AIC repudia demissão de jornalista da Inter TV
A
Associação de Imprensa Campista repudia com veemência a demissão do
jornalista Luiz Gonzaga Neto, que até a última terça-feira (16/04/13)
respondia pela edição e apresentação da edição noturna jornal local da
Inter TV e trabalhava há quatro anos na empresa.
Há consistentes evidências de que a demissão foi motivada pela veiculação de matéria que mostrou o fato de a Prefeitura de Campos dos Goytacazes adquirir de uma empresa privada, por meio de licitação, materiais didáticos que são oferecidos pelo Ministério da Educação (MEC).
Antes mesmo de a matéria ter ido para o ar, na noite da segunda-feira (15/04/13), houve reunião entre representantes da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Campos e a direção da Inter TV, onde a pauta foi discutida, sem a presença do jornalista.
No dia seguinte à exibição, na terça-feira (16/04/13), outra reunião entre a direção da TV e a Secom de Campos foi realizada, também sem a presença do jornalista. Na edição da noite da própria terça-feira, uma longa nota de resposta feita pela Secom foi lida pelo apresentador, que, em seguida, fez o comentário editorial de que, em resumo, o material escolar era fornecido pelo MEC, mas a Prefeitura de Campos havia escolhido fornecer outro de melhor qualidade aos alunos da rede pública.
Na quarta-feira (17/04/13), o jornalista foi demitido, sem nenhuma justificativa formal por parte da empresa.
A Associação de Imprensa Campista vai enviar ofícios para a direção da Inter TV e para a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Campos dos Goytacazes para cobrar explicações sobre a demissão.
Na tarde de hoje, os VTs com a matéria e a nota de resposta da Prefeitura de Campos não estavam mais disponíveis no Portal G1.
A AIC entende que veículos de comunicação que prezam pela prática de um jornalismo de qualidade não podem se dobrar diante de pressões de fontes que são alvos de denúncias, muito especialmente quando estas fontes são do poder público. O papel de cobrar, e até mesmo a liberdade de opinar, são garantias constitucionais inegociáveis.
A entidade manifesta ainda toda a sua solidariedade ao jornalista Luiz de Gonzaga Neto e se coloca à disposição da categoria e da sociedade para prosseguir no debate e no acompanhamento deste caso.
Campos dos Goytacazes, 18 de Abril de 2013
Diretoria da AIC
Há consistentes evidências de que a demissão foi motivada pela veiculação de matéria que mostrou o fato de a Prefeitura de Campos dos Goytacazes adquirir de uma empresa privada, por meio de licitação, materiais didáticos que são oferecidos pelo Ministério da Educação (MEC).
Antes mesmo de a matéria ter ido para o ar, na noite da segunda-feira (15/04/13), houve reunião entre representantes da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Campos e a direção da Inter TV, onde a pauta foi discutida, sem a presença do jornalista.
No dia seguinte à exibição, na terça-feira (16/04/13), outra reunião entre a direção da TV e a Secom de Campos foi realizada, também sem a presença do jornalista. Na edição da noite da própria terça-feira, uma longa nota de resposta feita pela Secom foi lida pelo apresentador, que, em seguida, fez o comentário editorial de que, em resumo, o material escolar era fornecido pelo MEC, mas a Prefeitura de Campos havia escolhido fornecer outro de melhor qualidade aos alunos da rede pública.
Na quarta-feira (17/04/13), o jornalista foi demitido, sem nenhuma justificativa formal por parte da empresa.
A Associação de Imprensa Campista vai enviar ofícios para a direção da Inter TV e para a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Campos dos Goytacazes para cobrar explicações sobre a demissão.
Na tarde de hoje, os VTs com a matéria e a nota de resposta da Prefeitura de Campos não estavam mais disponíveis no Portal G1.
A AIC entende que veículos de comunicação que prezam pela prática de um jornalismo de qualidade não podem se dobrar diante de pressões de fontes que são alvos de denúncias, muito especialmente quando estas fontes são do poder público. O papel de cobrar, e até mesmo a liberdade de opinar, são garantias constitucionais inegociáveis.
A entidade manifesta ainda toda a sua solidariedade ao jornalista Luiz de Gonzaga Neto e se coloca à disposição da categoria e da sociedade para prosseguir no debate e no acompanhamento deste caso.
