terça-feira, junho 25, 2013

MMX e Porto Sudeste também à venda

Estão mais adiantadas a notícia da venda no todo ou em parte da empresa MMX de mineração do grupo EBX que envolveria o Porto Sudeste em Itaguaí. As vendas que o grupo EBX está realizando com orientação do banco BRG Pactual estão cada vez mais desnacionalizando as atividades de mineraçaõ e e logística que o grupo projetava. Abaixo a notícia do Valor Online:

"Eike perto de vender MMX, a mineradora"
"O empresário Eike Batista está em negociações avançadas para vender a MMX, a empresa de mineração do grupo EBX cujo ativo mais valioso é o Porto Sudeste, em Itaguaí (RJ). O porto deve entrar em operação no fim do ano com capacidade para embarcar 50 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. A suíça Glencore Xstrata é a favorita para comprar a MMX em negócio que pode envolver parceria com o BTG Pactual. O Porto Sudeste, incorporado à MMX em 2012, é o melhor ativo do grupo EBX. Uma reunião entre a Glencore Xstrata e o BTG está prevista para amanhã, na Suíça."


BTG e Glencore vão juntos na MMX


Claudia Schüffner, Francisco Góes e Alessandra Saraiva | Do Rio


O empresário Eike Batista está em negociações avançadas para vender a MMX, a empresa de mineração de ferro do grupo EBX cujo ativo mais valioso é o Porto Sudeste, em Itaguaí (RJ), na região metropolitana do Rio. O porto está previsto para entrar em operação no fim deste ano com capacidade de embarcar 50 milhões de toneladas de minério por ano. A suíça Glencore Xstrata vem sendo apontada pelo mercado como a favorita para comprar a MMX em negócio que pode envolver parceria com o BTG Pactual, que tem acordo de cooperação estratégica com o EBX.

Valor apurou que reunião entre a Glencore Xstrata e o BTG está prevista para amanhã, na Suíça, com o objetivo de tentar fechar um acordo. As duas empresas poderão formar joint venture para comprar ações e ou ativos da MMX. Charles Watenphul, da área de comunicações da Glencore, disse que a empresa não comentaria especulações. Procurado, o BTG Pactual informou que não fala sobre o que considera "rumores". Além da Glencore, há negociações da MMX com outras duas empresas.
O Porto Sudeste, incorporado à MMX em uma complexa transação financeira em 2012, é considerado como o melhor ativo que Batista tem em mãos. Inicialmente, o porto pertencia à LLX, empresa de logística do grupo, mas foi cindido, passou para o controle da PortX, que terminou incorporada pela MMX. A venda isolada do porto poderia exigir nova segregação do ativo. Mas o desejo de Batista seria não vender o porto de forma isolada, uma vez que a mineradora nasceu como um projeto integrado de mina-ferrovia e porto. Mas, frente às dificuldades, nada mais é impossível.
No total, o Porto Sudeste tem investimentos previstos de R$ 2,4 bilhões dos quais cerca de R$ 1,8 bilhão financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Se houver troca de controle acionário da empresa, o BNDES precisará aprovar a operação. "O projeto [do porto Sudeste] está todo financiado", disse fonte próxima à MMX. A parcela restante dos recursos, de R$ 600 milhões, é capital próprio da empresa. No fim do primeiro trimestre, a MMX tinha R$ 1,2 bilhão em caixa e dívidas de R$ 3,1 bilhões, sendo R$ 1,2 bilhão de curto prazo e R$ 1,9 bilhão de longo prazo.
Ainda não está claro, no entanto, se nas discussões com novos parceiros Batista poderia vender uma parte, o controle da empresa ou só o Porto Sudeste. O empresário detém 59,3% da MMX. Outros investidores importantes da empresa são a chinesa Wisco, com 10,46%, e a coreana SK Networks, com 8,78%. Em 2012, a MMX produziu 6 milhões de toneladas de minério de ferro em Minas Gerais e há plano para expandir a produção nesse sistema para 29 milhões de toneladas em data depois de 2015. No sistema Corumbá (MS), a empresa produz cerca de 1,5 milhão de toneladas.
A confirmação de que a MMX está à venda partiu ontem da própria empresa, em fato relevante aos acionistas e ao mercado. Disse a empresa na nota: "[A empresa] está avaliando oportunidades de negócios, incluindo, mas não se limitando, à venda de ações detidas pelo acionista controlador da companhia [Batista], assim como de seus ativos, tanto para investidores nacionais quanto estrangeiros".
A ação da MMX subiu ontem 10,24%, cotada a R$ 1,40 - a maior alta do Ibovespa e a quarta maior alta da bolsa. Pode ter sido um sinal de que os investidores veem con bons olhos a entrada de novos sócios na companhia, capazes de injetar capital, e a diluição de Batista, o que daria mais credibilidade à MMX neste momento. No ano, porém, a ação da empresa continuou em queda de 68,54% e no mês, de 16,67%.
Para analistas, a mensagem da companhia foi clara: a MMX está à venda. "Foi como se colocassem uma placa de 'vende-se'", disse o analista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi. Ele avaliou que os investidores ficaram ainda mais cautelosos do que estavam em relação às ações do grupo "X". Galdi considerou que é visível a necessidade de aporte de capital nas empresas da EBX e, portanto, é razoável supor que o grupo busque vender ações e ativos para fazer caixa."

Um comentário:

Anônimo disse...

existe um outro interessado na aquisição do PORTO SUDESTE que apresentará ainda nesta semana uma oferta de 1.5 bilhão de dólares aos diretores da MMX, via seu representante no RJ.