Depois do questionamento do processo de limpeza dos canais, exposto na nota abaixo, outro colaborador questionou em nota abaixo (veja aqui) em que o blog trouxe a lista da desapropriação de nove áreas urbanas, dentro do projeto de estações para o aeromóvel, a ser construído e instalado no município de Campos dizendo:
"Estranho, muito estranho, pelo menos prá mim, esta área de frente para a RJ 216 e fundos para a Av. Tarcisio Miranda (Penha/Pq. Bela Vista) é a mesma área de um galpão cheio de materiais de campanha e carros da campanha do pessoal do grupo da prefeita. Nós sempre soubemos que aquela área pertence ao marido da prefeita. Desapropriar logo esta área??????? Estranho!!!!!!!"
O blog abre espaço para os gestores se manifestarem.
PS.: Atualizado às 22:50 e 22: 54: O blog abaixo detalha a área questionada pelo leitor e dá detalhes sobre as demais oito áreas que constam do Decreto Nº 114/2013. Como pode ser intuído estas nove áreas devem se referir a sete de um total já comentado de dez estações:
1) A área que o leitor questiona a desapropriação é uma área de 10.025,67 m² situado
no bairro da Penha, medindo 108,40m de frente para RJ- 216 e Fundos com 90,15 m para a Avenida Tarcísio Miranda.
2) Pelas informações divulgadas até agora estão estimando as desapropriações em cerca de R$ 60 milhões. O traçado teria cerca de 11 quilômetros e também 11 estações e seria usado com 11 trens. Se estes números se confirmarem até parece um número cabalístico;
3) Se forem 11 estações mesmo, é provável que outras áreas tenham ainda que ser desapropriadas para dar conta das citadas onze estações. Como já foi dito pelo Gustavo em comentário abaixo o trajeto previsto seria de forma resumida, toda a avenida 28 de Março (da Penha até avenida Alberto Torres de onde seguiria pela linha férrea da RFFSA (hoje FCA), atravessando o Rio Paraíba do Sul e continuando pela linha do trem até a avenida Carmem Carneiro e Hipólito Sardinha no mesmo roteiro usado de quando as pontes caíram (em 2006) e foram usados trens de passageiros em estações provisórias de lonas ao longo do trajeto.
4) Pelo Decreto Municipal Nº 114/2013 (veja na nota abaixo), as áreas das estações até agora seriam:
a) Duas em Guarus (uma de 1.950 m² e outra de 1.920 m²), uma na avenida Carmem Carneiro, na altura da Padaria Nogueira e outra na mesma avenida na altura do Parque Niterói;
b) Uma na avenida 28 de março, na altura da avenida Apolo (do Salesiano) de 1.292 m²);
c) Uma na área do terreno da antiga Vasa (de propriedade do SuperBom), em frente ao shopping avenida 28 de março de 3.180 m²;
d) Duas na altura do Flamboyant II, avenida Tarcisio Miranda esquina com avenida Ermito Pinto Pessanha (junto Trator Suprema) - uma de 2.763 m² e outra de 3.857 m²;
e) Duas na esquina da avenida Tarcisio Miranda com avenida Arthur Bernardes (que liga ao Alphaville e à UENF) com 2.091 m² e outra de 516 m²;
f) Uma na Penha de frente para a Campos-Farol e fundos para a avenida Tarcisio Miranda com 10.025 m².
14 comentários:
Como assim? O leitor-colaborador deve estar enganado. O marido prefeito tem somente uma casa na Lapa.
Roberto,
Por curiosidade, há na região demanda populacional e capacidade econômica suficiente para custear essa modalidade de transporte sem contínuo uso de recursos púbicos? Outra questão é se esta forma de transporte atrapalharia em algum modo os demais meios de transporte urbano atuais (se os espaços seriam compartilhados ou autônomos)
Seria legal montar um mapa em com os pontos exatos.
Como seria esse aeromovel ? Passaria em cima da ciclovia da av 28 de março ? qual é a capacidade de cada vagão ? Obrigado
E todo esse trajeto, Roberto, terá apenas uma via única. Imaginem as manobras.
Como bem ao gosto da famiglia, sem o menor planejamento.
E haja aditivos e com trechos cada vez mais reduzidos !
Será que não é caso para questionamento legal?
Provavelmente deve ter gravado o pronunciamento da então candidata Rosinha sobre a idéia do Dr Arnaldo sobre o mesmo assunto , em que ela diz que levaria 100 anos para recuperar o gasto provocado pela obra e que a mesma seria um absurdo.Certo que diminui o percurso em relação ao projeto anterior ,mas certamente esses 400 milhões serão acrescidos de muitos aditivos que farão uma obra menor ser muito, mas muitooo mais cara que a proposta pelo Dr Arnaldo.
Com a palavra os expert no assunto.
Professor, poderia por gentileza, traçar superficialmente o trajeto?
Obrigado
Carlos
engraçado que quando macae quiz dazer seu vlt todo mundo bateu palma... agora aqui ficam cheio de mimimimi
ahhhh tipicos campistas da terrinha!