Campos dos Goytacazes, 18 de Abril de 2013
Diretoria da AIC
16 comentários:
Como que o Garotinho pode criticar a censura imposta ao blog dele se o que houve com o jornalista foi uma prática da mesma? Além do mais a rádio oficial (Diário FM) não coloca os ouvintes no ar e nem repassa perguntas "constrangedoras". Até hoje aguardo a resposta do questionamento feito quanto ao prazo de conclusão das obras da AV. Arthur Bernades e duplicação da rodovia do açúcar. Ninguém responde!!! Não seria isto censura?
Adilson (o Pessanha).
Boa noite,
Por favor,ajude a divulgar o evento organizado por nosso gabinete para que toda sociedade campista possa participar.
Obrigada.
Heloisa Serafim
Assessoria
Convite
O Vereador Fred Machado tem a honra de convidá-lo para participar da Sessão Especial,para falar sobre prevenção,abuso e combate ao uso de drogas lícitas e ilícitas em nosso município,a realizar-se no dia 25 de abril de 2013,às 9horas,no Plenário Álvaro Lopes Vidal,na Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes,Av.Alberto Torres,334-Centro.
Esperamos contar com sua prestimosa presença
Atenciosamente,
CARLOS FREDERICO MACHADO DOS SANTOS
Vereador
E-mail:fredmachado@camaracampos.rj.gov.br
Contato(22)21016330
Muito bem! O jornalista merece todo respeito. Afinal onde fica o direito expressão?
Roberto,
Peço perdão pela ignorância, mas sinceramente não consegui compreender, se puder, explicar, por gentileza.
A InterTv é afiliada da Globo, e a Globo, sabemos, odeia Garotinho e o sentimento é recíproco.
A InterTV em Campos é de propriedade do Grupo Folha da Manhã, família Abreu, etc. Como sabemos, eles também odeiam Garotinho e brigam constantemente.
Por que mandaram o jornalista embora então? O inimigo do meu inimigo é meu inimigo também? o.O
Abraços.
Caro Ralf,
É simples para entender desde que esteja disposto para isto.
As afiliadas são independente da Globo, em termos de produção local/regional.
O grupo que se refere não tem ingerência na TV. Eles possuem a fortuna de 1% da emissora de televisão.
É verdade que a televisão vinha se mostrando razoavelmente interessada em manter uma linha de relação com a sociedade e não com o poder.
Porém, tudo tem um limite e um valor.
Fato é que o secretário de Comunicação foi duas vezes na televisão e conseguiu o que queria: a demissão do jornalista.
O ato violento e "exemplar" de demissão tem a função de mostrar para os outros como a banda toca na mídia regional.
Há apreensão e tensão no jornalismo desta e outras emissoras de rádio e TV. A notícia não é o fato é a que interessa ao patrão.
Não é diferente na velha mídia impressa.
Fatos similares há aos borbotões nela, com dezenas de demissões de quem ousou informar contra os governos passados.
Pode mudar um pouco com os governos, porém, no máximo como falei na nota em apoio ao jornalista, seguindo o lema de criar dificuldades para negociar "apoios" institucionais nas rádios e jornais.
É como disse o caso é emblemático para se compreender a relação do poder com a velha mídia.
Também para isto servem os royalties que criaram o totalitarismo mineral.
Acompanhem com atenção outros fatos similares que virão à tona.
Roberto, seu último comentário tirou minha dúvida. Estava acompanhando o trabalho, realmente profissional da Intertv..mas agora...
Roberto,
Obrigado pela explicação.
Abs
Só a Dilma e o Lula toleram pagar para falarem mal deles. Se é da Folha qual é a surpresa?
Quem alisa cobra não pode reclamar da picada.
Não há uma lágrima sequer a verter pela demissão do apresentador do canal PIG local.
Como diz Mino Carta, o Brasil é o único país onde empregado jornalista chama patrão de colega!
Na Itália, ainda de acordo com Mino, patrões são proibidos por lei de ocuparem editorias ou quaisquer cargos em redações, e há todo um sistema de proteção ao jornalista para as "mudanças" oportuna$ de linha editorial que gerem demissões.
A Inglaterra concluiu seu Inquérito Levenson, que levou aos bancos dos réus, nada mais, nama menos que os executivos e donos de grupos de mídia, e agora discutem o tanto de regulação que farão sobre a ação da mídia.
