Há cerca de um ano, as ferragens da estrutura que seriam para salas de cinema, no terraço/estacionamento, do Shopping Avenida, na 28 de março estão instaladas.
Nada indica que as obras estão prosseguindo. Na verdade trata-se daquilo que nas cidades passamos a conhecer como puxadinhos.
Menos vagas de estacionamento e mais clientes e um aspecto horrível. O fato parece vir reforçar a preferência popular na disputa entre shoppings e comerciantes, mesmo em área afastada do eixo central da cidade.
Melhor seria que o município tivesse áreas livres para lazer gratuito da população.
A alternativa de um parque para a cidade com boas alternativas de localização vai sendo empurrada para diante.
Os shoppings agradecem pela colaboração que o poder público concede aos desejos do ambiente comercial que se transforma em alternativa quase única de lazer.
Cinema é arte e cultura, mas, também mercadoria, mas, o público deve ter opções em que o mercado seja alternativa e não opção única, como já reclamamos aqui referindo à shoppinização da vida, reproduzindo um artigo do Luiz Fernando Janot. Com ou sem puxadinhos!
PS.: Atualização às 10:48: Na ausência de um parque, um leitor-colaborador com preocupação coletiva faz uma sugestão:
"Professor Roberto Moraes, sempre quando passo na Avenida Arthur Bernardes, na altura da beira valão até o trevo com a BR-101, no final de semana observo muitas crianças e jovens com ou sem seus pais, andando de bicicleta, soltando pipa... Como acontece hoje no Rio de Janeiro, no aterro do flamengo, nossa prefeitura podia durante o domingo fechar a avenida Arthur Bernardes na altura supracitada para o lazer, visto que não há um grande movimento de carros neste dia. Não sei para quem, nem como levar esta proposta para avaliação e aprovação dos nossos governantes. O que acha? Abraço e parabéns pelo blog."
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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11 comentários:
Além de horroroso, não podemos crer que uma construção que não foi planejada para puxadinho fique segura com o mesmo.Se depender de mim esse puxadinho será para fantasmas.
Vai confiar!
Roberto, sabe informar qual sera a rota do Aeromovel, detalhes das estações??
Professor Roberto Moraes, sempre quando passo na Avenida Arthur Bernardes, na altura da beira valão até o trevo com a BR-101, no final de semana observo muitas crianças e jovens com oo sem seus pais, andando de bicicleta, soltando pipa... Como acontece hoje no Rio de Janeiro, no aterro do flamengo, nossa prefeitura podia durante o domingo fechar a avenida Arthur Bernades na altura supracitada para o lazer, visto que não há um grande movimento de carros neste dia. Não sei para quem, nem como levar esta proposta para avaliação e aprovação dos nossos governantes. O que acha? Abraço e parabéns pelo blog.
Campos precisa é de um grande parque municipal. No mínimo 800.000 metros quadrados.
Cidade que não é banhada por mar tem que ter parque, área verde.
Fechar ruas para que crianças soltem pipa e andem de bicicleta é gambiarra que só atrapalha o trânsito, mesmo reduzido nos fins de semana.
Temos que cobrar um parque municipal de pelo menos 100 hectares (1km²) com estacionamento amplo e que seja gratuito, e não explorado para encher o bolso da iniciativa privada.
ps.: O Central Park possui 3,41 km² em Manhattan!!!
Um parque não! Campos precisa de dois parques. Um de cada lado do Rio Paraíba.
O problema é que me esqueci que a Lei de Ocupação e Uso do Solo de Campos só divide o Município em duas zonas: A ZEIEI e a ZR (Zona Exclusiva de Interesse dos Especuladores Imobiliários e a Zona Rural.
A OMS diz ser necessária uma média de 12 m² de área verde por morador para a garantir o bem-estar da população.
Então 472,3 mil hab (Censo 2010) x 12m² = 5,7 milhões de m² (5,7km²)
Agora é só subtrair a insignificante área verde já existente para sabermos quanto falta.
Temos diversas lagoas que poderiam ser recuperadas e seu entorno transformado em parques. A recomendação é de que haja 12m² de área verde por habitante.
O melhor parque para Campos seria a área da antiga RFFSA. Integraria dois lados da cidade e teríamos uso para um local sub-utilizado e hoje degradado. De quebra conteríamos a especulação e a verticalização que em breve avançará sobre todas as áreas na região próximas ao parque tamandaré.
Mas nada de fechar o parque todo com cerca, nada de colocar os famigerados quiosques de quinta categoria, nada de negligenciar a manutenção dos equipamentos, nada de falta de segurança...
Quem sabe com um espaço de convívio urbano e civilizado não resgatamos algum orgulho de ser campista?
Uma cidade que insistem em chamar de "turismo de negócios" necessita de áreas de amenidades, com projetos de arborização, concha acústica, lago com imenso espelho d'água, ciclovias, e área de exposição. É necessário a abertura de edital público incluindo projetos urbanísticos com arquitetos, geógrafos, engenheiros e sociólogos. Não há nessa cidade fetiche, um símbolo que motive e orgulhe o sofrido e maravilhoso povo campista.
Antes de qualquer coisa, deixo aqui minha idéia de demolir o shopping avenida 28. Ficou feio, pouco frequentado e mal localizado. Liberaria uma area enorme de frente para a futura estação do Aeromóvel. Quanto à Construção de Parques, penso que oque nao falta na cidade são areas capazes de abrigar inúmeros e tão necessários parques. É absurdo que uma cidade como campos tenha apenas o Jardim São benedito como espaço arborizado de convivencia e lazer. É preciso que alguem lembre à senhora prefeita e aos muitos outros representantes da cidade que o bem estar social é tão necessário quanto um bolso cheio de dinheiro.
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