Há estudos de que no Brasil o Ensino à Distância (EaD) canibaliza cerca de 20% dos cursos presenciais nas escolas privadas. Em 2011 ingressaram na EaD 406 mil alunos, 22% a mais do que em 2010. Em 2005 eram 127 mil matrículas em EaD no país. Ou seja, em seis anos, quase 3,5 vezes mais matriculas.
Grupos privados de ensino superior com ações nas bolsas avançam nesta modalidade e dizem que há pouco menos de uma década, o público destes cursos eram pessoas de baixa renda e de cidades pequenas. Hoje, já não seria tão baixa renda e a EaD chegou às periferias das grandes cidades.
Mais do que atendimento a pessoas que moram distantes das faculdades e universidades, no mundo inteiro, a EaD se transformou numa alternativa pela flexibilidade de horários e também pelos menores custos.
Nas grandes cidades o tempo que se gasta com locomoção nos horários de pico entre o trabalho e a universidade, está sendo investido em estudos no próprio domicílio, em diferentes horários, conforme disponibilidade e interesse.
Os custos menores é um outro atrativo. Resta saber a qualidade da formação, as orientações de tutoria e as aulas e avaliações presenciais e também a pressão e a degradação e precarização do trabalho docente, com consequências de curto e médio prazos.
Assim, EaD pode ser solução, mas também problema, conforme o caso. Não é difícil intuir que neste campo há uma tendência de massificação e fortalecimento das corporações S.A. neste tipo de ensino que oferece mais rentabilidade por aluno e no atacado, como se faz, em outros mercados.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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2 comentários:
Negro, ex-presidente da Fundação Zumbi dos Palmares, o cantor João Damásio divulgou em rede social seu protesto contra a extinção da Fundação, que não consta do novo organograma da Prefeitura de Campos, aprovado pela Câmara dos Vereadores semana passada.
Uma notícia ruim, no mês da Abolição da Escravatura.
Carissimo Roberto, acabo de saber que a prefeitura de Campos no intúito de esvaziar a AUDIÊNCIA PÚBLICA DAS "MENINAS DE GUARUS" promove um "SEMINÁRIO" sobre o mesmo assunto durante todo o dia de sexta-feira. Mesmo não me identificando com o estilo de Roberto Henrique, não acho que um fato de grande relevancia como o dessas crianças alguem pode tripudiar. Gostaria de ver uma opinião sua na rede...
Boa noite e obrigada.
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