Ampliando as questões levantadas pelos outros comentários:
1) A PMCG deveria divulgar o mapa e todas as demais informações sobre o projeto. Enquanto isto, aguardo que algum colaborador possa desejar o trajeto no mapa do Google para publicarmos aqui;
2) Continuo julgando o aeromóvel uma interessante alternativa para o transporte público de Campos, porém, há diversas questões de projeto, custos, desapropriações, detalhamento da integração nas estações com os ônibus que podem aperfeiçoar ou jogar por terra boas intenções.
3) Sobre a comparação com o VLT entendo que os custos menores (praticamente a metade) justifica sua opção, como todas as questões ainda a serem respondidas;
4) A falta de diálogo com a sociedade, uma maior e mais ampla equipe técnica própria da PMCG para lidar com estas questões e gerir um projeto executivo bem formulado para eliminar problemas e potencializar soluções pode, mais um vez, tornar uma boa ideia, num grande problema;
5) A grosso modo é difícil imaginar, mesmo, identificando pelas informações até aqui divulgadas, que se está aproveitando a ponte de ferro (trem) e parte do leito da ciclovia da 28 de março (que não é simples por estar no meio das pistas e por ser estreita, e ainda por não se desejar o fim da mesma) um trajeto de 10/11 km sem passar pelo principal centro urbano, ponto de integração dos principais (não o único)fluxos de passageiros de nossa área urbana;
6) Quanto a pergunta do Tácio, entendo que ela se une à questão acima. Uma coisa é o fluxo de passageiros passando pelo principal centro urbano, a outra é pelo percurso que se está conhecendo agora.
7) Ainda sobre bancar os custos de operação já que a construção está projetada com recursos públicos, só estudos de origem-destino poderá estimar o fluxo de passageiros, multiplicando pelo preço da passagem, para se concluir se ela paga ou não as despesas de operação. Isto deveria preceder a apresentação do projeto. Imagino que tenha sido exigido isto na avaliação do edital. É de se lamentar que não seja dado direito da sociedade conhecer e se aprofundar no tema;
...
Continua abaixo...
...
continuando...
8) Sobre tempo de viagem, manobras também interessante de se conhecer, até para identificar o projeto como uma boa, razoável ou ruim alternativa para a melhoria do nosso transporte público tão carente, tão limitado e que empurra o cidadão para o uso do transporte individual que cada vez é mais inviável nas áreas centrais;
9) Continuo batendo na tecla que a PMCG necessita de uma estrutura técnica de melhor envergadura para dar conta de uma gestão que precisa ser mais eficiente e que não pode ficar terceirizando tudo para a iniciativa privada e, neste caso, necessitaria de uma estrutura de regulação, normatização e fiscalização que hoje não temos.
10) Por enquanto finalizo lembrando a falta que faz uma gestão participativa onde as soluções para os problemas podem ir sendo gestadas com diálogo e não em decisões autocráticas como esta. Veja que há seis meses noticiei aqui no blog que esta solução tinha sido encomendada a um escritório. Todos fizeram silêncio sobre o tema, a própria PMCG, a mídia corporativa, o legislativo, a sociedade, etc. Fizeram-se de cegos e surdos e agora o debate é sobre as consequências e não mais sobre a concepção do projeto.
Veja aqui uma postagem deste blog do dia 27 de outubro de 2012 que fala do projeto apresentado por Campos e se refere ao edital do governo federal para as cidades de porte médio, também comentado aqui em 18 de julho do ano passado:
http://www.robertomoraes.com.br/2012/10/campos-apresenta-projeto-de-aeromovel.html
Um ano depois estamos na discussão que caberia melhor lá atrás.
Interessante ainda observar que um Plano Viário chegou a ser falado no Comudes (já brinquei aqui no blog que é uma boa iniciativa, mas, insuficiente, porque parece que razão ao nome -Comudes - parece que só ouve as autoridades, mas é mudo, para debater e ouvir a sociedade.
Enfim, um ano depois estamos, mais uma vez tentando apagar incêndio, ou dando mais força à torcida dos prós e contra. Triste sina.
Porém, é sempre tempo de mudarmos nossos destinos.
Roberto, alem das questoes que você levanta, ha outra tão importante que deve ser feita: por que o sistema apenas funciona em um lugar do mundo (jacarta) e num trecho de apenas 1km.
Vai ter integração com outros bairros , UENF etc...
Estações integradoras com ônibus certamente. Isto é que garantirá movimentação e resolverá o problema da população que usa (e outras que poderão passar, ou voltar, a usar) o transporte público.
Não há como não ter integração.
Porém, a discussão ainda é mais ampla. Vamos prosseguir.
UM PEQUENO QUESTIONAMENTO COM RELAÇÃO AS "BOAS INTENÇÕES" DO NOSSO PODER PÚBLICO:
1-A rapidez desse projeto não é muito duvidosa num governo que nada planeja com rapidez e eficiência???
2-Quanta eficiência para um governo que leva 4 anos para projetar uma simples revitalização do centro!!!
3-Um governo que não tem fralda e/ou material odontológico etc,etc dar prioridade a VLT!!
4-O poderia pensar a "OPOSiÇÃO" da prefeitura gastar 60 MILHÕES logo no ANO ANTERIOR a candidatura do MARIDO DA "PERFEITA" ao Governo do Estado....seria uma Ajuda de Custo??
5-Vai mesmo desapropriar o terreninho da antiga Vasa que o Superbom comprou com tanto sacrifício?? Por quanto será???
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