Por aqui, os jornalistas de coleira, sabujos dos patrões, escrevem suas biografias, posam orgulhosos lado a lado, e se duvidarmos (não duvide!), servem até o cafezinho da patrão-editor-chefe.
Qualquer debate sobre controle social da mídia, brotam urticárias e brados retumbantes: CENSURA! CENSURA!
Dói a alma ler a "nota" da associação de imprensa local, incapaz, por todos os modos e motivos, de propor um debate sério sobre a promiscuidade entre mídia, governo e poder econômico.
Não podem! Afinal, parte deles se alimenta nos três cochos, em uma simbiose estranhíssima, até para os padrões brasileiros: Campos dos Goytacazes é uma das poucas cidades onde jornalistas dão expediente, ora nas redações, ora na secretaria de comunicação, e em alguns casos, como assessores de imprensa de grupos econômicos que mantêm relação contratual com os dois setores!
Então, diante de tudo isto, só podemos dizer ao jornalista: azar o seu!
Já em relação a promiscuidade de mídia, governos, só podemos dizer: azar o nosso!
O casal garotinho sempre foram ferrenhos críticos a qualquer governante, que não pertença a seu grupo político. Entretanto quando alguém principalmente da MÍDIA INDEPENDENTE, como é o caso do repórter da Inter TV,recentemente demitido, por pressões políticas, esse casal não aceita as colocações sobre suas condutas possivelmente irregulares, no comando da prefeitura.
Querem unanimidade em relação a todas as ações políticas da prefeita rosinha, mesmo que algumas delas, sejam muito suspeita.
Isso não é, democracia,mas sim,equivale-se, a uma copia fiel do auge da ditadura.
Repórter da InterTV independente?
Que tipo de piada é esta.
Ora, o casal de prefeitos só foi cobrar a conta: quem dá o pão, dá o castigo!
O jornalista sempre soube (e sempre se calou sobre o tema), e agora resolveu chutar o pau da barraca.
Resultado previsível.
Posar de mártir da liberdade de expressão é que não dá!
Vamos ver se ele vai publicar um blog contando todas as mazelas que presenciou na redação...será que vai?
Duvido...então, é bom ele pegar a multinha do FGTS, o seguro-desemprego e montar um "botequim de assessoria", quem sabe ele não consegue um contratinho com outra prefeitura da região?
Prezado Prof. Roberto,
Imagina se o Código de Defesa e Proteção do Consumidor fosse aplicado a certos prestadores de serviços jornalisticos que dão tais exemplos. Afinal, todo serviço deve veicular informações corretas, precisas, em lingua portuguesa, etc., exatamente, como não se vê em alguns casos, sem esquecer que a omissão da verdade sobre determinado fato de interesse público também se inclui no conceito de má prestação de serviço. Neste caso, o consumidor, ou o potencial consumidor, que é o público em geral, não estaria sendo flagrantemente lesado ? Não teria ele o direito à informação correta, clara e ostensiva do que acontece na realidade que o cerca ? E se isso não acontece, não teria o consumidor como obter o cumprimento da obrigação e/ou o direito equivalente a uma compensação finaceira ? Fica a pergunda para os "experts". Abç.
Gostei dos esclarecimentos do Douglas esse ficou claro sobre o jornalista , se é a secretaria de comunicação da prefeitura que paga a ele , ele foi denunciar o patrão?
Agora só resta a ele ficar famoso , abrir um blog , e contar tudo que sabe das pautas editadas pela TV DE COLEIRA?
Isso é Campos, um dia as pessoas desta cidade aprendem a votar...
e o o vida de gado povo marcado povo feliz já cantava o poeta a alguns anos atras.
Só hoje pude entrar na net para comentar sobre a demisao de Luiz Gonzaga Neto, Repórter e Editor de um noticiário local e que esta se deu devido a declarações sobre compra de livros didáticos por uma empresa privada por meio de licitação e o Ministério Público também oferecia o material.
Chegando à casa, assisti ao noticiário e vi que o Luiz não apresentou o programa, nem entrevistas externas e no fim do mesmo seu nome não estava nos créditos.
Poxa, estou chocado!
Estamos na Ditadura Mascarada! Tal máscara deve ser rosa.
Não se pode mexer com a "Família Real de Campos"?
Um profissional do gabarito do Luiz Gonzaga Neto ser demitido por falar a verdade é como voltar em 1964.
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