PMDB do Rio traça plano B para enfrentar
Lindbergh
A pressão que o PMDB do Rio vem fazendo para que o secretário de Segurança do Estado, José Mariano Beltrame, seja o candidato a vice na chapa do atual vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) em 2014 tem sido interpretada por integrantes do PT regional como positiva para a campanha do senador Lindbergh Farias (PT). Ao tentar a todo custo fazer com que o secretário ocupe o espaço de vice, o PMDB sinaliza que aceitou que o partido da presidente Dilma Rousseff terá mesmo candidato próprio.
Segundo o jornal "O Globo", o presidente regional do PMDB, Jorge Picciani, afirma que Beltrame teria aceito integrar a candidatura. Segundo Picciani, o próprio governador teria dito que o acordo já estaria fechado, depois de um ano de insistência. A assessoria do Beltrame negou ao jornal que o secretário tenha aceito participar das eleições.
O objetivo do PMDB é fortalecer a campanha de Pezão que, segundo pesquisas feitas pelos partidos ainda não decolou. Pezão estaria na casa dos 10% de intenções de votos, enquanto o deputado federal Anthony Garotinho (PR) lideraria a disputa, atualmente, com cerca de 25%, seguido por Lindbergh, próximo dos 20%.
Para integrantes do PT, no entanto, o fato de o anúncio ter sido feito por Picciani e não pelo próprio governador ou até pelo secretário significa que a candidatura de Beltrame ainda não é tão certa assim. "O positivo nesta história é a constatação de que o PMDB jogou a toalha de ter o PT como vice", afirmou um político do PT.
O próprio Lindbergh reconhece a força política de Beltrame. Tanto que no passado já chegou a dizer que o chamaria para integrar seu governo.
Lindbergh porém também tem um trunfo na manga para evitar que o PT desista de sua candidatura e ceda aos apelos do PMDB. Em viagem a Recife esteve com o governador Eduardo Campos (PSB). Os dois negam que conversaram sobre eventual troca de partido do senador, caso o PT force Lindbergh a abrir mão, pela segunda vez, de sua candidatura ao Palácio das Laranjeiras em prol da aliança nacional. Apenas os rumores de que isto possa acontecer, analisa um político petista, dão mais força para que a candidatura no PT seja mantida.
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