O artigo do Yuri Franco da UnB "Direita quer diluir reivindicações para não pagar a conta" traz uma tira e um texto com pontos interessantes, outro a meu juízo, nem tanto. Vale conferi-lo na íntegra aqui. Abaixo faço opção de publicar a tira e a parte que julguei mais importante:
"... Há também uma demanda reprimida da população por participação. Esse sistema político atual, com financiamento privado, favorece a corrupção, uma vez que os financiadores das campanhas cobram depois o retorno dos seus “investimentos”. Também afasta a população das decisões relevantes das cidades, dos estados e do país. É preciso então discutir uma profunda reforma política, que dê voz e espaço aos setores excluídos da política institucional.
Como resistir à tentativa de sequestro dos atos?
Precisamos primeiramente compreender que a gênese desses movimentos é progressista e tem como pautas problemas concretos da vida das pessoas. No entanto há uma operação da mídia e da direita de desvirtuá-los e transformar os manifestantes em massa de manobra para setores da elite que não pretendem avançar, mas sim retroceder nos direitos da maioria da população.
É preciso que os manifestantes “antigos”, que já estão nas lutas e nas ruas há muito tempo em defesa das pautas progressistas, se somem aos atos e disputem sua linha, para que o tom seja pela conquista de novos direitos, sem abrir mão do que já foi conquistado.
Para os manifestantes novos: sejam bem-vindos à luta!
A única compreensão que eu lhes peço é que entendam o motivo que torna impossível “todos darmos as mãos por uma causa só, independente das diferenças”. Há, como sempre houve, a necessidade que alguém perca para que alguém possa ganhar.
Para termos passagens mais baratas e transporte de qualidade é preciso que o dinheiro saia de algum lugar: ou dos governos (o que seria trocar seis por meia dúzia), ou diminuir os lucros dos empresários do setor e aumentar impostos dos usuários de transporte individual (carros). Para conquistarmos direitos para a população LGBT precisaremos derrotar os fundamentalistas. Para democratizarmos as comunicações precisaremos derrotar a grande mídia, para termos melhores salários e condições de trabalho precisaremos derrotar os empresários, para termos mais dinheiro precisaremos derrotar os banqueiros que lucram em cima de nós com seus juros, e por aí segue…
Creio que o meio para defender os atos e os movimentos da intromissão de pautas reacionárias nesse momento é a restrição das nossas pautas nos atos. Precisamos realizar atos como sendo claramente contra os aumentos e em defesa de um novo modelo de transporte público e de qualidade..."
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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5 comentários:
Dificilmente esses protestos vão adiantar alguma coisa. Talvez só manterão os preços das passagens.
Quem está protestando é a classe média, que lê, que sabe que paga a conta e não recebe nada de bom em troca.
Mas quem decide mesmo a eleição é o povão. Este povão está comprado com bolsa cidadão. E vai votar mantendo tudo como está.
A democracia do Brasil está comprometida, pois com a compra mensal de votos (via bolsas mil) desvirtua-se o processo eleitoral.
"Para termos passagens mais baratas e transporte de qualidade é preciso que o dinheiro saia de algum lugar: ou dos governos (o que seria trocar seis por meia dúzia), ou diminuir os lucros dos empresários do setor e aumentar impostos dos usuários de transporte individual (carros). Para conquistarmos direitos para a população LGBT precisaremos derrotar os fundamentalistas. Para democratizarmos as comunicações precisaremos derrotar a grande mídia, para termos melhores salários e condições de trabalho precisaremos derrotar os empresários, para termos mais dinheiro precisaremos derrotar os banqueiros que lucram em cima de nós com seus juros, e por aí segue…"
Petistas, vou destacar os de Campos dos Goytacazes, são incoerentes. Muitos participam de missas e cultos evangélicos e outras expressões religiosas. É verdade que alguns seja ateus ou agnósticos, mas a incoerência é o ponto. Talvez, para o Roberto e os outros amantes da 'esquerda', ser de 'direita' é um crime. Ou, uma outra leitura, não percebe que seu texto é intolerante com determinados valores cristãos. É verdade que os marxistas, de forma geral, se incomodam com isso. Os que cobram tolerância, são os mais intolerantes. Você vai dizer mais uma vez, que sou emocional. Bahhh!Professor, vamos virar o disco. Pautas conservadoras não incomodam ninguém, só a alma dos comunas intolerantes. A Saída do MPL do 'comando' dos manifestos revelou a quem e a que grupo político estava ligado, o da esquerda. Cair fora, quando surgiram pautas que os incomodavam, é bastante revelador. Eles já foram tarde. Não precismos deles para nos fazer de "inocentes úteis' e massa de manobra. Que isso, Professor, mas que texto intolerante. Que pena, Roberto. Respeite quem tem fé. Eu sei que o senhor, é inteligente. Pense menos com o Marxismo e mais com a razão, se é que é possível.
Deram um cala boca aos Guardas de QUINHENTOS reais. Estão proibidos de manifestarem, de dar entrevistas e se juntarem a qualquer movimento. A lei da mordaça começou!!! Acorda BRASIL, acorda GCM'S !!!
Proponho aos manifestantes das ruas brasileira a radicalização do movimento!
Isso mesmo. Radicalização.
Proponho aos descolados jovens do facebook que ajam com toda a radicalidade e façam o NUNCA foi feito:
Respeitem as leis de trânsito.
Não joguem lixo no chão.
Não destruam o patrimônio público.
Não dirija drogado, seja alcool ou outra substância.
Sejam tolerantes com as minorias e a diversidade religiosa.
Não ofereçam dinheiro ao policial quando for pego com droga. Ou melhor, não use droga e não financie o traficante.
Deixem de comprar as roupas fabricadas com escravidão humana em Bangladesh ou qualquer outro lugar do mundo.
Arrume seu quarto.
Seja justo e cordial com aqueles que te prestam serviço.
Deixe de pensar que política é para os sujos...
Como assim os Guardas foram comprados? Nossa a prefeitura pegou pesado hein. É serio mesmo, 500,00 reais????
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