Ha demandas por logística e por áreas estratégicas por parte da Petrobras como se pode identificar, porém, a forma institucional, como a empresa estatal poderá participar do Complexo do Açu é não apenas a questão principal das negociações, mas, também, o que isto poderá acarretar em termos de futuro para o Complexo do Açu.
É importante recordar que junto ao terminal TX-2, o estaleiro OSX e também no DISJB é que estão aquelas áreas obtidas (e a obter) em processos de desapropriações. A possível, e cada vez mais provável, confirmação da vinda da Petrobras para o Açu, significará de imediato a revalorização destas áreas que hoje, já garantem à LLX milhões de reais mensalmente com o seu aluguel à base de R$ 6/m², preço, três vezes superior ao recebido pelas melhores indenizações dos pequenos proprietários rurais.
Qual a participação a Petrobras teria então nesta rentabilidade e como trataria os problemas que estão tramitando na Justiça?
O DISJB, é uma Parceria Público Privada (PPP) entre o governo estadual, através da Codin e o grupo EBX, cuja contrato não é até hoje conhecido. A Codin entrou na PPP com a área e o grupo EBX com as benfeitorias, a serem construídas em infraestrutura (arruamento, fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, iluminação pública, comunicação, etc.).
Os principais projetos que eram previstos para o DISJB eram as siderúrgicas (Ternium e Wisco e as cimenteiras) que tiveram seus projetos suspensos ou adiados. Diante disto, resta a pergunta, será que o DISJB será mantido? Há um questionamento na Justiça da Asprim (Associação dos Proprietários Rurais, de Imóveis e Moradores do Açu) sobre a retomada desta área, em função de sua utilização ter sido adiada.
Não é difícil imaginar que a possível vinda da Petrobras para o Complexo do Açu, muda totalmente este cenário. Sendo assim, as condições contratuais, de aluguel de área, de participação na sociedade ou outra trará desdobramentos que devem ser levados em conta.
O blog fez todo este preâmbulo para trazer as informações abaixo que fortalecem a hipótese da decisão da Petrobras em vir para o Açu, como informamos aqui neste espaço desde setembro do ano passado.
Acervo do blog - Pela imagem é possível ver o problema do assoreamento dos terminais no Porto de Imbetiba -13/03/2013 |
Acervo do blog - Rebocadores aguardando (ou sem condições) de atracar no Porto de Imbetica em Macaé - foto de 13/03/2013 |
Pela imagem é possível ver como é limitada a área projetada para o Terlom, ente o adensado bairro de Lagomar e o início do Parque de Jurubatiba - Acervo do blog - 13/03/2013 |
4) Técnicos em logística e gerentes ligados à diretorias da empresas continuam estudando as alternativas de uso do Complexo do Açu, não apenas para uso do terminais (TX-2 e TX-2) para apoio às atividades offshore de exploração, mas, para localização de alguns projetos previstos pela empresa, que ficariam melhor instalados próximo ao litoral e mais distante das áreas mais adensadas.
5) A estatal tem preocupações e estuda os problemas técnicos enfrentados nas cravações das estacas da ponte do terminal TX-1, assim como, as questões relacionadas ao projeto de macrodrenagem do Complexo do Açu e também a salinização do solo, gerada provavelmente, como consequência do uso do aterro hidráulico e da abertura do canal do TX-2 que também serve ao estaleiro da OSX em construção.
Acompanhemos o andamento das negociações e da avaliação da Petrobras. Aqui nesta postagem de 4 de setembro de 2012 há mais pistas a serem seguidas. O blog voltará a tratar do assunto.
3 comentários:
Roberto, a PMCG está obrigando os funcionários e servidores a abrirem suas contas no Santander, conforme link: http://www.campos.rj.gov.br/exibirNoticia.php?id_noticia=17976 na própria página da PMCG. Até que eu saiba, a escolha do banco pode ser optada pelo servidor conforme Lei específica, correto? Isso vai ficar assim mesmo?
Tem um erro grosso de um provinciano campista("a petrobras tinha que ser em campos") que esta desinformado e consequentimente informando mal, o porto sera entre o barreto e o lagomar, e nao entre o lagomar e o parque....sao tres quilometros ao sul.....do parque tendo justamente o lagomar e seus 50 mil habtantes.......o que nao sai e barra do furado....vcs campistas tem que entender que macae que ira se sobrepor a toda regiao.....o açu e uma facada nas pretençoes falidamente egemonicas do povo da mui leal cidade de sao Salvador. Amo campos. Mais esta rebeldia sem causa que vcs trazem na alma so atrapalha uma voz unissonona do interior.....__regiao metropolitana de macae. E tendo a historicamente importante campos como sua a segunda mais inportante.... Quero ver ate aonde vai teu senço democratico.....professor?
Oh meu caro Rafael,
Esta postagem e análise refletiam um contexto há três anos. De lá para cá muita coisa mudou, para um lado ou outro.
Porém, o que permanece é a avaliação de que esta guerra de lugares e esta disputa provinciana entre municípios só interessa a quem quer está num jogo de disputa pelo poder local.
O que falava e mantenho é que a região peca por não ter uma visão de integração dos municípios, de complementariedade superando este discurso, de véspera de eleição de jogar um município contra o outro.
O reflexo disso é um organização dos municípios como a Ompetro que só se reúne para lutar contra alguma coisa e a perda dos royalties, mas não consegue construir nada coletivamente, entre os municípios da região. É bom que se diga que isto não se deve só a um ou outro gestor, mas a todos que já passaram pela liderança da organização.
Não há chance da região e o interior fluminense se estruturar para melhorar a qualidade de vida, sem uma visão integradora entre os municípios.
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