Depois de reduzir os juros chegando até o cidadão comum, o governo vê, a pressão do setor financeiro, não por acaso, sobre preços de tomates e outros, ser dito todo e repetido dia, que são os juros baixos e a demanda que produziram este aumento da inflação.
Este é o mantra interpretativo para obter novamente maiores taxas de juros. Quem ganha? Quem perde? Seja com a mudança da taxa de juros, com a política e a disputa pelo poder, seja com a cessão dos espaços de mídia para veiculação do mantra.
O caso da demissão do jornalista da InterTV em Campos é apenas mais um interessante ingrediente para aprofundar a reflexão sobre a "imparcialidade da mídia".
Foi por aí que cheguei ao texto de 1966 do filósofo e sociólogo francês Henri Lefebvre no livro "Para compreender o pensamento de Karl Marx", capítulo III, Ciência e Ação:
"As ideias aparentemente não políticas, podem ser mais perigosas e mais pérfidas que a relação declarada. É por isso que as classes dominantes emitem as suas ideias políticas sob aparências "neutras"
Diante da reflexão cinquenta anos depois não fica difícil compreender as aparências e as mistificações com que são produzidas as informações que viram fatos objetivos diante de análises que não precisam ser minuciosas. É bom que estejamos atentos, desconfiados e críticos a tudo e todos, ao invés da infantil e despolitizada crença das notícias que parecem neutras e imparciais.
PS.: Atualizada para pequenos acréscimos às 12:30.
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