar
Foi lá que Cristo me disse:
"Rapaz deixe de tolice
Não se deixe amedrontar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio, fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asa
E na maioria das casas
Eu também não posso entrar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio, fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas
E na maioria das casas
Eu também não posso entrar"
Hié! Hié! Hié! Hié!
Hié! Oh! Oh! Oh!
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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Um comentário:
Roberto, eu tenho 2 CDs do Luiz Gonzaga e ele canta esta música, que me soa muito triste.
Já não tenho a capa do álbum duplo, mas acredito ser de autoria dele mesmo.
Como ainda não abi todas as caixas da mudança para Juiz de Fora, pode ser que ainda a encontre e lhe aviso.
Concordo plenamente com sua opinião e não sei se está acompanhando o " dilema " das " cadeiras cativas " ( compradas há anos por torcedores que frequentam muito o Maracanã ): querem usufruir dos seus direitos na Copa e os representantes da Copa disseram que todo o Maracanã estará à venda de ingressos; ninguém entrará sem pagar. Ouviu algum comentário?
Boa noite e bom final de semana,
Rachel Bruno
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