A principal reivindicação, sobre o atraso de salários e o pagamento das horas extras pendentes, pelo acordo ficou de ser resolvida num prazo de 24 horas. Ainda pelo acordo, as questões sobre plano de saúde, alimentação, desvio de função, novos pontos dos Recursos Humanos da empresa e outros, terão um prazo de até dez dias para a empresa solucionar.
Os participantes da reunião estão se dirigindo aos pontos das manifestações e das obstruções aos acessos ao Complexo do Açu para a obterem o fechamento do acordo por parte da categoria.
Comenta-se que o comando da EBX deu um ultimato à empresa espanhola Acciona guindada como a principal empresa organizadora (sobre este assunto leia aqui) e responsável pelas obras do Complexo do Açu, para resolver rapidamente as pendências, pelo receio da paralisação ampliar ainda mais o desgaste do grupo junto ao mercado.
PS.: Atualizado às 20:14: Mais detalhes das negociações no Valor Online:
Trabalhadores de obras do Porto do Açu decidem
encerrar greve
RIO - Os funcionários da empresa espanhola Acciona que trabalham nas obras do Porto do Açu, projeto da LLX em construção em São João da Barra, no norte do Rio de Janeiro, decidiram no fim da tarde de hoje encerrar a greve iniciada ontem. De acordo com Leandro Costa, advogado da Acciona, os funcionários já liberaram os acessos ao porto, que estavam fechados desde a manhã de ontem.
A expectativa é de que os funcionários voltem ao trabalho a partir de amanhã. A Acciona tem entre 1,5 mil e 2 mil funcionários trabalhando nas obras do porto. É a empresa que tem o maior pacote de obras no Açu, porto controlado pela LLX, empresa de logística do Grupo EBX, do empresário Eike Batista.
O presidente do Sindicato da Construção Civil do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro, José Carlos da Silva Eulálio, disse que ficou satisfeito com o resultado da reunião que levou ao fim da greve. Ele afirmou que, depois de quase quatro horas de negociações, ficou acertado que em 24 horas a empresa deverá quitar os três meses de salários atrasados e, em dez dias, cumprir o acordo de pagamento de hora extra e 25% de indenização sobre o salário de janeiro, além de oferecer plano de saúde extensivo às famílias dos trabalhadores.
“Agora, vamos ver o cumprimento da ação. Voltamos aos trabalhos amanhã, a partir das 7 horas. Se o que foi acertado não for cumprido, voltaremos à greve”, disse Eulálio.
(Rafael Rosas e Diogo Martins | Valor)
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