Do mais novo livro do Luiz Gonzaga Belluzzo "O Capital e suas metamorfoses":
"No mundo em que mandam os mercados da riqueza financeira e a concorrência entre grandes corporações, os cidadãos estão divididos entre os vencedores e perdedores. Os primeiros, ao acumular capital financeiro, gozam do "tempo livre" e do "consumo de luxo". Os demais se tornam dependentes crônicos da obsessão consumista e do endividamento, permanentemente ameaçados pelo desemprego e, portanto, obrigados a competir desesperadamente pela sobrevivência." (Contracapa)
No excelente último capítulo "Do estado de bem-estar às portas da barbárie", Belluzzo na página 173, resgata o sociólogo Karl Mannheim em seu livro de 1950, "Liberdade, poder e planejamento democrático" com a seguinte redação:
"Não devemos restringir o nosso conceito de poder ao poder político. Trataremos do poder econômico e administrativo, assim como do poder de persuasão que se manifesta através da religião, da educação e dos meios de comunicação de massa, tais como a imprensa, o cinema e a radiodifusão".
Ainda sobre esta citação Belluzzo vai além e diz:
"Mannheim dizia temer menos os governos, que podemos controlar e substituir, e muito mais os poderes privados que exercem sua influência no "interior" das sociedades modernas".
Nenhum comentário:
Postar um comentário